sexta-feira, 18 de dezembro de 2015
Farrapos de Memória deseja-lhe umas boas festas
O blogue Farrapos de Memória entra hoje no período de férias natalícias. Desejamos-lhe um feliz Natal e um ótimo Ano Novo. Regressamos no dia 1 de Janeiro de 2016.
Memórias Orais - Américo Massa

Aos
95 anos diz só ter “um bocadinho de falta de ouvido” mas parece estar informado
sobre todos os assuntos. A cada frase parece esboçar um sorriso, ainda que
disfarçado pelo bigode rigorosamente aparado. Américo Massa já conheceu muitos tempos
e de alguns preferia não se lembrar, “íamos para a escola, andávamos descalços
e, às vezes, quando íamos a fazer o exame da 4ª classe, era quando usávamos
umas alpercatinhas de borracha por
baixo; aquele que não tivesse posses, fosse mais pobrezinho, nem isso tinha
para calçar, ia descalço à mesma a fazer o exame da 4ª classe”. Foi resistindo,
e o tempo que por ele foi passando não o fez vergar. Via-o antes como aliado,
para conhecer coisas que muitos não chegariam a conhecer e diz sem ironia “apesar
de tudo, a vida ao mesmo tempo era alegre”.
Trabalhou
desde cedo, as crianças à época pareciam tornar-se adultas mais cedo. Ainda fez
a 4ª classe mas a miséria dos tempos não permitiram que continuasse, “a pobreza
era muita e tínhamos de ir a ajudar os pais naquilo que calhasse, numa hortinha
que se tivesse plantado, com pimentos, com tomates, com a batatinha, com o
feijão; ajudávamos lá na horta para termos as farturinhas para casa, para comermos, senão tinham que se ir a
comprar, mas dinheiro não havia, era pouco”. Mais tarde foi cantoneiro e não
conheceria outro ofício durante 20 anos, até que concorreu a cabo e “ficou
bem”. Foi cabo de cantoneiros mais de vinte anos, até à reforma, 590 escudos na
altura.
quinta-feira, 17 de dezembro de 2015
Miranda do Douro - Exposição de fotografia "Gente Daqui"

Nesta seleção de fotografias, há
estórias, memórias, diversos e diferentes sentimentos contidos em cada uma
delas que Carlos Lopes Franco apresenta através de elementos harmonicamente
contextualizados em cuidadas composições magistralmente enquadradas. Ao longo
desta seleção de fotografias é possível observar essa forte carga emocional
expressa na delicada utilização da luz, no dinamismo dos contrastes, nas
expressivas tonalidades e, sobretudo, essencialmente nas pessoas! Para o autor,
fotografar alguém é entrar no seu mundo, ouvir a sua história, conhecer a sua
vida, e ter a habilidade de ser simples, contudo deixa também espaço a que o
observador construa a sua palete de cores mental num processo interpretativo
pessoal que faz com que a fotografia transcenda o simples conceito da imagem.
Fotografando a singularidade das
pessoas na Terra de Miranda apresenta, pela primeira vez, um conjunto de
imagens que retratam algumas das atividades mais emblemáticas de uma
comunidade, também ela, singular. Delas constam elementos basilares do
património cultural mirandês como os pauliteiros, o burro mirandês ou a gaita
de fole que ainda é presença assídua nas manifestações culturais mirandesas. Em
destaque está também a fogueira do galo que continua a ser uma das tradições
mais mobilizadoras da comunidade mirandesa.
Macedo de Cavaleiros - Câmara Municipal e Direção Regional de Cultura estabelecem protocolo de colaboração
A colaboração já se tem vindo a verificar, com a promoção cultural,
particularmente ao nível da realização de exposições, mas agora fica
oficializada através de um protocolo. Câmara Municipal e Direção Regional de Cultura
estabeleceram parceria neste sábado.
O Presidente da Câmara
Municipal, Duarte Moreno, agradeceu e enalteceu a abertura da Direção de
Cultura, pela colaboração que “tem vindo a existir até aqui, e que, agora, fica
legitimada. Tal só significa que o Museu de Arte Sacra continuará neste caminho
de aposta na conceção de exposições alargada, acolhendo cedências de outros
Museus, particularmente o do Abade de Baçal e o da Terra de Miranda”, sob a
gestão direta da Direção Regional de Cultura.
O Diretor, António
Ponte, lembrou que “o Museu de Arte Sacra já acolheu a exposição ‘O Corpo e a
Glória’ que esteve patente em diversos espaços do Norte, ou já aqui recebeu
peças de outros museus, e este protocolo vem oficializar uma parceria, tendo em
vista a organização e valorização de algumas exposições temporárias.”
António Ponte ressalvou
o facto de o protocolo assinado “culminar um programa de atividades muito
interessantes, associando os interesses entre as associações, privados e
entidades do Estado, com as vontades da Câmara Municipal. A abrangência de
atividades, demonstra, de alguma forma, o tipo de posicionamento que a Câmara
entende que a cultura pode ter no desenvolvimento do Município, como mais um
instrumento de valorização do concelho e como pólo de motivação para a
visitação e dinamização económica.
Fonte: http://www.cm-macedodecavaleiros.pt/frontoffice/pages/319?news_id=987
Torre de Moncorvo - Rota das Belas Vista Variante Corço

O percurso pedestre tem concentração marcada para as 08h30
junto da Capela de Nossa Senhora de Fátima e S. João Baptista seguindo depois
até à serra do Roboredo onde se desenrola a maior parte do percurso.
Destaque para os vários pontos de interesse ao longo da
caminhada entre eles a capela de Nossa Senhora da Conceição, a Casa do Guarda,
a pedreira de hematite, o observatório panorâmico, o corso, a mina da Cotovia,
a capela de S. Lourenço e as várias espécies vegetais como o sobreiro,
arbustos, medronheiro e amendoal e olival.
Uma vez que se realiza na quadra natalícia esta rota tem uma
vertente solidária, sendo todos os participantes convidados a oferecer um bem
alimentar. Os bens doados serão entregues ao Banco Solidário de Torre de
Moncorvo que os distribuirá pelas famílias mais carenciadas do concelho.
A Rota das Belas Vistas variante Corço e variante Lobo estão
inseridas no aproveitamento turístico e florestal da Serra do Roboredo, que pretende
contribuir para a definição do perfil de aproveitamento turístico da região, e
promover uma maior diversificação de tipos e formas de turismo que respeitam a
natureza, as suas gentes e favoreçam a fixação de pessoas e o desenvolvimento
harmonioso da região.
Câmara Municipal de Torre de Moncorvo, 17 de Dezembro de
2015
Luciana Raimundo
Freixo de Espada à Cinta - Mupi está a funcionar novamente
![]() |
Mupi em Freixo de Espada à Cinta com imagem do Penedo Durão |
Gabinete de Comunicação da CM de Freixo de Espada à Cinta
Freixo de Espada à Cinta - Teatro Infantil, "Paulo e a Prenda Perdida"
Realizou-se no
dia 16 de Dezembro no Auditório Municipal de Freixo de Espada à Cinta a
peça "Paulo e a prenda perdida" escrita por António Parra. A organização
esteve a cargo da Câmara Municipal de Freixo de Espada à Cinta com o
apoio do Agrupamento de Escolas, no âmbito do plano de festividades de
Natal.
A sala esteve cheia com alunos do 1º ciclo que assistiram e interagiram com os atores, numa história que abordava a importância do Natal para as crianças, não em termos materiais, mas na demonstração de afetos para com a família e os amigos.
Gabinete de Comunicação da CM de Freixo de Espada à Cinta
Memórias Orais - Maria Emília Parra
Nasceu em Angola há 86 anos, onde estudou e viveu com os
pais. O pai, gerente de uma grande empresa naquela cidade permitia que tivessem
um nível de vida que o desenvolvimento natural das grandes metrópoles via como
sendo normal. Mas cedo a vida trocou as voltas à jovem menina que aos 17 anos
perdeu a mãe e dois anos depois o seu pai também viria a falecer.
A vida de Maria Emília Parra mudou. Casou nova e a família do marido passou a ser o seu maior
apoio. O seu marido era natural da freguesia de Poiares em Freixo de Espada à
Cinta, uma aldeia, que para Maria era como que do outro lado do mundo, “quando
cheguei a Poiares viemos assim à noitinha, não havia eletricidade, e eu quando
cheguei se tivesse um buraco eu tinha-me metido dentro dele e ia parar outra
vez a Luanda”. A vida na aldeia era diferente e certamente aquela não era a
sua. [Fiquei em casa da minha sogra, vejo uma data de mulheres, estava tudo à
minha espera, eu o meu marido e os dois filhos pequeninos. Então as mulheres
estavam todas com uns xailes pretos e uns lenços pretos e eu quando entrei
disse assim para o meu marido “olha morreu alguém, estão a fazer um velório ”,
com uma luz de azeite que eram aqueles candeeiros de cobre com três bicos,
aquela luz ali e um candeeiro de petróleo”].
MONCORVO - EFEMÉRIDES (17/12)
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Minas de minério abandonadas-20010 |
17.12.1893 – Notícia do aparecimento de um novo jornal em Torre de Moncorvo, no Club, “satírico e humorístico. Não tem assinatura”.
17.12.1941 – Efectuadas buscas em Carviçais, nas casas de Homero Apolinário, António Augusto Claro, Teresa Carvalho e Alfredo José Estácio tendo-se apreendido bastante minério. A denúncia foi feita por Abel Augusto Roque, representante da Companhia Mineira em Moncorvo.
António Júlio Andrade
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