quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

NORDESTE TRANSMONTANO - EFEMÉRIDES (16/12)

16.12.1580 – Cerimónia protocolar da tomada de posse do castelo e vila de Freixo de Espada à Cinta pelo rei de Castela.

CORREDOURA
16.12.1583 – Alvará de doação de Mirandela e outras terras trasmontanas a Luís Álvares de Távora.
16.12.1805 – Câmara de Moncorvo delibera mandar plantar árvores “no campo da Corredoura, olmos e negrilhos, no presente ano, que serão postas pelas pessoas abaixo indicadas, segundo a repartição que lhe coube e que serão avisadas pelo alcaide para cada um as plantar no termo de 15 dias nos sítios demarcados …
1ª ala, da parte do Norte – António Luís de Carvalho, capitão mor, 3 plantas – 1-2-3; Lucas Agostinho de Vasconcelos – 4-5-6; Lourenço Carneiro de Vasconcelos – 7-8-9; João de Abreu – 10-11-12; António Xavier Carneiro – 13-14-15; João Rodrigues Fortuna – 16; Leopoldo Henriques – 17-18-19.
2ª ala, da mesma parte – José Luís Bernardo – 1-2-3; João Carlos Oliveira – 4-5-6; Manuel António Ribeiro – 7-8; Joaquim Basílio – 9-10; José A. Ferreira de Abreu – 11-12; José Joaquim de Sousa – 13; Francisco José Nunes Morais – 14; José Joaquim Pires – 15; João António de Oliveira – 16; Manuel António da Cruz – 17; Lourenço Botelho – 18; Luís Caetano de Torres – 19.
3ª ala, de sul – Manuel José de Sousa – 1; Francisco de Sousa Serra – 2; José António Botelho – 3; Manuel José Botelho – 4; João Carlos grandão – 5; Luís navarro – 6; José António Gomes – 7; Jerónimo Souteiro – 8; António trigo – 9; José Marques – 10; Manuel José Pimenta – 11; António Bento – 12; Francisco Alves – 13; Manuel António Meireles – 14; Francisco Meireles – 15; Francisco Xavier de Brito – 16; Manuel António Sarmento – 17; Manuel José Vaz – 18; Manuel Bernardo – 19.
4ª ala, de sul – José Luís Pimentel – 1; Joaquim José Bento – 2; João José Gomes – 3; Manuel António de Barros – 4; João Filipe – 5; Diogo Almeida – 6; Manuel José da Rocha – 7; Henrique Carlos Ferreira – 8;José António ferreira – 9; Inácio Joaquim – 10; António Luís Nunes – 11; Manuel António pereira – 12; luís Bernardo pinheiro – 13; Alexandre José Rocha – 14; António de Abreu – 15; Manuel carvalho – 16; Manuel António mesquita – 17; Manuel António – 18; José Leal – 19.
16.12.1843 – Ofício do governo civil para a câmara de Moncorvo visando impedir a demolição do castelo, por ordem de Sua Majestade.

16.12.1867 – Decreto de criação de Escolas em Moncorvo e Mirandela onde se ensine português, francês, administração, economia rural
 e latim.
16.12.1894 – Saiu o nº 165 do semanário “O Moncorvense” essencialmente preenchido com artigos e notas contra a o bispo de Bragança, nomeadamente uma violenta carta aberta assinada pelo arcipreste de Moncorvo, padre Francisco Augusto Tavares. Dele tiramos ainda a seguinte nota:
- A dança macabra!! – O snr. Dr. António Augusto de Castro Valente, que segundo noticiam os jornaes, acaba de ser nomeado lente de Theologia do Seminário de Bragança, sahiu já para tomar posse do logar que lhe foi dado como retribuição de importantes serviços.
Para a freguesia delle foi nomeado o nosso amigo padre Machado, de Louza, ultimamente ordenado, e que é um modelo de seriedade ainda não eivada duma cousa que nós sabemos.
Para a freguesia de Maçores e Ligares foi nomeado o Revº José Augusto Tavares, assíduo colaborador deste semanário e nosso particular amigo.
A este recomendamos-lhe todo o cuidado com o snr. Regedor, digníssima auctoridade do século presente que tendo espancado o Parocho antecessor, já transferido para a Aguieira, é bem capaz de querer continuar a mandar no Párocho como nos cabos de polícia, ou nos bêbados da freguesia. Cuidado com o homem!

Dantes aos padres batiam-lhes só da coroa para baixo, agora é até na coroa e mesmo ao altar!!
E porque não? Se a santa obediência (!!!) assim o exige! E por causa da santa obediência, o povo não só lhes não paga, mas ainda por cima lhes vae aos lombos!
Que lástima, santo Deus! Comi isto dói!
16.12.1895 – Pastoral do bispo de Bragança proibindo a representação de “Pastoradas” nas igrejas da diocese.
16.12.1906 – O Partido Republicano Português realizou em Bragança o seu primeiro comício.
16.12.1912 – Ofício do administrador do concelho de Moncorvo para a Comissão Central de Execução da Lei da Separação – Lisboa :
- (…) Tenho a honra de comunicar a Vª Exª que a Junta de Paróquia da freguesia de Felgar informa que não deve ser concedida licença ao pároco da freguesia, José Xavier da Fonte Fernandes para se ausentar do respectivo benefício por isso ser prejudicial ao regime e evitar desordens futuras…
António Júlio Andrade


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2 comentários:

  1. Que interessante a história dos olmos da Corredoura !
    Obrigada, António Júlio.
    E na fotografia vê-se bem a mancha dos olmos na parte superior da Corredoura.

    Um abraço
    Júlia

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  2. Porquê olmos ou negrilhos e não outras árvores?...
    Porquê obrigar os particulares mais ricos a plantar as árvores que "mobilavam" o espaço público?
    E dava-se um prazo de 15 dias para as plantar!
    E ninguém reclamava!!!
    Era um apurado espírito de civismo que presidia a gestos tão simples, mas... muito importantes, do ponto de vista da economia! Os mais idosos recordar-se-ão do extraordinário valor que um olmo tinha no mundo rural de outrora. É que a sua folha era o alimento predilecto dos suínos. E terá sido essa alimentação dos animais que, séculos afora, contribuiu para que o presunto, o salpicão e outros derivados dos nossos porcos ganhassem o prestígio que ainda hoje lhe é atribuído.
    Não acham que devíamos continuar a "molibar" os espaços públicos com árvores autóctones em vez de importarmos espécies americanas, autralianas e não sei que mais?... Pensem nisto quando passarem pela Corredoura onde apenas resta uma daquelas 76 árvores plantadas há cerca de 200 anos. J. Andrade

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