segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

TORRE DE MONCORVO - EFEMÉRIDES (13, 14 e 15 /12)

13 Dez. 1395 – Durante mais de 15 dias a vila de Torre de Moncorvo foi a capital de Portugal. Sabem porquê? É que, entre os dias 13 e 30 de Dezembro de 1395, o rei D. João I aqui terá fixado a sua residência, que o mesmo é dizer a sede do seu governo… Certamente que este rei gostaria muito de Torre de Moncorvo pois já em 1386, no seguimento da vitória militar sobre os castelhanos e consequente conquista do poder, ele escolhera os campos da Vilariça para neles fazer a primeira grande parada militar que houve em Portugal, maravilhosamente descrita por Fernão Lopes, na Crónica de D. João I, concluída nos seguintes termos:

- E este foi o mais fermoso alardo que até ali em Portugal fora visto!
A explicação lógica para esta preferência real estará no facto de a Torre de Moncorvo ter constituído o seu primeiro e mais forte apoio político em terras de Trás-os-Montes, todas viradas para o Rei de Castela.
13 Dez. 1837 – Nesta data foram arrematados os bens do convento dos frades da ordem da Santíssima Trindade da freguesia da Lousa que o governo antes tinha nacionalizado.

TORRE DE MONCORVO - EFEMÉRIDES  (14/12)

14 Dez. 1870 – Começou a funcionar em Torre de Moncorvo a primeira destilaria de aguardente, instalada na Corredoura por António Caetano de Oliveira.
Nesta mesma data, o administrador do concelho enviava uma circular aos regedores das diferentes freguesias pedindo informações sobre todos os estrangeiros residentes da área de suas freguesias. O curioso desta circular encontra-se na seguinte nota:

- No número de hespanhois não se devem compreender os trabalhadores e criados de servir Galegos.
Sim, nessa altura havia forte contingente de galegos a trabalhar na região do Alto Douro, muito especialmente na plantação de vinhedos e construção dos muros dos socalcos que fazem paisagem duriense património da humanidade. Significa isto que o nível de vida na região do Alto Douro seria muito superior ao da Galiza, contrariamente ao que acontece nos nossos dias. Significa também que havia mais afinidade entre Trasmontanos e Galegos do que entre Portugueses e Espanhóis ou até mesmo entre Galegos e Hespanhóis.

TORRE DE MONCORVO - EFEMÉRIDES  (15/12)
15 Dez. 1904 – Nota do jornal O Trasmontano: - Acetylene. Mais uma nova instalação desta magnífica luz acaba de ser montada nesta vila, em casa dos nobres Viscondes do Marmeleiro, hoje propriedade de seu filho e nosso particular amigo, senhor António Eugénio de Carvalho e Castro, ilustre engenheiro. Foi este cavalheiro quem dirigiu os trabalhos da instalação e isto basta para supor o bom gosto da obra.
15 Dez. 1956 – Notícia do quinzenário A Torre: - Sob a responsabilidade do maestro António Pedro, conhecido através dos microfones da Emissora Nacional, deu-se início, no mês de Novembro findo, aos trabalhos de reorganização da Sociedade Filarmónica Moncorvense, funcionando já um curso de aprendizagem de música com cerca de 50 alunos, com os quais conta, juntamente com outros antigos executantes, formar a banda desta vila.


António Júlio Andrade

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2 comentários:

  1. Amor com amor se paga:D.João I gostava de Moncorvo,porque Moncorvo o apoiou.E este grande amigo da nossa terra não tem nem estátua nem nome de rua...

    Uma moncorvense

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  2. E Moncorvo foi também uma das terras que financiou a digressão (os estudos ou estágio diplomático -. diríamos hoje) pelas capitais europeias ao seu filho, o príncipe D. Pedro, o das sete partidas, como consta ainda hoje em pergaminho publicado em 1931 por Artur Magalhães Basto em separata da Recista de Cultura da Patria nº 1 J. Andrade

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