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O Padre Rebelo na fotografia da esquerda, durante as filmagens do documentário "Encomendação das Almas";na fotografia da direita(enviada por António Manuel Teixeira) ,o Padre Rebelo numa procissão no Felgar.Quem é o menino?
Ver o documentário "Encomendação das Almas" em :
http://lelodemoncorvo.blogspot.pt/2011/09/encomendacao-das-almas.html
Ver o documentário "Encomendação das Almas" em :
http://lelodemoncorvo.blogspot.pt/2011/09/encomendacao-das-almas.html
O menino tinha muito cabelo.
ResponderEliminarConceição Vilela: O Padre Rebelo foi meu professor de Português
ResponderEliminarFátima Springsteen :Tb foi meu professor!!!!Adorava-o!!!!
ResponderEliminarO rapazito tinha cabelo, pois tinha. Mas já não tem...
ResponderEliminarQuem será?
Ajudou a muitas missas ao Pe Rebelo.
Dez tostões ao ajudante principal, uma coroa ao rapazito que tirava a esmola nos "dias de fazer". Aos domingos a história era outra: cinco coroas, dois a tirarem a esmola e muita concorrência pelo lugar.
O Pe Rebelo fazia a selecção dos ajudantes com a diplomacia que o caracterizava.
A coisa passava-se assim: nos dias de fazer, tocavam à missa, um quarto de hora antes da dita, dando trinta badaladas no sino grande, puxando uma corda ligada ao badalo. Aos domingos começavam a tocar uma hora antes da missa. Às dez da manhã tocavam "por alto", fazendo balançar o sino grande para cá e para lá, com repetição às dez e meia. Às onze menos um quarto tocava a terceira vez. Aqui já entrava em cena o sino pequeno que intercalava uma badalada aguda entre duas graves do sino grande. Repenicavam e estava feito. Só ouvindo.
Num caso ou noutro os garotos iam atrás do Pe Rebelo para a sacristia. Punham-se a jeito, de olhos postos naquela figura alta e esguia. Ele escolhia um para lhe ajudar a vestir os paramentos. Estava decidido. O sacristão entregava o saco vermelho das esmolas a outro.
(Mais tarde o saco foi substituído por bandejas de aço inoxidável e barulhento e estas por cestos de vime silenciosos…)
Durante a missa a atenção do ajudante estava toda virada para os gestos e para o momento certo. Era necessário entender os subtis sinais que Pe Rebelo enviava. Não podia haver enganos, que o povo estava de olhos postos no ajudante, pensávamos nós...Por isso a devoção podia esperar.
Entretanto, partilho uma dúvida que mais tarde me deu que pensar: a diferença da "gratificação" entre o que tirava a esmola e o que ajuda o padre parecia-me um bocado injusta.
Eu explico. O que ajudava o padre tinha que decorar a sucessão de gestos que o ritual exigia e se estava mais exposto, o que tirava a esmola tinha que descer e subir a igreja, recolhendo as moedas no momento certo.
Mas a tarefa era mais complicada do que poderia parecer. Era necessário caminhar com uma passada nem lenta nem apressada, estender o saco em cada fileira de bancos e estar atento aos chamamento dos que queriam colocar mais uma moeda para as almas.
Mas a grande sabedoria do que tirava a esmola revelava-se no momento em que tinha que decidir se mantinha o saco estendido em direcção ao devoto ou se o recolhia. Este lapso de tempo era gerido à fracção de segundo. Retirado o saco antes de tempo suscitava chamamentos em surdina, autênticos cartões amarelos à actuação do garoto. Mantido para além do tempo certo criava no devoto de bolsos vazios, um pesado e público constrangimento.
Ainda hoje me interrogo como sabíamos gerir aquilo, de forma intuitiva, automática, sem mesmo tomar consciência de que o estávamos a fazer.
Agora digam lá quem tinha maior responsabilidade e quem merecia as cinco coroas?
A. Manuel
O rapazinho certamente tinha de apelido Teixeira
ResponderEliminarJ.Rachado
Também estou crente que o rapazinho tinha de apelido Teixeira.
ResponderEliminarCumprimentos
Jorge Delfim
O menino de apelido Teixeira,que julgo nunca ter recebido um cartão vermelho do padre Rebelo,é que, sem sombras de dúvida, devia receber as cinco c'roas.
ResponderEliminarManeldabila
Eu tenho mesmo a certeza, que é o Tó Manel Teixeira. Sem dúvida nenhuma.
ResponderEliminarO saudoso padre Rebelo.
ResponderEliminarUm grande professor com quem tive a sorte de me cruzar no meu percurso escolar.
Pessoa afável e respeitadora de trato fácil e caloroso.
Excelente pedagogo.
Onde quer que esteja, bem haja.
Um grande senhor! Também foi meu professor de português. Ensinou me muito.. E quando fazíamos o magusto na santa " locadia"o bom do padre Rebelo lá fazia de taxista com o seu belo carocha..bons tempos! Hoje para um professor transportar um aluno tinha que esperar pela autorização do ministro....
ResponderEliminar"Mas a grande sabedoria do que tirava a esmola revelava-se no momento em que tinha que decidir se mantinha o saco estendido em direcção ao devoto ou se o recolhia. Este lapso de tempo era gerido à fracção de segundo. Retirado o saco antes de tempo suscitava chamamentos em surdina, autênticos cartões amarelos à actuação do garoto. Mantido para além do tempo certo criava no devoto de bolsos vazios, um pesado e público constrangimento."
ResponderEliminarBrilhante ! A análise do acto e a sua descrição; e mais, escrito na língua de Camões e não em brasileirês.
Aplaudo e espero mais deste A. Manuel desconhecido
F.Garcia
O saudoso padre Rebelo:
ResponderEliminarPessoa afável e respeitadora de trato fácil e caloroso.Foi ele que me baptizou, foi também meu professor de Português,ainda hoje o recordo como muita saudade.A onde quer que esteja Obrigado.
Paz á sua alma amem
Mila? Mila Pinto, mila Brás ou mila Alves?
ResponderEliminarEntão mila que escreveu a 18 de maio de 2012.. Diz qual das três és? Eu sou a Alves..
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