quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

TORRE DE MONCORVO - IGREJA DA MISERICÓRDIA



Reedição de posts desde o início do blogue

13 comentários:

  1. Edifício de traça quinhentista. Ostenta na fachada um portal de estilo renascença, com dois bustos, nicho e frontão, encimado por dois óculos e campanário.
    O seu interior apresenta um belo retábulo barroco, mobiliário e imaginária.
    Possui ainda um púlpito em granito de forma poligonal (talhado num só bloco de granito, dos mais belos da renascença portuguesa), de características renascentistas, sendo comparado a outro existente em Sta. Cruz de Coimbra.
    Está classificada como imóvel de Interesse Público pelo Decreto n.º 129/77, de 29/9.
    http://www.torredemoncorvo.pt/classificado

    Encontrado porGOOGLEMAN

    ResponderEliminar
  2. Concelho de Torre de Moncorvo, freguesia de Torre de Moncorvo
    A classificação de Imóvel de Interesse Público inclui não apenas a igreja, mas todo o seu recheio. No edifício, de traça renascentista, exteriormente merece referência o seu belíssimo portal de arco pleno, ladeado superiormente por dois medalhões representando os doadores. O conjunto é enquadrado por duas elegantes pilastras, que sustentam um frontão triangular. Este é rasgado por um nicho com imagem, uma obra posterior à construção da igreja. Por cima do frontão abrem-se duas pequenas janelas oculares. O frontão que encima a fachada foi rasgado em 1864, como o atesta a data inscrita, para ser instalado um campanário.
    No interior, de nave única com cobertura de falsa abóbada de berço com caixotões em madeira, destaca-se o arco triunfal, onde, do lado da epístola, foi colocado um púlpito em granito, oitavado, de feição renascença e ricamente decorado. A igreja possui ainda um altar lateral e um altar-mor em talha dourada.
    Acesso: R. Direita, actual R. Dr. Campos Monteiro.
    Protecção: Imóvel de Interesse Público, Dec. nº 129/77, DR 226 de 29 Setembro 1977.
    http://www.bragancanet.pt/patrimonio/igmiseri.htm

    GOOGLEMAN
    Nota: A rua retomou o nome de Misericórdia e o largo do Castelo tem o nome do escritor Campos Monteiro.

    ResponderEliminar
  3. A casa que pega à esquerda com a Igreja da Misericórdia foi cadeia de mulheres.

    Júlia

    ResponderEliminar
  4. Quando foi construído o edifício da Misericórdia?... Passei anos procurando documentação para responder a esta pergunta e não encontrei em parte nenhuma... Apenas sei que foi construído antes de 1560. E esta descoberta deve-se a uma senhora Fernanda Guimarães que é investigadora da cátedra de estudos sefarditas da Universidade de Lisboa, a qual, na Torre do Tombo encontrou o processo instaurado pela Inquisição a um homem de Torre de Moncorvo que, para se defender da acusação de judaísmo, respondeu mais ou menos o seguinte:
    - Eu sou tão bom católico que os meus conterrâneos até confiaram em mim para guardar o dinheiro das esmolas que se recolhiam para a Misericórdia e fazer os pagamentos da obra de construção da casa.
    A mesma investigadora encontrou em um outro processo uma segunda informação a respeito da Misericórdia. Foi o caso de um marrano de Moncorvo se ver preso e em sua defesa argumentou que as denúncias contra ele eram falsas, que foram feitas por adversários políticos pelo facto de ele ter feito campanha pelo dr. André Nunes, advogado marrano, para Provedor da Misericórdia. Estas informações constam de um trabalho escrito há 3 anos sobre uma família de marranos de Moncorvo que seguimos ao longo de 300 anos,pelas cadeias da Inquisição e pelas mais diversas partes do mundo, intitulado - OS ISIDROS, a epopeia de uma família de cristãos-novos de Torre de Moncorvo. Infelizmente, ainda não conseguimos que fosse publicado. Júlio Andrade

    ResponderEliminar
  5. Moncorvo e toda a região de Trás -os –Montes estarão sempre agradecidos e em divida com Fernanda Guimarães. É de louvar trabalho de investigação sobre a vida dos judeus transmontanos durante o período em que esteve activo o Tribunal do Santo Oficio. No blogue http://marranosemtrasosmontes.blogspot.com/ faz-se uma pequena amostra do seu trabalho .
    Ela e o António Júlio Andrade têm ,ao longo de mais de uma dezena de anos, publicado livros e mantido uma página no jornal Terra Quente sobre os crimes da Inquisição baseados em documentos dos processos que se encontram na Torre do Tombo . São milhares de horas de investigação para chegar até nós a verdade que muitas vezes ignorávamos.
    A Fernanda Guimarães e a António Júlio Andrade, o meu agradecimento pelo seu trabalho .
    Leonel Brito

    ResponderEliminar
  6. partilho da opinião do Leonel de Brito sobre o trabalho de investigação da Fernanda Guimarães e do António Júlio Andrade. na sacristia desta igreja encontram-se imagens sacras de grande valor artístico em mediocre estado de conservação, mantem o tecto pintado com rabo de bacalhau (técnica usada para imitar as nervuras da madeira)usando óxidos naturais. Também existe na mesma sacristia,numa redoma de vidro um bouquet de flores artificiais atribuidas ao Constantino Rei dos Floristas, que como é conhecido viveu na casa da , situada mesmo em frente da igreja. Na semana santa, as procissões saiem desta igreja com figuras realistas fazendo lembrar as de Zamora e Sevilha. Também é da minha lembrança que o carro funerário puxado por 4 homens era aí guardado. as galerias anexas onde outrora funcionaram a cadeia das mulheres e na minha infancia a mestra Adrianinha, casada com o sr.Alberto da tasca da Cadorna, foram restauradas e serviram para exposições temporárias onde em 1988 se realizou uma exposição de pintura cujo tema era «casas transmontanas» da pintora alemã Betina Dosch,cuja vernisage teve musica de camarã vinda expressamente da cidade de Coimbra e da qual existe foto-reportagem feita pelo sr . Carvas e agora patente no nucleo museológico do prof. Arnaldo Silva.

    ResponderEliminar
  7. A igreja matriz merecia um tratamento exterior igual ao da Misericórdia.Votada ao abandono,com colunas partidas,paredes húmidas e com musgo,dejectos no chão do adro(parte traseira),erva entre as lajes,etc.,etc.,não haverá quem dê um jeito a tudo isto?Faz falta o senhor Júlio Sacristão.

    Uma moncorvense

    ResponderEliminar
  8. A cadeia das mulheres era numa casa muito pequena, onde depois ,creio, viveram os carvoeiros (família da famosa Maria Carvoeira).A cadeia dos homens era na rua por cima da Praça Nova(hoje jardim)ao lado da pensão das meninas Pires.O Remondes tem umas quadrado dedicadas a essa rua.

    ResponderEliminar
  9. Pois é: a igreja merecia que lhe lavassem a cara e o r...

    ResponderEliminar
  10. Boa ideia de pôr duas fotos lado a lado.O Paulo Patoleia ,que colabora com o blog,fez uma recuperação notável na casa da senhora dos remédios.Ele que envie duas fotos ,uma do estado lamentável da casa e outra depois da obra.Se enviar, o senhor publica-as?

    ResponderEliminar
  11. Claro que sim.O Paulo que envie.
    Aguardo.

    ResponderEliminar
  12. Só é pena ser tão difícil visitar esta igreja. Já tentei muitas vezes e nunca consegui. Está sempre fechada.

    ResponderEliminar
  13. OH Paulo a tua exposição está muito boa, mas tem uma imprecisão. Essa Adrianinha que era mestra não é a mesma que também era mestra e que realmente era casada com o Alberto do Prado. Hania portando 2 adrianinhas, uma que morava na casa contigua á Igreja e outra que morava em frente da casa do Alberto Martins. Ambas eram as educadoras daquele tempo.

    ResponderEliminar

Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.