Abílio Adriano de Campos Monteiro, nasceu
na vila de Torre de Moncorvo, a 7 de Março de 1876, numa casa junto à Igreja da
Misericórdia, na referida casa existe uma lápide alusiva a este facto. Foi batizado
na Igreja Matriz de Moncorvo, em 10 de Abril desse ano. Seu pai foi José Carlos
Monteiro, Contador do Juízo da Comarca de Moncorvo e era natural de Chaves. Sua
mãe chamava-se Maria Joaquina de Campos, doméstica, natural de Torre de
Moncorvo.
...existe uma lápide alusiva... |
Depois,
Campos Monteiro frequentou o liceu de Viana do Castelo, cujos “preparatórios”
concluiu em 1891. Após ter concluído os “preparatórios”, matriculou-se na
Escola Médico-Cirúrgica do Porto, onde completou o curso de Medicina em1902,
ano em que publicou a peça “Os Filhos de Minerva”. Abílio Campos Monteiro casou
em 1897, com Olívia Barros Coutinho.
Campos
Monteiro é um monárquico convicto e vai envolver-se na política ativamente.
Assim, é nomeado administrador do concelho da Maia, ainda na vigência do regime
monárquico. No regime republicano é eleito deputado monárquico, pelo distrito
do Porto. Com o falhanço das incursões de Paiva Couceiro, foi exonerado de um
partido médico de Matosinhos. A partir deste momento, dedica-se praticamente só
à escrita, tendo publicado o seu celebérrimo livro “Saúde e Fraternidade”, em
1923, que é uma violenta crítica contra a república e contra o bolchevismo (do
qual se chegou a tirar (quarenta mil) 40.000 exemplares.
Posteriormente,
mudou a sua residência para S. Mamede de Infesta, onde se dedica, quase
exclusivamente aos livros e onde lhe nasceram os seus quatro filhos. Ele
próprio escreveu: “Desde então não se comeu à minha mesa outro pão que não
fosse ganho pela minha pena: formulando récipes ou escrevendo cónicas e
livros.” O ex-libris é esse mesmo retrato: “Domus mea est orbis meus”.
... numa casa junto à Igreja da Misericórdia... |
Campos
Monteiro, faleceu no dia 4 (quatro) de Dezembro de 1933, na sua residência de
S. Mamede de Infesta, vítima, tudo indica, de uma síncope cardíaca. Havia muito
mais a dizer de Campos Monteiro, porém o artigo já vai longo…ficará para outra
altura.
Torre de Moncorvo consagrou-lhe um monumento, feito
por subscrição pública, lançada pouco tempo depois de ele falecer. Trata-se de
um busto da autoria do escultor Sousa Caldas, no largo fronteiro à Câmara
Municipal. O busto foi inaugurado em 1938.
Feita esta concisa apresentação, devemos prestar uma grande homenagem a
este Homem que tanto honra o nome do nosso concelho e das Letras portuguesas.
António
Pimenta de Castro
Um belo texto de Pimenta de Castro a ser lido por todos os moncorvenses.
ResponderEliminarAbraço
Júlia Ribeiro