Iniciaste a aula liceal
Com voz  segura, sem
vacilar
Com a determinação num olhar
Promissor de lição seminal.
Transpuseste aquele umbral
Sóbrio, analítico, ordenado
Traçaste a linha magistral 
                          Do fazer aprender planeado.
                          Jorraste ensinamentos da cerviz
                          Da transmontana montanha
                          Descidos ao meu sopé de aprendiz
                          Ditos em língua quase estranha.
                         Folheei nos meus cadernos amarelecidos
                         Por entre registos, em Inglês, soterrados
                         Versos de Blake e Kipling ressurgidos
                        Nas tuas aulas, com deleite, sufragados.
                        Construiste pontes de sabedoria,
                        Ora rectilínea, gramatical,
                        Ora curvilínea, cultural,
                        Raspando a frívola alvenaria.
                       Cruzei contigo treliças de poesia
                       Interventiva, inconformada
                       Contra a igualdade ultrajada
                       Contra a individualista demasia !
                      És senhora de vontade inquebrável, 
                      Deténs a força da serrania inabalável
                      Usas a palavra como estilete acutilante
                      Com ironia certeira e humor brilhante.
                     Agradeço as tuas intemporais lições.
                     A cada encontro na esquina da vida
                     Soltas pétalas de justiça sentida
                     Dos teus dedos livres de grilhões. 
                                         Céu Mendes
                             Setembro de
2012 

Isto não se pode pôr maior ? Não se lê o que está escrito ..
ResponderEliminarNão se lê mesmo nadinha.
ResponderEliminarDESISTO NÃO DA PARA LER !!!!
ResponderEliminarAgora até no documento tipo antigo se lê bem. è só preciso cliqar e fica grande.
ResponderEliminarOs moncorvenses ficam orgulhosos que os nossos conteraneos sejam elojiados lá fora. Mas seria melhor se os tivesse-mos cá dentro.
Da-me a ideia que a aluna Ceu Mendes fez o retrato a nossa moncorvense.
ResponderEliminarZe do Carrascal
É a nossa Júlia Barros nascida na Corredoura,terra de índios e escritores e outros trabalhadores.A poeta Céu tem direito a um pacote de amêndoas e 2 alheiras e um grande obrigado dos moncorvenses.
ResponderEliminarZé da Fonte Carvalho.
Olá , Zé do Carrascal:
ResponderEliminarO retrato feito pela minha aluna está demasiado favorecido. Nunca mereci tantos elogios ... Mas acontece assim, sempre que o fotógrafo, ou o pintor, ou o escritor é nosso amigo. Também acontece sempre que alguém morre: mesmo que em vida tivesse sido um diabo passa a ser um anjo
Olá , Zé da Fonte Carvalho:
Também penso que a minha aluna merece um pacote ou dois de amêndoas e duas alheiras das nossas.
Retribuo o vosso agradecimento.
Abraço para ambos os Zés.
Júlia Ribeiro
Claro que também agradeço a paciência dos restantes Blogueiros, mesmo daqueles que, a princípio, não conseguiam ler os versos .
ResponderEliminarUm abraço
Júlia Ribeiro.