quinta-feira, 2 de outubro de 2014

ACOA - Amigos do Parque e Museu do Coa



As Jornadas Europeias do Património tiveram este ano como mote "património, sempre uma descoberta!". As entidades que se unem numa parceria de vários anos — Fundação Coa Parque, Instituto de Conservação da Natureza através do Parque Natural do Douro Internacional, autarquias locais, no caso vertente os municípios de Figueira de Castelo Rodrigo e de Vila Nova de Foz Coa e a Associação de Amigos do Parque e Museu do Coa -, propuseram uma visita orientada à Torre de Almofala (Torres das Águias, Torre dos Frades ou Casarão da Torre), precedida de apresentações no museu do Coa, que contextualizaram a visita, pelos arqueólogos Elisa Albuquerque e Manuel Sabino Perestrelo. Um sítio arqueológico que tem como pano de fundo os vales do Coa, do Águeda e do Douro Internacional, e que evoca vários momentos decisivos da História regional, da romanização à Época Moderna. 
A Torre de Almofala 
Denominada como Casarão da Torre, Torre das Águias ou Torre dos Frades, a Torre de Almofala, localizada em Figueira de Castelo Rodrigo, começou a despertar o interesse dos investigadores desde os inícios do séc. XX. Os trabalhos arqueológicos desenvolvidos no local nos anos 80 e 90 revelaram um espaço que se caracteriza, principalmente, pela sua longa diacronia de ocupação e tanto as estruturas postas a descoberto como o espólio recolhido permitiram identificar horizontes cronológicos desde a época romana até ao séc. XVII.
Associando os dados fornecidos pelas intervenções arqueológicas e documentação existente verificou-se que o local primeiramente ocupado por uma cidade romana, sede da Civitas Cobelcorum, serviu na Idade Média como abrigo para os frades cistercienses de Santa Maria de Aguiar e, posteriormente, para a criação de um núcleo habitacional, a Aldeia da Torre dos Frades. O sítio foi abandonado durante as Guerras da Restauração quando tropas espanholas invadiram o lugar. Apesar de algumas lacunas, que só mais pesquisa e investigação podem solucionar, verificamos que a história da Torre de Almofala se prolongou por cerca de dezassete séculos, demonstrando ser um sítio fundamental para a história da Beira Interior. 

Elisa Albuquerque

Este ano, na primeira semana de dezembro, a arte do Coa comemora 16 anos da sua classificação como Património Mundial.

Estão neste momento inventariados mais de 7000 motivos (gravuras e pinturas) feitos desde o Paleolítico superior até aos nossos dias no Parque Arqueológico do Vale do Coa. 

Fonte: Email recebido de amigosdocoa@gmail.com


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