DR. ANTÓNIO MARCELINO DURÃO, JUÍZ DE 1ª VARA
O GRANDE PEDADOGO!
…….e quando um dia, lhe entra pela cozinha, de porta sempre aberta, ou semicerrada, de chave no buraquinho, franqueada a entrada ,ao ouvir-se , entre quem é, segundo as regras da boa vizinhança na aldeia, a pequena Isabel, desbocada de fome e de amor, correndo atrás do cheiro a protecção e amparo, bem apaladado na carne enxuta e saborosa de uma perdiz a ferver na panela do fogão, que por direito e devoção se destinava à boca apaziguadora das causas justas mas de gosto apurado do juiz, e se deleita no instinto de satisfazer um prazer raro, ainda que imediato, o de matar a fome, que no seu desespero não atende a regras nem a etiquetas e no gesto mais espontâneo, que não aceita códigos ou atitudes, ergue a ave já sem vida, para, sem qualquer indício de contenção, a despeito de desenvoltura exagerada, ouvindo, ameaçadoramente, ó laroteira, ladrona! fugiu o mais rápido que as pernas lho permitiam para se deliciar com tão apetecido manjar; e perante a crítica acusatória da criada, o juíz apazigua a sua ira do seguinte modo:” deixa lá a pequena! são crianças! Amanhã manda-a chamar, quero falar com ela. Olha! e dá-lhe de comer, a pobrezinha! Não, não lhe vais dizer nada. Primeiro, dá-lhe amor e carinho, enche-lhe a barriga, conforta-a! Berrar?! Então dás com uma e tiras com a outra? Dai amor às crianças e haverá amor e paz no mundo! lançai boas sementes, e teres boas sementeiras; ela nem sabe que é uma criança .. mas já sabe o que é a fome, a coitadinha!
Grande lição nos deixou o Dr. António Marcelino Durão!
e ainda hoje, em jeito de brincadeira saudável, se diz em situações semelhantes,
“ isto soube-me à perdiz da panela do juiz! “
Tininha, de Urros.
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Arinda/Tininha:
ResponderEliminarGostei do texto e aqui lhe deixo um grande abraço.
Júlia
Adorei o texto tininha, também conheço essa expressão.
ResponderEliminarBeijinho
Misé
obrigada júlia, há histórias muito interessantes sobre o úiz, da casa da parreira
ResponderEliminarum abraço
tininha
Misé Fernandes :Gostava tanto de poder identificar ruas nessa fotografia. Será que os amigos desse tempo conseguem identificar casas ou ruas?
ResponderEliminardeve valer a pena tentar.
ResponderEliminartininha
esta fikxe mae!! eheh sim....gostei!! :) tao bom assistir a tua evolução informaticamente falando :D e ves como aprendes por ti própria?assim não esqueces!! e ainda me vais ensinando umas coisas...quantas coisas... :) bjinho tao grande...
ResponderEliminarESTA RUA DEVE SER A RUA GRANDE
ResponderEliminartudo o que foi, já não o é; apenas o tempo, via de comunicação, une esta transformação
ResponderEliminarUrros não creceu tanto,pelo contrário, que não seja possivel identificar sa ruas,casas e local onde o foto foi tirada.É preciso ir lá para tirar a prova dos nove.Mudando de assunto ,gostei muito do juiz e claro do texto.Mostre mais figuras de urros,terra que teve foral antes de Moncorvo e hoje nem lar da terceira idade tem.Repartem os velhos entre o Peredo, Felgueiras e a vila.
ResponderEliminarSe houvesse no mundo mais pessoas como esse senhor!Com amor e a fome saciada, a pequena Isabel provavelmente tornar-se-ia uma pessoa mais feliz. Não sei qual o destino que lhe coube.Nem se é personagem real ou de ficção.A Tininha que nos diga,escrevendo sobre ela como tão bem sabe.O seu texto ,como os anteriores,"soube-me à perdiz da panela do juíz".E olhe que eu adoro perdiz!
ResponderEliminarBeijinho de
Uma moncorvense
em 1952, conta meu pai, Urros tinha 1500 habitantes; hoje, digo eu, tem 150...
ResponderEliminarEjá que estamos no ano europeu do voluntariado, vamos fazer qualquer coisa por Urros, por todos!
tininha
AFINAL, ESSA RUA, É A QUE VAI DO CIMO DO POVO, PASSANDO PELO JOGO E CONTINUANDO ATÉ AO POIO. ACHO, QUASE TENHO A CERTEZA!
ResponderEliminartININHA
1857. Nasce e Urros concelho de Torre de Moncorvo a 23 de Outubro, filho de Manuel António Durão, professor primário e de Maria Joaquina Monteiro de Moraes, foi baptizado pelo Abade Luís António de Merelly Guerra
ResponderEliminarConforme anotação feita pelo seu Avô materno Cirurgião Moraes no livro NOUVEAUX PRICIPES DE CHIRURGIE editado em Paris em 1817.
1874/75 Matricula-se e frequenta na Universidade de Coimbra conforme anotação no Anuário a fl.151.Reside na Rua da Matemática nº 37.
1875/76 Frequenta na Universidade de Coimbra conforme anotação no Anuário a fl.114,. Reside na Rua da Matemática nº 37.
1877/78 Frequenta na Universidade de Coimbra conforme anotação no Anuário a fl.126. Reside na Rua da Matemática nº 37.
Enviado por A.J.A.
obrigada pela preciosa informação.
ResponderEliminarTininha
Isto é que é um blog.Mai nada!
ResponderEliminartia carol eo seu
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