sábado, 12 de julho de 2014

Criada solução inédita para os problemas do interior transmontano

Foto do arquivo do blog.
SOFIA CRISTINO 
12/07/2014 - 07:00
Autarcas, universidades e empresas assinam neste sábado uma Carta de Compromissos para o desenvolvimento de Trás-os-Montes e Alto Douro
Com o novo quadro comunitário à porta e uma enorme vontade de combater os grandes desafios com que o interior se tem vindo a deparar, três instituições de ensino superior (Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro e os institutos politécnicos de Bragança e Viseu), comunidades intermunicipais (Alto Tâmega, Douro e Terras de Trás-os-Montes) e Associações Empresariais (ACISAT, NERVIR e NERBA) juntaram-se na assinatura de uma Carta de Compromissos para o Desenvolvimento Regional de Trás-os-Montes e Alto Douro.
Apesar de na década de 80 ter sido criado um plano de desenvolvimento rural para Trás-os-Montes, nunca  antes autarcas, instituições de ensino e empresários se uniram com este objectivo, o que leva o reitor da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), Fontaínhas Fernandes, a afirmar queesta é uma iniciativa inédita. “Já existiu um plano de desenvolvimento integrado, contudo, desta vez, não é a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDRN) que o propõe, somos nós que estamos disponíveis para implementá-lo”, explica. O Presidente da Associação Empresarial de Vila Real (NERVIR), Luís Tão, acredita que “este acordo dá um passo no sentido de promover o diálogo entre as entidades, mas vai mais além - não se limita à Comunidade Intermunicipal do Douro (CIM Douro) e aos vinhos, vai conseguir reunir todas as associações. Também para o presidente da CIM Douro, Francisco Lopes, “esta união é fundamental”.
Este documento, que será assinado este sábado, em Vila Real, na presença do primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, é o pontapé de saída para o avanço de soluções concretas para a desertificação do interior. A dinamização da economia e a elaboração de estratégias de criação de empresas para fixar a população, são duas das prioridades dos promotores da iniciativa. Fontaínhas Fernandes, lembra que “é preciso fixar massa cinzenta nas áreas com potencialidades económicas, criando projectos que, além de agregarem a região, fixem novos investigadores”. A elaboração de projectos que aumentem a produtividade dos produtos regionais e a atracção de investimento externo são outras das questões em cima da mesa. “Para exportar produtos do Douro ou de Trás-os-Montes temos de ganhar escala para a internacionalização e é preciso que sejam criadas empresas nesse sentido”, adianta Fontaínhas Fernandes.  
A discussão do novo quadro comunitário foi a deixa para que os protagonistas desta iniciativa avançassem com um projecto mais ambicioso. “As regiões do interior já deviam ter avançado com este projecto há 20 anos sem serem obrigadas a recorrer a fundos comunitários”, acusou Luís Tão. “A necessidade aguça o engenho. Neste momento estamos a discutir a estratégia que nos vai permitir buscar fundos comunitários do próximo quadro e quanto mais ambiciosos forem os nossos projectos mais fácil será ter a sua aprovação”, diz Francisco Lopes.
Luís Tão acredita que a assinatura deste acordo “é o ponto de partida essencial para que o Governo olhe para nós com olhos de ver”. Para Fontaínhas Fernandes, a Carta de Compromissos para o Desenvolvimento Regional de Trás-os-Montes e Alto Douro  “é a melhor solução para o interior”.


2 comentários:

  1. Decorreram menos de quatro anos e eis que os apoios sociais) , agora designado RSI foram cortados a mais de uma centena de famílias , muitas delas do Interior As escolas começaram fechar com a experiência piloto inaugurada pelo então primeiro ministro Durão Barroso e a autarquia ( 2002 /2004 ),,as escolas continuaram a encerrar durante os governos de Sócrates.. A revoada veio com as decisão do Ministro Crato .. uma razia nas aldeias.
    Lemos que Moncorvo se fazem entregas de roupas a 13 famílias necessitadas sob a " hipotética promoção da natalidade.
    Ficamos tristes por tanta solenidade social. Sempre nos ensinaram que quando se dá aos que mais precisam se faz com a mão direita e sem alarde. E nesses tempos não havia carrinhas de distribuição .. mas " obrigar " carenciados a deslocarem-se e receberem tais bens pensamos que não haveria necessidade de expor a, já de si carente situação dos " afortunados", à curiosidade alheia.

    Lendo os jornais verifica-se que uma percentagem que rondará os 10% ainda vão .. Ensinava Maquiavel que o poder do príncipe deveria estribar-se na força , sendo que o rei , representante de Deus na terra a quem todos obedeciam Enquanto pai dos seus deveria usar sentimentos brandos. Perante os restantes agiria sem benevolência. A encenação estratégica e a publicidade serviria o efeito de manter o poder - o seu e o dos seus apaniguados. Era e continua a ser o estafado aforismo " os meios justificam os fins"...

    Compromissos é bom gizá-los e melhor será a sua concretização. Gato escaldado de água fria tem medo. receosos andam trabalhadores e empresários para que recomecem as obras do Túnel do Marão ....e o compromisso já deveria estar no terreno. E das propaladas portagens que irão ser pagas pelos transmontanos e outros na única auto - estrada Porto / Bragança que, quando foi lançada a obra chegou a ser designada pela auto -estrada da Justiça pelo então primeiro ministro Sócrates? Pelos vistos os autarcas transmontanos ainda não se juntaram todos para lutar pela justiça e pelo desenvolvimento do interior. Mais um compromisso que irá por água abaixo. Também ouvimos as pessoas dizer que havia compromissos da EDP de condicionar caminhos nas margens da albufeira do Baixo Sabor.
    Houve já tomada de posição pela Assembleia Municipal de Moncorvo para que os compromissos da ligação da aldeia do Larinho até à albufeira no termo do Felgar fosse feita... As obras do empreendimento estão na sua parte final e as pessoas já se lamentam que os compromissos não são totalmente assumidos..

    Entretanto fecham Tribunais, repartições de Finanças e outros serviços de saúde e as populações cada vez mais sós emprego. Foram milhões e milhões de euros de fundos comunitários deste QCA . De memória foram cerca de 32 mil milhões ... Que dizia o povo pois a maior parte dos fundos/subsídios são para uma minoria e quase sempre os mesmos.. O agora iniciado quadro comunitário, também chorudo, mas com nova filosofia de aplicação , sobretudo através de projectos empresariais capazes de estimular o emprego , a inovação e o desenvolvimento.. Veremos!

    Pensamos que a promoção da natalidade também se faz pela via da fiscalidade. Era apanágio e compromisso " irrevogável" do ministro Paulo Portas aligeirar a carga fiscal a famílias numerosas.. Foi agora em Espanha aprovada uma nova reforma fiscal onde são tidos em conta essa realidade do número de filhos para efeitos de IRS. Pelos vistos a Reforma em curso sobre fiscalidade em Portugal não tem em conta aqueles aspectos de aligeirar a tributação.. e assim em Portugal fazem-se poucos filhos como o ministro Portas.

    .. Não é encerrando maternidades e serviços como este governo tem feito que se promove a natalidade... . As populações mexeram -se e parece que o ministro já recuou Se os autarcas nordestinos se unirem em defesa das suas populações talvez o compromisso de não serem pagas portagens na auto -estrada Porto/ Bragança seja um compromisso a valer.

    A.Salgado

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  2. Subscrevo cada palavra que o amigo Artur Salgado escreveu.

    Júlia Ribeiro

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