A. Andrés, em casa dos pais
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Era larga e comprida , cheia de gente, sempre a passar, de rodinhas de crianças, de laços na cabeça, e de meias brancas de renda, feitas à luz do amor das avós, de mãos de pele enrugada, em olhares de meiguice e ternura, letra de poema, esquecido no tempo dos outros,de bibes de todas as cores, alegrando os ares com as nossas vozes infantis, ingénuas, felizes, na música dos dias de sol a espreitar pelas folhas das árvores, frondosas, encantadas do pipilar dos passarinhos, deslizantes no milagre e na sedução da melodia,… ao fundo, em frente à igreja, de pauzinhos de cerejas, em flores vermelhas, brancas, carnudas e sumarentas de sabores e formas, redondas, macias, escorregadias, em sonhos engalanadas, cinco coroas vendidas, âncora de todas as minhas lembranças, de contos, sagrados, ditos em tom de magia, ouvidos, sentidos! saboreados nos olhos abertos, sedentos de mistério e de maravilha, ao sol de inverno, na varanda, à espera, ou nas escaleiras, velhas e atrapalhadas, aos tropeções com as vidas,em laços de borbotos, de teias enxertadas, em falas de poesia de teares abandonados
Tininha
A. Andrés
A. Andrés
Reedição de posts desde o início do blogue.
Olá a todos!
ResponderEliminarnestas escadas, velhinhas, minha bisavó Teresa, me contava,
"era uma vez...
Obrigada a todos! bom fim de semana!
TININHA DE URROS
Que gira!!!
ResponderEliminarE nestas escadas, escaleiras, melhor dito, minha bisavó velhinha contava assim:
ResponderEliminar_Era uma vez...
Tininha, de Urros
Olá,Tininha!
ResponderEliminarDe novo o regresso à infância.Lindo!
Bom fim-de-semana também para si.
Uma moncorvense
Para esta moncorvense, tão simpática, sensível, generosa, e que deve ser, ela, também, como as suas palavras, linda!, eu desejo um excelente e bem revigorante fim de semana.Para ela e para tudo o que a ela pertence, ou que preza, claro.
ResponderEliminarCom muita amizade,
Tininha
Olá, Tininha :
ResponderEliminarEstas memórias ( e eu não sou passadista) estão presas a nós como uma segunda pele, ou antes, habitam dentro de nós e, de vez em quando, entreabem a porta e zás, aí estão elas, numa breve escapadela.
O Lelo está muito cansado e um pouco em baixo de forma. Esperemos que recupere em breve , para fazer o Blog andar com alma e vida.
É que Os "Farrapos de Mamória" tornaram-se já um marco moncorvense e não só.
Am abração para a Tininha
Júlia
Olá, minha amiga:
ResponderEliminarESTES FARRAPOS é que se me entranharam de tal modo, que me estão a fazer muita falta! o Lelo, tem que se pôr bom, e muito rapidamente, por ele, e por todos nós!
beijinhos para todos, com muita amizade, da Tininha
...há sempre uma criança dentro de nós, ainda bem.
ResponderEliminarOs farrapos da memória! muito me agradam, é sinal que nos sentimos vivos! e quando faço uma pausa para pensar; a minha meninice,de uma familia numerosa, muito feliz eu fui! recordar é viver, por esse motivo aqui estou a dar o meu testemunho. obrigada
ResponderEliminara minha rua era a rua da fragua! que saudades eu tenho!
EliminarBoa noite minha querida Tininha!
ResponderEliminarSó agora vim ver os "nossos" Farrapos e fiquei encantada mas,sabes,queria mais,porque tudo o que escreves e de tanto gostar,sabe-me sempre a pouco...A tua Rua Grande onde jogava a macaca,ao lado a Travassa da Botica.Muito obrigada por tão belas e doces recordações,as mais belas e felizes que quero guardar na Memória.
Com um beijo de saudade da tua sempre amiga
Ireninha
Nota:a fotografia é uma ternura que espelha bem o carinho e o amor com que tu e eu fomos criadas e educadas.
Cá estou eu de novo e sabes porquê?
ResponderEliminarPorque não consegui resistir à franginha,aos sapatos ,aos soquetes feitos à mão pelas nossas avós ,às escaleiras de xisto à nossa querida terra que e embora todos estes anos trago sempre no coração.
Mais uma vez obrigada!
Um beijo da Travessa da Botica ,mas do tamanho da tua Rua Grande...
Da tua amiga
Ireninha
Olá meus amigos:
ResponderEliminarDepois deste peguilho, qualquer alimento nos cai bem.
Rua da Frágua, Rua da Botica, Rua Grande, Fonte Nova, toda uma vida cheia de gratas recordações.
Obrigada.
Saudades.BBeijinhos
Tininha
Olá Tininha.
ResponderEliminarAinda bem que escreves.
A tua escrita provoca viagens no tempo e a custo muito económico.
Tempo vivido em lugares interessantes, como uma velha escada da minha Rua, sim da minha Rua eu nasci na rua Grande, como sabes naquele tempo o nascimento acontecia, era uma coisa natural nascer, hoje é um acontecimento, não só na nossa Rua como em qualquer outro lugar da nossa terra e não só, mas vou ficar por aqui.
A velha escada que está cheia de recordações das crianças que nela se sentavam para brincar, dos adultos cansados que chegavam e nela se sentavam para descansar antes de subir, depois de um dia de trabalho em que o frio ou calor apertavam e o corpo suava de tanta canseira, as escadas serviam para tantas coisas, não só para subir e descer, mas das recordações das escadas nada poço escrever, nas suas memórias não posso entrar, assim apenas a minha memória das velhas escadas posso recordar, sim porque tudo serve para recordar, porque em qualquer lugar vemos o Céu, vemos a Lua lembramos rostos e olhares com a mesma ternura,recuamos, pensamos e vivemos, os sentimentos regressam com a mesma intensidade, que o diga a menina da fotografia, é verdade os anos passaram, mas a menina continua com as suas memórias.
Quando lemos e olhamos a fotografia, a menina em pose fica na nossa memória e perguntamos, por magia esta menina, é a Senhora que contou esta estória.
O amigo e vizinho
Manuel Sengo
OLÁ MEUS AMIGOS!
ResponderEliminarQuantas saudades os vossos comentários me trazem!...
....!
Meu Deus! Dai-me a serenidade que eu preciso, para aceitar a chuva, o sol e a tempestade; e pensar que a vida é uma coisa maravilhosa; e que todos os dias recomecemos, com mais esperança, com mais fé, mais coragem.
COM MUITAS SAUDADES,
Tininha
olá Manel!
ResponderEliminarTens razão sim senhor!As escadas ou "escaleiras"de pedra onde tantas vezes nos sentámos ao entardecer depois de mais um dia de brincadeira,ao contrário dos nossos pais e avós que faziam nelas uma pequena pausa de tanto trabalho ao longo de dias gelados de Inverno ou acalorados de Verões" tórridos e impiedosos.As "escoleiras" onde tantas vezes ouvi "estórias" que me deixavam "amarelinha" de medo e que nunca mais esqueci...
Beijinhos da vossa amiga e vizinha
Ireninha
Mais uma vez recordámos a nossa infância com carinho e saudade, não há muito a dizer porque os nossos queridos vizinhos e amigos já disseram o que vai na alma de todos os que valorizam o passado e o sabem tornar "presente".
ResponderEliminarOBRIGADA Tininha e bjis a todos.
Letinha
Olá minha gente!
ResponderEliminarObrigada pela vossa atenção e pelo vosso carinho.
Para a Letinha, Ireninha e Manel, beijinhos
Saudades e abraços para todos.
Tininha