PROGRAMA:
Ver:
http://lelodemoncorvo.blogspot.pt/2013/09/contos-do-vale-da-promissao-de-carlos.html
Notas biográficas:
Carlos Carvalheira
Nasceu em
Trancoso.
Possui a
licenciatura em Direito (Coimbra), a pós-graduação em Direito Europeu (Nancy –
França) e o Diploma Superior de Estudos Franceses (Nancy – França).
Fez estágios
profissionais no Tribunal de Justiça da União
Europeia (Luxemburgo), na Comissão da União Europeia (Bruxelas), no
Parlamento Europeu (Estrasburgo).
No MF e no
MNE coordenou, durante vários anos, as posições sectoriais com vista à
negociação, no quadro da União Europeia, de vários dossiers (transportes,
mercado interno, Europa dos cidadãos, controlo nas fronteiras, reconhecimento
de diplomas, protecção civil, serviços de informação, direito de
estabelecimento, livre circulação...) e de diversos elementos de Direito
Derivado (Regulamentos, Directivas, Decisões...).
Integrou o Grupo Ad-Hoc Imigração, assim como as
delegações portuguesas às reuniões dos
Grupos do Conselho de Ministros. Coordenou todo o processo relativo à
notificação do direito nacional adaptado.
No Instituto da Juventude, chefiou a Divisão de
Relações Internacionais e integrou e chefiou as delegações para negociação de
programas com diversos países
(Bélgica, Holanda, Alemanha, Dinamarca, França, Guiné Bissau, Cabo Verde...).
Participou na Primeira Presidência Portuguesa da União Europeia (1992), onde
prestou apoio ao Presidente do Grupo do sector.
Exerceu,
durante vários anos, as funções de Secretário do Governo Civil da Guarda.
Foi
conferencista e formador em colóquios, conferências, acções de formação e
seminários essencialmente em matéria de Direito Comunitário e da integração de
Portugal na União Europeia.
Escreveu para
jornais de âmbito nacional e local. Tem escrito trabalhos para inclusão na
Colecção Fios da Memória.
Leccionou,
durante vários anos, a cadeira de Direito Europeu e Cidadania, na Universidade
Sénior da Guarda.
Nota Biográfica do editor
António Sá Gué, é o pseudónimo do
Tenente-coronel António Manuel Lopes. Nasceu a 9 de OUTUBRO de 1959, na
Freguesia de Carviçais, concelho de Torre de Moncorvo, centro da chamada “Terra
Quente Transmontana”. Frequentou engenharia civil, curso que deixou a meio para
ingressar voluntariamente nas fileiras do Exército Português. Passou pelos
postos hierarquicamente mais baixos até ingressar no INSTITUTO SUPERIOR
MILITAR, curso que terminou em 1989 e lhe permitiu ascender a oficial.
Enquanto oficial, a sua carreira
decorreu com normalidade. Percorreu todos os postos da carreira de oficiais até
ascender a tenente-coronel, posto que neste momento detém. Desempenhou as mais
variadas funções de planeamento e direcção dentro do Estado-Maior das diferentes
unidades militares por onde passou e das quais se destacam: OFICIAL DE
OPERAÇÕES, OFICIAL DE PESSOAL, OFICIAL DE JUSTIÇA.
Além dos cursos que frequentou para
desempenhar as diferentes funções para as quais foi nomeado, frequentou, como
qualquer oficial, os cursos obrigatórios para ascender na carreira militar e
nos quais se destacam: CURSO DE PROMOÇÃO A CAPITÃO e CURSO DE OFICIAL SUPERIOR.
Ao longo da sua vida manteve sempre uma
relação emocional com os livros e, em 2007, estreou-se com o seu primeiro
romance, As Duas Faces da
Moeda. Desde então tem publicado diferentes obras sempre na área da ficção
que passam pelo romance, como já se disse, e pelo conto.
Depois de ter editado as suas três (3) primeiras obras através de
outros editoras, insatisfeito pela forma como as mesmas eram divulgadas, decide
criar a sua própria editora, LEMA D’ORIGEM – EDITORA que
se estreou em 2009, com um título da sua autoria NA INTUIÇÃO DO TEMPO.
É membro da Academia de Letras de
Trás-Os-Montes.
É membro da Associação Portuguesa de
Escritores.
Está representado com o título A feira, na Antologia de Autores Transmontanos - A Terra de Duas
Línguas, coordenada por Ernesto RODRIGUES e Amadeu FERREIRA, editor: Academia
de Letras de Trás-os-Montes, Instituto Politécnico de Bragança, Associação das
Universidades de Língua Portuguesa, Bragança, 2011, p. 279-286.
Está representado com o título Na Andadura do Pão, A Terra de Duas
Línguas II - Antologia de Autores Transmontanos - coordenada por Ernesto
RODRIGUES e Amadeu FERREIRA, editor: Lema d’Origem Editora, Porto, 2013, p.
171-180.
Tem pubicadas as seguintes obras:
- As Duas
Faces da Moeda; Papiro Editora, Porto, 2007;
- Contos
dos Montes Ermos; Editora ArtEscrita, Rio Tinto, 2007; 2.ª edição, Lema d’Origem,
Valongo, 2010;
- Fantasmas de uma Revolução, Papiro Editora, Porto, 2008;
- Na
intuição do tempo, Lema d’Origem, Valongo, 2009;
- Ultreia!
Caminho sem Bermas, Lema d'Origem, Valongo, 2010;
- Fermento de Liberdade, Lema
d'Origem, Valongo, 2011;
- Quadros da Transmontaneidade, Lema
d'Origem, Porto, 2012;
- O MANCO –
Entre Deus e o Diabo, Lema d'Origem, Porto, 2013.
Além das obras acima identificadas tem
publicados os seguintes contos;
- Um
Rei sem Reino;Papiro Editora, Porto,2008:
- O
Girassol. Presente para Van Gogh, Papiro
Editora, Porto, 2009
- A Alzira, Boletim
Cultural da Escola Secundária Camilo Castelo Branco (boletim n.º 17);Vila
Real,2011;
- No
princípio era o verbo, Boletim Cultural da Escola Secundária Camilo Castelo Branco, (boletim n.º 18), Vila Real,
2012.
- O
Quadro - Boletim Cultural da Escola Secundária Camilo Castelo Branco, (boletim n.º 19), Vila Real,
2013.
2007
As Duas Faces da Moeda; Papiro Editora, Porto, p. 246
Durante
o ciclo da emigração clandestina para a Europa Central, nos anos 60, muitos
para fugir á pobreza da terra, engolfaram-se numa viagem iniciática, uma
autentica odisséia, onde a travessia das fronteiras se fazia a pé, pela calada
da noite, caminhando, caminhando, de carnadura dorida, ao longo das longas e
declivosas congostas pirenaicas, perdidos, orientados apenas pela vontade de
vencer, sujeitos a intempéries e ás travessuras dos “passadores”.
O
Gaio, inadaptado, vai regressar, comprar umas canhonas, viver enlevado, durante
pouco tempo, entre os montes e o céu, numa vida simples de zagal. O grito “Para Angola e em força”, vai arrastá-lo
para os córregos tenebrosos da guerra. Há-de
matar, enganar a morte, e há-de ter a sorte de regressar, mas as
cicatrizes e o embotamento da alma serão tão fortes que lhe hão-de tolher a
vida.
***
Contos dos Montes Ermos; Editora ArtEscrita, Rio Tinto, 2007, p.116; 2ª edição, Lema d’Origem (Valongo), 2010, 143 p.
Os Contos dos Montes Ermos não
são meras narrativas de vivências de um passado recente do Nordeste
Transmontano. Nem tão somente um relembrar do léxico que define o transmontano
de aldeias longínquas onde o tempo, outrora, passava devagar. Neles há o
retrato das gentes, do labor e do lazer. Neles há a seiva que moveu os filhos
dos homens transmontanos em busca de outros espaços onde a alma amadurecesse e
o grito da saudade repovoasse os montes, de onde o “Longe” demora a chegar.
Teresa Leonardo Fernandes
2008
Fantasmas
de uma Revolução, Porto,
Papiro Editora, 2008, 174 p.
Poucos
terão sido aqueles que, em idade da razão, não tivessem vivido intensamente o
período conturbado do PREC, cheio de contradições e acontecimentos marcantes.
Nesse tempo, agora só de memórias, as palavras cortavam como facas e a canção
era uma inquietante e irónica arma de revolta. Nessa época de liberdade e
libertinagem, alegrias e tristezas, de excessos provavelmente frutos da longa
noite de escuridão, concatenaram-se numa longa trama de avanços e recuos
políticos, podendo muito bem ter culminado na instalação de uma ditadura do
proletariado. Ninguém assistiu a tal realidade, ou melhor, só o personagem
central do romance a vive.
2009
Na intuição
do tempo, Valongo, Lema d’Origem
- Editora, 2009, 172 p., capa ilust., color.
Será possível fazer a síntese de um determinado tempo e
percepcionar o futuro? Que movimentos, que ideias nos influenciaram e nos
fizeram seguir em determinada direcção? Este é o propósito deste livro, que
procura condensar alguns dos movimentos sociais do século XX, materializados em
personagens-tipo que interagem dentro do comboio do tempo, um tubo de ensaio
onde as personagens exteriorizam os seus pensamentos, ora os verbalizando, ora
comentando a paisagem que vai surgindo através da vidraça do imperecível
comboio, permanentemente fustigado pela força das intempéries da tecnologia e
que o engenheiro Norberto acredita dominar.
Que influência teve nas gerações seguintes a revolução
geracional dos anos 60, representada pelo Horácio, um estudante influenciado
pelo movimento hippie? Que peso teve a queda do muro de Berlim e a Guerra Fria
que o mundo viveu, e que morreu com o Gonzaga, um comunista idealista que ainda
acredita na luta do proletariado? Aonde nos conduz o homo pouco sapiens que,
embalado pelo chouto do comboio da globalização e do consumismo desenfreado,
ainda acredita ser o maquinista e dominar a máquina, travar e acelerar sempre
que o desejar, mas, em boa verdade, já não tem os freios para poder orientar
essa possante besta que a todos arrasta?
2010
Ultreia! Caminho sem Bermas. Valongo, Lema d'Origem, Editora, 188,p, capa il. color.
Neste
livro, descrevo o caminho e as impressões colhidas ao longo do “Caminho
Francês”, e vou garatujando um segundo caminho paralelo a esse: o caminho do
conhecimento e do não-
-conhecimento. Este é o caminho simbólico do Daniel, um professor, um artificie de consciências, que ao longo do seu trajecto tenta, em todos os momentos, melhorar enquanto pessoa, encontrar dentro dele a melhor forma de andar ao longo desta senda que é, ao fim e ao cabo, o caminho da vida.
-conhecimento. Este é o caminho simbólico do Daniel, um professor, um artificie de consciências, que ao longo do seu trajecto tenta, em todos os momentos, melhorar enquanto pessoa, encontrar dentro dele a melhor forma de andar ao longo desta senda que é, ao fim e ao cabo, o caminho da vida.
2011
Fermento de Liberdade. Valongo,
Lema d'Origem, Editora, 279,p, capa il. color.
Tempos houve, e não estão muito
distantes, em que o regime, se enraizava na sociedade, através de dois fortes
espigões, a polícia que se apelidava de defesa do estado, de longos e sinuosos
braços, e, também por, um exército, ufanado por um oco prestígio que adormecia
à sombra do obscurantismo do povo, alfobre dessas duas vértebras que o
mantinham erecto.
O Zé Bernardo, transmontano de
nascença, transplantado para a ilha do Porto, há-de ser facilmente recrutado
pela polícia, e irá vicejar temporariamente. O Coronel Fontelo, o segundo
personagem, também transmontano, de 48 anos de idade, que inicialmente presta
serviço a um estado leal e nobre, qualidades, que sempre lhe ensinaram a
reconhecer, lentamente, vai tomando consciência das invirtudes desse estado, consciência
essa obtida, essencialmente, em
consequências da sua vida familiar, especialmente a sua filha mais
velha.
A Marília devido ao seu feitio
revolucionário vê-se envolvida nas lutas estudantis nos anos 60. Vai ser
perseguida e vai refugiar-se em França, onde toma contacto com a resistência
organizada em Paris.
Volta , e é nesse regresso que é presa pela PIDE e é nesse
tempo que a alma do coronel Fontelo vai ser tocada pelas injustiças e malvadez
do regime e entrará na porta da democracia que se adivinha.
2012
Quadros da Transmontaneidade. Porto, Lema
d'Origem, Editora, 112,p, capa il. color.
Esta é uma obra de
sedimentos memoriais das gentes transmontanas. Não é nenhum levantamento
etnológico, nem tão pouco um estudo antropológico do seu modus vivendi, como se possa pensar. É, antes de mais, um livro que fala da grandeza e da mesquinhez
humana, de ressentimentos, de canseiras, dos tédios e das angústias que
alimentam qualquer ser humano.
É um livro que fala de montes elevados
por emoções e dos vales profundamente escavados por sentimentos.
2013
O MANCO – Entre Deus e o Diabo. Porto, Lema
d'Origem, Editora, 204 p, capa il. color.
O Manco é uma figura que procura a sua unidade, enquanto
ser humano, entre a dura realidade em
que sobrevive e a busca de uma religiosidade que parece não lhe trazer
respostas. Uma figura que se busca entre o seu mundo interior e exterior.
O Manco - Entre Deus e o
Diabo é um grito em silêncio de uma revolta contida.
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