Torre de Moncorvo, 11 mai (Lusa) - Alunos de quatro agrupamentos
de escolas da área do rio Sabor tiveram a oportunidade única de descobrir o
passado da região através dos trabalhos arqueológicos a decorrer em Cilhades,
junto à futura albufeira da barragem do Baixo Sabor.
A iniciativa "Aprender Arqueologia", que hoje
termina no campo arqueológico de Cilhades, é promovida pela EDP e reuniu alunos
das escolas de Alfândega da Fé, Mogadouro, Torre de Moncorvo e Macedo de
Cavaleiros.
"Esta foi uma experiência única e diferente, que nos
ajuda a transmitir o conceito de arqueologia e, ao mesmo tempo, a ficarmos a
conhecer o passado da nossa região", disse à Lusa Patrícia Pacheco, aluna
do Agrupamento de Escolas de Alfândega da Fé (AEAF).
Nem a temperatura
elevada em terras do Sabor demoveu os alunos, que demonstraram interesse em
conhecer o modo de vida dos seus antepassados, numa viagem de alguns milhares
de anos, que demorou cerca três horas a percorrer.
"Fiquei com
vontade de ser arqueológa. Gostei de tudo o que foi explicado, sendo esta a
melhor forma de compreender o passado", concluiu a aluna.
A área arqueológica
de Cilhades, na margem direita do Sabor, integra uma necrópole do período
medieval e mais acima uma fortificação castreja do período do calcolítico,
locais que ajudam a perceber a evolução da história numa zona que vai ficar
submerso.
Os objetos e locais
visitados foram o pretexto para se fazer a reconstituição da ocupação do Vale
do rio Sabor ao longo dos tempos, sendo que a visita foi guiada pela equipa de
arqueológos ao serviço da elétrica nacional, que estão no terreno há já alguns
meses com a tarefa de por a descoberto um conjunto de estações arqueológicas,
situadas naquele vale.
Por seu lado,
Francisco Lopes, responsável pelo AEAF, disse que a visita foi importante para
sensibilizar os alunos "para as questões ligadas ao património".
"O facto de a
EDP estar a desenvolver escavações arqueológicas nesta região do Sabor permitiu
aos alunos que estiveram com os arqueólogos no terreno uma oportunidade pouco
comum na nossa zona: a possibilidade de contactarem com estruturas históricas,
de épocas diferentes", frisou o docente.
Esta é uma iniciativa
destinada a apresentar o trabalho de investigação arqueológica em curso,
partilhando o conhecimento gerado com a comunidade.
"Estas
iniciativas da EDP pretendem valorizar e difundir o conhecimento por nós
produzido e sistematizado através de prospeção arqueológica em curso na região
do Baixo Sabor junto das comunidades locais, que devem ser conhecedoras em
primeira mão destes achados arqueológicos", explicou Inês Mouzinho,
coordenadora do projeto da EDP "Aprender Arqueologia".
Este estudo de Cilhades integra-se no Plano de Salvaguarda
do Património, iniciado em 2008, aquando do início da construção do
empreendimento hidroelétrico do Baixo Sabor, que terminará em 2014, data
prevista para o início do enchimento da barragem.
Lusa
Fotos A.F.F.M.
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A verdade dói... a muita gente
ResponderEliminarÉ sempre bom reler...
TELEVISÃO NÃO NOTICIOU...(Porquê? Quem sabe...)
Nem o Miguel Sousa Tavares. Porque será???
*Ora, aqui está algo para animar a malta! Divulguem bastante, mesmo aos não professores. Sobretudo a esses!*
Domingo, 9 de Janeiro de 2011
Uma Ovelha Negra Não Estraga o Rebanho
No meio da crise sócio/económica e do cinzentismo emocional instalado no país há vários meses, eis que o *relatório PISA* trouxe algumas boas evidências para Portugal.
E a melhor de todas, a que considero verdadeiramente paradigmática, foi omitida pela maioria dos órgãos de comunicação social: Mais de 90% dos alunos portugueses afirmaram ter uma imagem positiva dos seus professores!
O relatório conclui que *os professores portugueses são os que têm a imagem mais positiva de entre os docentes dos 33 países da OCDE*, tendo em 2006 aumentado 10 pontos percentuais.
O mesmo relatório conclui que os professores portugueses *estão sempre disponíveis para as ajudas extras aos alunos e que mantêm com eles um excelente relacionamento.*
Estas evidências são altamente abonatórias para os professores portugueses e deveriam ter sido amplamente divulgadas pelos órgãos de comunicação social
(e pelos habituais *"fazedores de opinião"* luxuosamente remunerados que escrevem para os jornais ou são comentadores na rádio e na televisão)
que*ostensivamente consideram os professores do ensino básico e secundário uma classe pouco profissional*, com imensos privilégios e luxuosas remunerações...
Uma classe profissional que deveria ser acarinhada e apoiada por todos, que deveria ter direito às melhores condições de trabalho (salas de aula, equipamento, formação, etc.) e que tem sido maltratada pelo poder político e por todos aqueles que tinham o dever de estar suficientemente informados para poder produzir uma opinião isenta para os demais membros da comunidade.
*Ao conjunto destas evidências acresce outra, onde o papel do professor é determinante: *a inclusão*.
O relatório revela-nos que *Portugal é o sexto pais da OCDE cujo sistema educativo melhor compensa as assimetrias sócio/económicas!*
E ainda refere que *o nosso país tem a maior percentagem de alunos
carenciados com excelentes níveis de desempenho em leitura*.
Nada acontece por acaso! Os professores portugueses são excelentes
profissionais, pessoas que se dedicam de corpo e alma aos seus alunos, *mesmo quando são vilipendiados e ofendidos por membros de classes profissionais tão corporativistas (ou mais!) que a dos professores*!
Como diz a quase totalidade dos alunos, os professores são excelentes pessoas que estão sempre disponíveis para ajudar os seus alunos. Esta é que é a realidade dos professores das escolas do ensino básico e secundário!
Obviamente que, *como em todas as demais classes profissionais, haverá exceções à regra, aqueles que não cumprem, não assumem as suas responsabilidades, não justificam o ordenado que recebem.* Mas, assim como uma andorinha não faz a primavera, também uma ovelha negra não estraga um rebanho.
Pergunto: porque se escondem os arautos da desgraça, detentores da verdade absoluta, que estão sempre na linha da frente para achincalhar os professores do ensino básico e secundário.* Estranha-se o silêncio*.
Margarida Rufino in *Jornal de Cascais*
SOLICITA-SE DIVULGAÇÃO:
REENVIA ESTA PARTE DA VERDADE, SEMPRE OCULTADA PELO MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
Estou a ver a coisa bem ou não? A EDP é quem paga, na melhor das hipóteses somos todos nós. Contudo, foi com o seu/nosso dinheiro que as escavações arqueológicas do baixo sabor possibilitaram tamanha intervenção.Se não houvesse barragem não tínhamos espólio! Se não houvesse barragem não tínhamos tanta informação científica a germinar!
ResponderEliminarTínhamos, como muita gente defende, um rio. O nosso rio. As suas margens. Os seus olivais. Os seus amendoais. Mas...
Tive a sorte de ter sido bafejado com uma visita guiada aos locais em intervenção. Nunca me passaria pela cabeça tamanha abertura por parte dos responsáveis da barragem. E não fui sozinho...
Fomos dois e aquilo que nós presentearam foi digno para gente com influência ou até de formação académica na área. Nem uma coisa nem outra.
Ficámos a ganhar e eles, os nossos cicerones, o Valdemar e o Lois foram formidáveis. Claro está, bem comandados pelo Paulo Dórdio. Mas se o que vimos nas escavações foi uma aventura ganha, o que presenciámos no estaleiro foi entrar no perfil científico com gente nova, não importa se são do litoral, falavam bem o português e tanta sabedoria revelaram.
Um dia em cheio!
Há esta realidade. Vamos ter duas barragens. Se eu pudesse optar... Sempre fui bem claro que eu não as queria aqui plantadas. Mas...
Já que as temos, os antropólogos e arqueólogos estão a fazer um trabalho excelente, coisa que jamais seria feito sem a barragem.
E sou eu a entender assim.
arnaldo silva