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SINOPSE
Ao segundo dia de Primavera de 1909, em Freixo de Espada à Cinta, nasceu Margarida Guerra Junqueiro. Cresceu feliz nesta vila das terras quentes do Douro, junto a Espanha, distrito de Bragança.
Educada num colégio do Porto, viajou pela europa e regressando a casa aprendeu com a sua mãe e tias a gestão de uma casa agrícola. Aos 26 anos casou com Manuel Sarmento Rodrigues, oficial de marinha com uma vida preenchida por numerosas missões no mar, elevadas funções de estado na metrópole e nas colónias. Acompanhar e apoiar o marido em cenários tão diferentes daqueles em que tinha sido educada, pôs em evidência as qualidades desta menina de Freixo: serenidade, organização, simplicidade, uma viva inteligência e prodigiosa memória, confiança e Fé, uma coragem sem limites.
Com a mesma tranquilidade viveu em Lisboa, Funchal, Guiné, Moçambique, deu a volta ao mundo, viajou em canoas e paquetes, dormiu em palhotas e habitou palácios. Educou os três filhos, viu partir o filho e os genros para a guerra, foi posta à prova por um grave acidente vascular cerebral do qual conseguiu recuperar com muita tenacidade. Quem a conheceu recorda o seu doce sorriso, o seu desprendimento dos bens materiais, a sua palavra de consolo sempre pronta, o seu amor pela família, a sua firmeza e sobretudo a sua Fé que lhe permitiu aceitar também o Inverno que caiu sobre a sua vida com a viuvez. Sentindo que a sua missão estava cumprida, viveu os últimos anos vendo crescer os seus netos e bisnetos. Repousa ao lado do seu marido no Campo Santo de Freixo de Espada à Cinta.
Uma biografia extraordinária em que, mantendo o rigor factual, o olhar feminino nos conduz por diversos lugares e pela evolução dos costumes em Portugal ao longo dos principais acontecimentos do século XX.
Curriculum Vitae
Isabel Gomes Mota nasce em Lisboa a 6 de Fevereiro de 1937. Na sua infância e adolescência vive em Lisboa e também na Guiné e em Freixo de Espada à Cinta. Casa em 1957 com José Gomes Mota, oficial da Marinha de Guerra e têm cinco filhos. Em 1967-68 acompanha, com os filhos, o marido em comissão militar em Angola.
De regresso a Lisboa faz o curso de Cerâmica do IADE (1968-70), mais tarde o curso de Escultura do AR.CO (1981-1983) e um estágio de Raku em Alcobaça (1986). De 1975 a 1997 desenvolve uma intensa actividade artística como ceramista. Funda e pertence ao Grupo de Cerâmica “Alecrim” e aos Corpos Directivos da Associação de Artesãos de Lisboa. Cria centenas de peças e participa em 14 exposições nacionais e uma exposição internacional.
Também a partir de 1973 se dedica à gestão de diversas propriedades agrícolas, actividade que mantém até 2009. Reabilita a casa onde nasceu o seu Pai, em Freixo de Espada à Cinta e transforma-a num acolhedora casa de família onde passa grandes temporadas, recebe os filhos, genros, noras, os doze netos, e escreve.
Entre diversos artigos e livros editados inclui-se uma monografia sobre Freixo de Espada à Cinta. Em 1995 conclui a obra “Trás-os-Montes à mesa”, editada pela QUETZAL Editores, onde reúne um vasto conjunto de receitas e tradições familiares e do mundo rural que bem conhece.
Isabel Gomes Mota é possível que sejamos parentas. Meu bisavô José Mota, nasceu em Feixos de Espada à Cinta e veio para o Brasil.
ResponderEliminarVou ver se consigo este livro. Teresa Cristina de Paula Mota