...umas benzendo-se, outras ajoelhadas, observando o
astro-rei a "rodar e rodopiar" sobre si mesmo, numa aura
multicolorida, e atropelado por inúmeros "Ahhhh! ! !", "Corno é
possível?!" e "Milagre! Milagre!". Primeiro, o Sol mostrou ao
centro um dístico azul, segundo o relato de uns, ou cor de prata, no olhar de
outros. Depois, evidenciou dois movimentos de rotação, para a direita e para a
esquerda. Em volta, num círculo maior, uma luz viva multicolorida, circundada
por uma auréola avermelhada. Um momento deveras emocionante sentido por dezenas
de milhar de pessoas, em gritaria, que era prece, ou desfiando, ajoelhadas e em
silêncio, as contas do rosário. Assim foi descrito posteriormente pelo enviado
especial do Comércio do Porto, baseado no relato do que considerava serem
"pessoas idóneas". Era o caso de uma médica portuense, irmã do antigo
reitor da Universidade do Porto: Eu vi o que há de mais belo e que não se pode
descrever! afirmava. Foi uma beleza, um sinal lindíssimo, magnífico, inigualável,
a chamar os descrentes à religião católica. Alguém diz ter visto Nossa Senhora
e a Sagrada Família. Eu não a vi! — afiançava D. Augusta Baía, uma advogada de
Vila Real.
In "Corpo sem chão" de Aida Borges
VER: http://lelodemoncorvo.blogspot.pt/2010/08/amelinha-de-vilar-chao-anos-40.html
Entrevista com Alfredo Peixe em:http://www.youtube.com/watch?v=1vKa2976KWU
Foto do N.M.F.D.S.
Armindo Morais :Coisas dos tempos!! e memórias que o tempo apagou!!!
ResponderEliminarLucília Rebouta escreveu:São sempre muito interessantes os seus registos Lelo Demoncorvo. Embora não faça"gosto",vou lendo sempre. Creio que aqui se refere á sra Amelinha de Vilar Chão de quem sempre ouvi falar mas sempre numa história pouco esclarecedora e envolta em clausura-ela e a história-Milagres? Santidade? O registo mais claro que ouvi(li) foi este que de facto mostra que estes milagres se processam todos da mesma forma,o que não deixa de ser curioso.
ResponderEliminarAida Borges escreveu:A avaliar pelos comentários recentes no seu blogue, confirmo, mais uma vez, que a história do dito milagre que envolveu a protagonista do "Corpo sem chão", nos anos 40 do século passado, não está de modo algum esquecida! Hajam memória!
ResponderEliminarVer também:http://lelodemoncorvo.blogspot.pt/2012/12/macedo-de-cavaleiros-poetica.html
ResponderEliminarFOI UMA PERDA IRREPARÁVEL PARA O CONCELHO DE ALFÂNDEGA DA FÉ E PARA TODO O DISTRITO DE BRAGANÇA ESSE PSEUDO MILAGRE NÃO TER TIDO ÊXITO..I SE PORVENTURA OS MENTORES TIVESSE TIDO SUCESSO VILARCHÃO . SERIA HOJE SEGURAMENTE UM SANTUÁRIO QUE OMBREARIA COM OS MELHORES DO NOSSO PAÍS. SEGURAMENTE O CONCELHO DE ALFÂNDEGA DA FÉ SERIA UM LUGAR QUE INEVITAVELMENTE SERIA VISITADO POR MILHARES DE PEREGRINOS QUE TRADUZIR-SE-IA NUMA RIQUEZA QUE ERA BEM VINDA EM TERMOS ECONÓMICOS .TODAVIA ISSO NÃO FOI POSSIVEL E TEMOS APENAS QUE LAMENTAR O FACTO .UM ABRAÇO--CARLOS
ResponderEliminarRaúl Figueiredo escreveu:
ResponderEliminarDesculpem o meu depoimento. A minha mãe, que vivia a uns 60 kms desta localidade, também foi ver a "Santa". Mas que grande barrete, disse eu!. Pouco tempo descubriu-se que era realmente tudo mentira. São as "Santas da Ladeira" que aparecem para enganar os mais humildes.
Finalmente há um livro sobre este tema que faz parte da memória de uma região.Obrigado Aida Borges.
ResponderEliminarLeitor
António Joaquim Oliveira escreveu: A Senhora D. Amélia (Luz de Maria) é autonoma e recomenda-se. Apesar das suas mais de 90 primaveras faz uma vida perfeitamente normal, com as limitações proprias da idade!
ResponderEliminarAntónio Xavier Pinto Neves escreveu: A Amélinha de Vilar Chão não teve tanta sorte como o milagre de Fátima porque e segundo o relato de gente desse tempo a Amélinha já tinha angariado umas centenas de contos de reis ( como se dizia na altura) e havia um padre que andava lá a orientar a "santinha", deitou a mão à massa e desapareceu, ora sem padre e sem massa a santa faliu.
ResponderEliminarOuvi contar, a quem falou com a jovem Amelinha nesse tempo e antes das complicações e confusões terem surgido, que ela terá sonhado com dois caminhos, um deles cheio de flores, perfume e coisas bonitas e outro com pedras aguçadas e picos para os pés (havia gente que andava descalça) e que lhe perguntavam, no sonho ou visão como se queira, qual era o caminho para o céu. Naturalmente que para um campo de santidade tinha de ser o segundo. Era e é, sem exageros, claro está. A pessoa que mo contou, com formação académica de universidade e não necessitada de alarido dado até o seu modo de estar discreto, ficou impressionada com a conversa que teve com a então menina. Perante o arrastamento de tudo o que se passou e não passou para o campo dos sentimentos exacerbados que literalmente pisaram culturas fica-nos a lição que demonstra, mais uma vez, como nasce e pode logo sucumbir tudo o que é fenomenal. Em tudo o que mexe é preciso obter a confirmação do encaixe das peças em presença. Aqui encaixaram mas predominou a negação na vez da afirmação, o não ser sobrepujou e arrasou. Acontece as mais das vezes.
ResponderEliminarCarlos Sambade
A D.ª Amélia tem, hoje, 93 anos e vive numa casa de abrigo perto de Bragança. Já muito se disse e escreveu. Foi uma vidente manipulada pelo padre da paróquia, pelo irmão deste, que era médico e que acabou mal para a vidente e, segundo consta para o fotógrafo e para o pai da vidente. Julgamentos fiquem para Deus, que tudo sabe. Eu só sei o que ouço e vejo escrito.
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