Operadores turísticos e investigadores internacionais
debatem esta sexta-feira, em Alijó, a viabilidade e mercados do novo produto
turístico proposto para o Tua, que junta o comboio, funicular e barco e
representa um investimento de 40 milhões de euros.
Segundo anunciou hoje a EDP, a conferência internacional
“Railroads in Historical Context” vai reunir 40 investigadores internacionais,
operadores turísticos do Douro e responsáveis pela empresa, que há dois anos
está a construir a Barragem de Foz Tua entre os concelhos de Alijó (Vila Real)
e Carrazeda de Ansiães (Bragança).
A construção do Aproveitamento Hidroeléctrico de Foz Tua
implica a submersão de parte da linha ferroviária do Tua. Em consequência
disso, foi elaborado um plano de mobilidade, que está a ser gerido pela Agência
de Desenvolvimento Regional do Vale do Tua (ADRVT), e vai implicar um
investimento de 40 milhões de euros.
À EDP caberá um investimento de 10 milhões de euros,
enquanto os 30 milhões de euros serão provenientes de fundos comunitários.
Para o Tua propõe-se um sistema multimodal, que começará
pelo transporte ferroviário até à barragem, com subida do paredão através de um
elevador panorâmico (funicular) e depois viagem de barco até à Brunheda, onde
se entrará novamente no comboio até Mirandela.
Nesta conferência far-se-á um debate público, com os
operadores, para analisar a viabilidade e mercados do novo produto turístico
que está a ser projectado para o Tua.
Em Setembro, no decorrer de uma visita às obras da barragem,
o administrador da EDP Sérgio Figueiredo referiu que quatro operadores
turísticos já tinham mostrado interesse na concessão deste plano de mobilidade.
Na altura, disse ainda que a EDP ou ADRVT não estão
vocacionadas para operar esse produto turístico.
No âmbito do Aproveitamento Hidroeléctrico de Foz Tua está
também a ser desenvolvido, por uma equipa de investigadores do MIT e da
Universidade do Minho, um estudo histórico da linha ferroviária do Tua e do
vale do Tua.
O programa prevê a intervenção do professor Eduardo Beira,
do MIT Portugal, sobre o tema “Três anos de trabalhos sobre a linha e o vale do
Tua”, de José Silvano, da ADRVT, sobre a “Perspectiva de desenvolvimento
regional do vale do Tua” e de Sérgio Figueiredo, que vai falar sobre “O plano
de mobilidade e as oportunidades para o vale do Tua”.
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