Autarquia de Vila Real quer salvar arte secular
A arte de trabalhar o barro característico de Vila Real é secular e passou de geração em geração. Hoje em dia são poucos os que ainda teimam a fazer as peças negras que facilmente se identificam como sendo do concelho de Vila Real. A Câmara pretende salvar a arte por isso efectuou uma candidatura a Património Cultural Imaterial da UNESCO.Para isso tem um plano de salvaguarda que será desenvolvido até 2020
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José Miguel Fontes tem 38 anos e é um dos mais jovens que trabalham o barro na roda de oleiro. Aprendeu com os avós, só de ver, porque nunca lhe foi ensinado deliberadamente. Começou a fazer umas peças aos 15 anos, mas só há cerca de 6 é que se dedica mais assiduamente. Herdou o conhecimento e a roda de oleiro dos avós e espera que os seus filhos agarrem também este saber.
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Querubim Queirós da Rocha tem 73 anos, e as mãos calejadas pelo barro. Desde os 12 anos que a roda de oleiro faz parte da sua vida. Diz que é um trabalho duro e que nunca gozou férias mas não se vê a fazer outra coisa. Aprendeu com um irmão e com um cunhado, mas agora não tem a quem ensinar a arte já que os filhos “não querem aprender”. O negócio, feito às portas da cidade, juntamente com mais 3 oleiros, “está fraco”. “Só o alguidar e a assadeira têm mais saída”. A acrescentar ao fraco negócio Querubim da Rocha lamenta ter que ir a Chaves comprar o barro porque “fica muito dispendioso”.
Fonte: http://www.noticiasdevilareal.com/noticias/index.php?action=getDetalhe&id=17715
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