13 Dez. 1395 – Durante mais de 15 dias a vila
de Torre de Moncorvo foi a capital de Portugal. Sabem porquê? É que, entre os
dias 13 e 30 de Dezembro de 1395, o rei D. João I aqui terá fixado a sua
residência, que o mesmo é dizer a sede do seu governo… Certamente que este rei
gostaria muito de Torre de Moncorvo pois já em 1386, no seguimento da vitória
militar sobre os castelhanos e consequente conquista do poder, ele escolhera os
campos da Vilariça para neles fazer a primeira grande parada militar que houve
em Portugal, maravilhosamente descrita por Fernão Lopes, na Crónica de D. João
I, concluída nos seguintes termos:
- E este foi o mais fermoso alardo que até ali
em Portugal fora visto!
A explicação lógica para esta preferência real
estará no facto de a Torre de Moncorvo ter constituído o seu primeiro e mais
forte apoio político em terras de Trás-os-Montes, todas viradas para o Rei de
Castela.
13 Dez. 1837 – Nesta data foram arrematados os
bens do convento dos frades da ordem da Santíssima Trindade da freguesia da
Lousa que o governo antes tinha nacionalizado.
TORRE DE MONCORVO - EFEMÉRIDES (14/12)
14 Dez. 1870 – Começou a funcionar em Torre de
Moncorvo a primeira destilaria de aguardente, instalada na Corredoura por
António Caetano de Oliveira.
Nesta mesma data, o administrador do concelho
enviava uma circular aos regedores das diferentes freguesias pedindo
informações sobre todos os estrangeiros residentes da área de suas freguesias.
O curioso desta circular encontra-se na seguinte nota:
- No número de hespanhois não se devem
compreender os trabalhadores e criados de servir Galegos.
Sim, nessa altura havia forte contingente de
galegos a trabalhar na região do Alto Douro, muito especialmente na plantação
de vinhedos e construção dos muros dos socalcos que fazem paisagem duriense
património da humanidade. Significa isto que o nível de vida na região do Alto
Douro seria muito superior ao da Galiza, contrariamente ao que acontece nos
nossos dias. Significa também que havia mais afinidade entre Trasmontanos e Galegos
do que entre Portugueses e Espanhóis ou até mesmo entre Galegos e Hespanhóis.
TORRE DE MONCORVO - EFEMÉRIDES (15/12)
15 Dez. 1904 – Nota do jornal O Trasmontano: -
Acetylene. Mais uma nova instalação desta magnífica luz acaba de ser montada
nesta vila, em casa dos nobres Viscondes do Marmeleiro, hoje propriedade de seu
filho e nosso particular amigo, senhor António Eugénio de Carvalho e Castro,
ilustre engenheiro. Foi este cavalheiro quem dirigiu os trabalhos da instalação
e isto basta para supor o bom gosto da obra.
15 Dez. 1956 – Notícia do quinzenário A Torre:
- Sob a responsabilidade do maestro António Pedro, conhecido através dos
microfones da Emissora Nacional, deu-se início, no mês de Novembro findo, aos
trabalhos de reorganização da Sociedade Filarmónica Moncorvense, funcionando já
um curso de aprendizagem de música com cerca de 50 alunos, com os quais conta,
juntamente com outros antigos executantes, formar a banda desta vila.
António Júlio Andrade
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Amor com amor se paga:D.João I gostava de Moncorvo,porque Moncorvo o apoiou.E este grande amigo da nossa terra não tem nem estátua nem nome de rua...
ResponderEliminarUma moncorvense
E Moncorvo foi também uma das terras que financiou a digressão (os estudos ou estágio diplomático -. diríamos hoje) pelas capitais europeias ao seu filho, o príncipe D. Pedro, o das sete partidas, como consta ainda hoje em pergaminho publicado em 1931 por Artur Magalhães Basto em separata da Recista de Cultura da Patria nº 1 J. Andrade
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