Apresentação da última obra de António Sá Gué , ULTREIA! CAMINHO SEM BERMAS, que teve lugar na Casa de Trás-os-Montes e Alto Douro em Lisboa ,no passado dia 17.
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Postado a 17/12/2010
Eu tb estive lá!!!!
ResponderEliminarUltreia! Caminho sem Bermas - António Sá Gué
ResponderEliminarPublicada por António Sá Gué em 04:33 1 comentários Segunda-feira, 15 de Novembro de 2010
A grandeza das coisas
– Neste ponto da viagem, onde a insipidez e a monotonia egocêntrica do caminho se associa ao cansaço, torna-se-me evidente que o cérebro produz a consciência das coisas e atribui-lhe sempre uma grandeza em função daquilo que somos – interrompeu o Daniel. – Não falo, obviamente, da grandeza física, falo de uma grandeza subjectiva, mas, se calhar, até a grandeza física é uma função da pessoa. Existem diferentes tamanhos para as coisas, dependem da nossa riqueza interior. Quem não achou minúsculos os espaços que na infância eram enormes? O cérebro não é mero transmissor das sensações, tenham elas a origem que tiverem. Ele é muito mais do que isso, é o gerador e o grande fautor da grandeza das coisas.
O caminho pode adquirir múltiplos significados, dependendo da cultura e dos genes de quem o percorre. Pode não passar de mera vereda limpa, isenta de silvas e giestas, flanqueada por uma tantas igrejas que não vão além de vulgares paredes de pedra talhada. Ou, então, o caminho é uma estrada do conhecimento, uma estrada de transformação da matéria, bordejada de obras-primas da criação humana que emergem da terra sagrada, casas de Deus em que se acredita, e onde tudo se faz em sua honra. Um livro aberto, cultura viva, linguagem que todos percebemos, argamassa que nos une e nos orientou naquilo que somos. Essas visões dependem de nós, da forma como apreendemos o mundo e nos relacionamos com ele.
Fazer o caminho é, juro, um acto interior, e reflexivo.
Neste livro, descrevo o caminho e as impressões colhidas ao longo do “Caminho Francês”, e vou garatujando um segundo caminho paralelo a esse: o caminho do conhecimento e do não-conhecimento. Este é o caminho simbólico do Daniel, um professor, um artificie de consciências, que ao longo do seu trajecto tenta, em todos os momentos, melhorar enquanto pessoa, encontrar dentro dele a melhor forma de andar ao longo desta senda que é, ao fim e ao cabo, o caminho da vida.
Publicado no seu blogue:
http://antoniosague.blogspot.com/
ULTREIA! - Caminho sem Bermas
ResponderEliminarLivro de António Sá Gué
30.11TER18H00Fnac Stª. Catarina
Este é um livro onde, por um lado, o autor descreve o caminho e as impressões colhidas ao longo do “Caminho Francês”, por outro, vai garatujando um segundo caminho, simbólico, paralelo a esse, que é o caminho do conhecimento e do não-conhecimento é, simbolicamente, o caminho reflexivo do Daniel, um professor, um artíficie de consciências, que ao longo do seu trajecto tenta em todos os momentos melhorar enquanto pessoa.
O Grémio Literário Vila-Realense acaba de receber três obras deste autor trasmontano que, confessamos, desconhecíamos por completo até há poucos dias. As obras em causa são Fantasmas de uma revolução e As duas faces da moeda, romances, e Contos dos montes ermos.
ResponderEliminarAntónio Sá Gué, natural de Carviçais (Torre de Moncorvo), onde nasceu em 1959, é uma agradável surpresa, pelo vigor da sua prosa e pela fluidez e desenvoltura da sua arte narrativa. O livro de contos, de temática rural, vale igualmente pela utilização da linguagem popular da Terra Quente Transmontana.
Encontrado por GOOGLEMAN
A foto é do Rui Carvalho.Seu a seu dono.
ResponderEliminar"Pedras no caminho?
ResponderEliminarGuardo todas, um dia vou construir um castelo…"
Grande viagem... a do Autor,
"...o caminho é uma estrada do conhecimento, uma estrada de transformação da matéria, bordejada de obras-primas da criação humana que emergem da terra sagrada...Fazer o caminho é, juro, um acto interior, e reflexivo. ".
Todos nós,de uma maneira ou de outra, fazemos o caminho (e perceber o seu significado?), pelo menos devemos tentar!
Parabéns.
Bird