O velho quartel, hoje desactivado |
25 Jan 1948 – Ofício da Junta de freguesia de Carviçais para a Câmara Municipal de Moncorvo:
- A freguesia de Carviçais é a mais populosa do concelho e é também a mais populosa deste distrito, exceptuando 6 ou 7 freguesias das sedes dos concelhos. É uma freguesia rural e rica sob o ponto de vista agrícola, por ser produtora de muito centeio, trigo, azeite e amêndoa e ainda na criação de gados onde se contam cerca de 55 rebanhos. Tem uma população de 2.400 habitantes aproximadamente. Tem uma feira mensal que deve ser das mais concorridas do distrito. A 3 Km está a freguesia de Mós com cerca de 700 habitantes e freguesia igualmente rica. Porém, os prédios produtores daqueles produtos são muito dispersos e expostos a roubos. Nestas freguesias, entre a população, a maior parte ordeira e trabalhadora, há como em toda a parte, os que aproveitam o dia e a noite para colherem sem trabalhar e elementos desordeiros, pois existem na freguesia 7 tabernas. Como estas freguesias distam da sede do concelho 16 Km, torna-se difícil, senão impossível, o necessário policiamento pelo pessoal do posto da GNR existente na sede do concelho. Por este motivo, vimos pedir (…) para ser criado nesta freguesia um sub-posto da GNR, comprometendo-se esta Junta a fazer as necessárias despesas de instalação em edifício que aluga e que foi já vistoriado pelo Comandante do posto deste concelho e aprovado e comprometendo-se até dentro do mínimo prazo possível conseguir melhores instalações. Esperando de Vª Exª despacho breve a esta justa pretensão,
A Bem da Nação. Adelino de Sousa Araújo, João baptista Teixeira, Artur José Pombal.
António Júlio Andrade
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Tudo fomos perdendo...o posto da GNR, Colégio, Escola primária, farmácia....
ResponderEliminarActa da sessão ordinária de quatorze de Fevereiro de mil novecentos e cinquenta.
ResponderEliminarAos quatorze dias do mês de Fevereiro do ano de mil novecentos e cinquenta, pelas dezasseis horas, na sua sede, reuniu a Junta de Freguesia de Carviçais, estando presentes os senhores Dr. Adelino de Sousa Araújo,João Baptista Teixeira, Artur José Pombal, respectivamente, Presidente, Tesoureiro e Secretário. Lida a acta da sessão anterior foi aprovada e assinada. Pelo senhor Presidente foi apresentada a proposta de cedência da dasa de Manuel Maria Moita, casado, proprietário, sita na Estação do Caminho de Ferro, para instalação do Quartel do Sub-Posto e da casa de José Maria Chéu, casado, proprietário, sita na mesma rua, para instalação da residência do comandante do sub-posto, logo que as obras terminassem, concordando com a proposta apresentada todos so membros da Junta, ficando o Presidente com o encargo de a representar e assinar o auto de cedência a lavrar com delgado que representa a Guarda Nacional Republicana.
E não havendo mais nada a tratar encerrou-se a sessão e lavrou-se a presente acta, que todos os vogais assinam depois de por mim Secretário que a subscrevi e assino.
Sala das sessões quatorze de Fevereiro de mil novecentos e cinquenta.
A Junta de Freguesia
O Presidente - Adelino Sousa Araújo
Os Vogais - João Baptista Teixeira ; Artur José Pombal
In "Junta de Freguesia de Carviçais".
Espectáculo!!!!!
ResponderEliminarE assim se faz a história. Mas estas actas ainda ficaram... Em tempos bem mais recentes se encerrou o posto da PSP de Moncorvo. Alguém saberá dos papeís que ali havia para se fazer a história do mesmo qualquer dia?... Será que a maioria dos papeis foram parar a alguma lixeira? Pergunta inocente! J.Andrade
ResponderEliminarExcelente!
ResponderEliminaro dr. Aáújo era médico na aldeia de Urros,entre outras; era uma visita periódica que ele fazia aos seus doentes; nenhuma especialidade o impedia de receitar e curar. era um óptimo médico. Tratava todos os males As pessoas pagavam-lhe em alqueires de trigo. no meu tempo ainda era assim
ResponderEliminarArinda
RESUMO:
ResponderEliminarNo dia 02 de Janeiro de 2002, as instalações que albergaram a Guarda Nacional Republicana em Carviçais, foram entregues ao seu proprietário.
O mau estado do edificio, não garantia o bem estar daqueles que lá trabalharam e nem tão pouco, as edilidades, se motivaram para que atempadamente se procedessem aos devidos arranjos e melhorias.
Como alternativa ao encerramento do Posto da GNR de Carviçais, o policiamento daquela localidade passou a ser desempenhado por um Posto Móvel.
Com o passar dos tempos, esse tipo de policiamento revelou-se um fracasso e injustificável o seu uso.
Actualmente, não se justifica a G.N.R em nenhuma aldeia do concelho de Moncorvo.
O efectivo da GNR em Carviçais era segundo pesquisa, em 1996, 3 homens. 3 homens que estavama ali de porta aberta para receber apenas denúncias, porém, segundo informações, nos anos de 1998 e 1999, não recebeu nenhuma, o que mais justifica a decisão de encerramento.
A G.N.R ocupou o Posto, no dia 19 de Setembro de 1948 e, no dia 15 de Fevereiro de 1950, foi o edificio cedido à Guarda, mediante o pagamento de uma renda no valor de 300$, a pagar ao propriétario: Manuel Maria Branco Moita, residente em Carviçais, quantia esta, suportada pela Junta de Freguesia.
(In: Junta de Freguesia de Carviçais - Base de Dados/Info)
E foi o rosto mais visível do MDP em terras de Moncorvo a seguir ao 25 de Abril. Mas não tinha feitio para a política e metia os pés pelas mãos... J. Andrade
ResponderEliminarO que para aqui vai! É a saudade ,o amor à terra, a necessidade de "ler" o nosso álbum de memórias que aproxima as pessoas. Lentamente aparecem textos que fazem a história do concelho.A acta da junta enriqueceu as efemérides.
ResponderEliminarFilipe,partilhe com todos nós os seus conhecimentos.Felgar,Lousa e Maçores têm a sua monografia,é altura de se pensar numa de Carviçais.Tem tanta gente que escreve, investiga e ama a sua terra.Estão à espera de quê?