Se me permitirem, o meu comentário a este post vai resumir-se a uns versinhos que, com os meus 14/15 anos, (quem não faz versos de pé quebrado nessa idade?) fiz à minha mãe e a todas as cobrideiras de amêndoa de Moncorvo. Como poesia não vale um caracol e dela me envergonhei durante longos anos; como sentimento de amor e gratidão vale um mundo inteiro. Só por esta razão, aqui ficam duas estrofes (muito mal alinhavadas) para a Dina e para todas as cobrideiras de amêndoa da minha terra: grandes MULHERES!
Ninguém sabe nem pressente que de teus dedos ardidos brota o tom luminescente do açúcar feito flor Das doces rosas-amêndoas.
Ninguém sabe nem pressente que de teus gestos sofridos repetidos, sempre iguais de incompleto remar brotam como espuma do mar as doces amêndoas-rosas.
A tradição ainda é o que era .A igreja matriz e a amêndoa coberta são os grandes íconos de Moncorvo.E esta casa fica no largo Claudino virada para a igreja.Fevereiro é o mês da amêndoeira em flor e Moncorvo é o concelho com maior produção.É por tudo isto que me orgulho de ser moncorvense.
A amendoeira em flor e a amendoa coberta. Dois dos muntos e bons produtos da nossa terra. E a nossa Igreija e os nossos escritores e poetas , a começar pelo Campos Monteiro , depois o Rojerio , o Antunio Sa Gue que escreve no outro bloge e o Rocha e a professora Isabel e a Julia Bilo que escreve sobre a gente pobre da Cordoira. D.Julia Bilo não tenha vergonha dos seus versos. Eu gostei munto. So tenho pena não escrever como voces todos mas aprendi a ler e a escrever tarde e mas oras e as minhas custas. Agora tenho o computador velho do meu rapaz . Estou reformado a força e vou treinando. Pareço uma pita a bicar o milho que tantos anos semeei e colhi. Dpois fui pra Lisnave e foi onde abri os olhos.
E se fizesse-mos uma coisa , juntarmo-nos com esses nossos escritores e contava-mos estórias cá da gente, dos nossos trabalhos e misérias e alegrias e eles escreviam sobre isso . O pior é estar cada um para seu lado. Sr. dono do blogue , lelodemoncorvo , como acha qu a gente devia-mos de fazer ?
Há trabalhos, uns mais custosos outros menos, mas que se vão perdendo por causa das máquinas. Malhadores, varejadores, limpadores, mondadeiras, segadores, albardeiros, endireitas, ferreiros, ferradores, amoladores, eu sei lá. Como se fez esse papel bonito para as cobrideiras de amendoa, podia-se fazer para os outros. Podia-mos juntar-mos-nos com esses escritores contar-mos como eram aqueles trabalhos e eles escreviam tudo como era que se fazia. O pior e estar cada um para seu lado. Sr. Lelodemoncorvo se achar bem avance com esta ideia. Se outros responderem, eu tamem entro. Se isto que eu disse é disparate deita-se fora.
Sou mesmo um velho caturra e um ignorante. Foi eu que escrevi estes dois escritos mas nunca mais aparecia o primeiro e pensei que tinha feito todo errado e puz aí o segundo. desculpe Sr Lelodemoncorvo.
A sua ideia é excelente,e,tendo eu tempo, saúde e condições,não me faltaria vontade de a pôr em prática.Mas a sugestão fica registada,e certamente haverá interessados dos dois lados em participar. Leonel Brito
É nessa casa que me abasteço de vinhos,queijos,amêndoas,licores e alheiras quando vou aí.Os meus amigos de Lisboa, quando regresso perguntam-me:vens das berças? trazes coisas boas?Quando vamos a tua casa?E mmato-lhes a fome de qualidade e um, que também é do nordeste, a saudade.
Sou uma Lisboeta encantada pelos Sabores dessa grande casa de bem receber. São as alheiras,os enchidos,o azeite,o mel,os doces,os licores,as amêndoas torradas (que sabor) e as outras cobertas de açúcar? Uma Loucura! Obrigada Dina e até breve.
Conhecia os seus contos e o Constantino, de que gostei muito, mas desconhecia a veia poética: de que também gostei. Tem livro publicado? Onde o encontro? Lá na casa dos Sabores?
Se me permitirem, o meu comentário a este post vai resumir-se a uns versinhos que, com os meus 14/15 anos, (quem não faz versos de pé quebrado nessa idade?) fiz à minha mãe e a todas as cobrideiras de amêndoa de Moncorvo.
ResponderEliminarComo poesia não vale um caracol e dela me envergonhei durante longos anos; como sentimento de amor e gratidão vale um mundo inteiro.
Só por esta razão, aqui ficam duas estrofes (muito mal alinhavadas) para a Dina e para todas as cobrideiras de amêndoa da minha terra: grandes MULHERES!
Ninguém sabe nem pressente
que de teus dedos ardidos
brota o tom luminescente
do açúcar feito flor
Das doces rosas-amêndoas.
Ninguém sabe nem pressente
que de teus gestos sofridos
repetidos, sempre iguais
de incompleto remar
brotam como espuma do mar
as doces amêndoas-rosas.
Um grande, grande abraço,
Júlia Biló
A tradição ainda é o que era .A igreja matriz e a amêndoa coberta são os grandes íconos de Moncorvo.E esta casa fica no largo Claudino virada para a igreja.Fevereiro é o mês da amêndoeira em flor e Moncorvo é o concelho com maior produção.É por tudo isto que me orgulho de ser moncorvense.
ResponderEliminarA amendoeira em flor e a amendoa coberta. Dois dos muntos e bons produtos da nossa terra. E a nossa Igreija e os nossos escritores e poetas , a começar pelo Campos Monteiro , depois o Rojerio , o Antunio Sa Gue que escreve no outro bloge e o Rocha e a professora Isabel e a Julia Bilo que escreve sobre a gente pobre da Cordoira. D.Julia Bilo não tenha vergonha dos seus versos. Eu gostei munto. So tenho pena não escrever como voces todos mas aprendi a ler e a escrever tarde e mas oras e as minhas custas. Agora tenho o computador velho do meu rapaz . Estou reformado a força e vou treinando. Pareço uma pita a bicar o milho que tantos anos semeei e colhi. Dpois fui pra Lisnave e foi onde abri os olhos.
ResponderEliminarManuel da Ribeira
E se fizesse-mos uma coisa , juntarmo-nos com esses nossos escritores e contava-mos estórias cá da gente, dos nossos trabalhos e misérias e alegrias e eles escreviam sobre isso . O pior é estar cada um para seu lado.
ResponderEliminarSr. dono do blogue , lelodemoncorvo , como acha qu a gente devia-mos de fazer ?
Um velho caturra
Há trabalhos, uns mais custosos outros menos, mas que se vão perdendo por causa das máquinas. Malhadores, varejadores, limpadores, mondadeiras, segadores, albardeiros, endireitas, ferreiros, ferradores, amoladores, eu sei lá. Como se fez esse papel bonito para as cobrideiras de amendoa, podia-se fazer para os outros. Podia-mos juntar-mos-nos com esses escritores contar-mos como eram aqueles trabalhos e eles escreviam tudo como era que se fazia. O pior e estar cada um para seu lado. Sr. Lelodemoncorvo se achar bem avance com esta ideia. Se outros responderem, eu tamem entro. Se isto que eu disse é disparate deita-se fora.
ResponderEliminarSou mesmo um velho caturra e um ignorante. Foi eu que escrevi estes dois escritos mas nunca mais aparecia o primeiro e pensei que tinha feito todo errado e puz aí o segundo. desculpe Sr Lelodemoncorvo.
ResponderEliminarA sua ideia é excelente,e,tendo eu tempo, saúde e condições,não me faltaria vontade de a pôr em prática.Mas a sugestão fica registada,e certamente haverá interessados dos dois lados em participar.
ResponderEliminarLeonel Brito
É nessa casa que me abasteço de vinhos,queijos,amêndoas,licores e alheiras quando vou aí.Os meus amigos de Lisboa, quando regresso perguntam-me:vens das berças? trazes coisas boas?Quando vamos a tua casa?E mmato-lhes a fome de qualidade e um, que também é do nordeste, a saudade.
ResponderEliminarSou uma Lisboeta encantada pelos Sabores dessa grande casa de bem receber. São as alheiras,os enchidos,o azeite,o mel,os doces,os licores,as amêndoas torradas (que sabor) e as outras cobertas de açúcar?
ResponderEliminarUma Loucura!
Obrigada Dina e até breve.
Dra. Júlia:
ResponderEliminarConhecia os seus contos e o Constantino, de que gostei muito, mas desconhecia a veia poética: de que também gostei. Tem livro publicado? Onde o encontro? Lá na casa dos Sabores?
Rui Paulo Silva
Lamento informar que já não há nenhum exemplar.
ResponderEliminarMas agradeço o seu interesse.
Abraço
Júlia