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“O exercício da literatura é o que mais nos identifica como portugueses”, afirmou ontem, no Mosteiro de Tibães, o secretário de Estado da Cultura, no lançamento de ‘Escritores a Norte’, um projecto da Direcção Regional de Cultura do Norte (DRCN) de divulgação e preservação da memória do património literário da região. Jorge Barreto Xavier considerou que ‘valorizar a escrita é um privilégio” e que “a nossa Língua é mais Língua na medida em que a escrita literária a preenche e alarga”.
António Ponte, director regional de Cultura do Norte, destacou a importância do projecto ‘Escritores a Norte’ como instrumento para “promover a descoberta de autores portugueses junto de novos públicos”, mercê de uma divulgação alargada através de um livro, nove documentários e um sítio na internet.
Os documentários serão difundidos pela RTP, escolas e espaços culturais.
O jornalista Secundino Cunha, que assina os textos do livro ‘Escritores a Norte - Vidas com Obra em Casa d’Escritas’, realçou, por sua vez, a importância das casas de escritores como “lugares de memória”. Para o autor, com este projecto da DRCN, “o Estado atribuiu a devida importância das casas de escritores”.
Desde ontem, estão disponíveis um portal online (www.escritoresanorte.pt) dedicado às nove casas museu envolvidas no projecto, o livro e a série de nove documentários.
Representando um investimento de 145 mil euros, ‘Escritores a Norte’ teve financiamento do programa ON2 - O Novo Norte.
Nesta primeira fase, o projecto desenvolve-se em torno de nove casas museu da região Norte: Quinta das Quintãs, sobre os escritores Domingos Monteiro, Pina de Morais e Graça Pina de Morais, no concelho de Mesão Frio; Espaço Miguel Torga e Casa Miguel Torga, em Sabrosa; Casa de Camilo Castelo Branco, no concelho de Vila Nova de Famalicão; Fundação Arthur Cupertino de Miranda, sobre Mário Cesariny, também no concelho de Famalicão; Casa Museu Ferreira de Castro, no concelho de Oliveira de Azeméis; Casa Museu Guerra Junqueiro, no concelho do Porto; Casa Museu Aquilino Ribeiro, no concelho de Moimenta da Beira; Fundação Eça de Queirós, no concelho de Baião; Casa Museu José Régio, no concelho de Vila do Conde.
Através deste projecto, a DRCN pretende também valorizar a região e dinamizar o turismo literário como modelo de fruição do território.
“Hoje as pessoas querem visitar um território que se diferencie e nós entendemos que utilizar estes vultos da cultura nacional, que têm uma relação próxima com o Norte, seria uma boa forma de valorizar o território e, simultaneamente, divulgar os valores da cultura”, justificou António Ponte.
Fonte: http://www.correiodominho.com/noticias.php?id=88205
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