O LOBO GUERRILHEIRO
Prémio Literário Diário de Notícias 1991
atribuído pelo júri constituído por
Agustina Bessa-Luís, Diogo Peres Aurélio,
Lídia Jorge, Vergílio Ferreira e Viale Moutinho
3.ª EDIÇÃO
...André Lobo nasceu no coração de Barroso, aurícula de Gostofrio,sangue de lavradores. Teve uma infância de mimos, entre o amor da mãe Isabel e a companhia da irmã Balbina, mais velha do que ele oito anos.
Não chegou a conhecer o pai, a quem a morte colheu ainda verde lá para as Américas, onde o brilho traiçoeiro do dólar o atraíra.Do tempo dele, foi o único rapaz de Gostofrio a frequentar a escola régia da Gralheira até à quarta classe. A professora, uma boneca citadina a quem o padre Elias fez um filho e a vida negra, lamentava que ele não seguisse estudos, onde prometia ir longe. O tio Lisboa, que tinha a paixão da guitarra e do fado e dirigia, na aldeia, uma pequena orquestra de cordas, quis fazer dele um fadista de fama e proveito; e o tio Carneiro que, aos domingos, ensinava os rapazes a jogar pau, um varredor de feiras e romarias. Mais terra a terra, a mãe Isabel entregou-lhe o governo da casa, que mantinha sete vacas e malhava quatrocentos alqueires de
pão.Por amor das vacas e do pão, adicionado à galharda figura do rapaz,todas as raparigas da freguesia sonhavam com ele para marido.
Planalto em Chamas, romance – Arcádia (1963)
Ao Longo da Fronteira, romance – Arcádia (1964)
Filhas de Loth, romance – Gutenberg (1967), Editorial Labirinto (1988), Editorial Notícias e Círculo
de Leitores (1993)
Contos de Gcstofrio, contos – Paisagem Editora (1973), Editorial Notícias (1993) e Âncora Editora (2011)
Prémio Fialho de Almeida da Sociedade Portuguesa de Escritores e Artistas Médicos
Planalto de Gostofrio, romance – Círculo de Leitores (1982) e Editorial Notícias (1992)
Histórias da Vermelhinha, contos da tradição oral de Barroso - Editorial Domingos Barreira (1991) e Editorial
Notícias (2000)
O Lobo Guerrilheiro, romance – Editorial Notícias (1992), Edicións Xerais de Galicia (tradução galega, 1996)
e Planeta de Agostini (2001), Âncora Editora (2014)
Prémio Literário Diário de Notícias
Prémio de Literatura (Ficção) da Sociedade Portuguesa de Escritores e Artistas Médicos –
Victor Branco – Escritor Barrosão – Vida e Obra, biografia – Editorial Notícias (1995)
Prémio Literário de Investigação da Câmara Municipal de Montalegre
O Retábulo das Virgens Loucas, romance – Editorial Notícias (1996) Prémio Literário (Ficção) da Câmara
Municipal de Montalegre
Histórias de Lana-Caprina, contos – Editorial Notícias (1998, 1999)
A Loba, romance – Editorial Notícias (2000) e Edicións Xerais de Galicia (tradução galega, 2000, 2001)
Prémio Eixo Atlântico de Narrativa Galega e Portuguesa
Prémio Arzobispo Juan de San Clememe (A Melhor Novela em Galego do ano 2000)
Guerrilheiros Antifranquistas em Trás-os-Montes, história – Câmara Municipal de Montalegre (2003) e Âncora
Editora (2005)
Eixo Atlântico – Um Mundo a Descobrir (co-autoria), textos em português, castelhano e inglês – Nova Galicia
Edicións (2004)
A Lenda de Hiran e Belkiss, novela – Âncora Editora (2005)
Prolegómenos I – Crónicas de Barroso, crónicas – Âncora Editora (2007, 2008)
Prolegómenos II – Crónicas de Barroso, crónicas – Âncora Editora (2009)
O Boi do Povo e Outros Textos, opúsculo – Associação dos Jornalistas e Homens de Letras do Porto (2009)
A Fárria, romance – Âncora Editora (2009, 2010)
Camilo Castelo Branco em Terras de Barroso – Âncora Editora (2012)
Prolegómenos III – Crónicas de Barroso, crónicas – Âncora Editora (2013)
António Baptista Lopes :Reedição de um excelente livro de Bento da Cruz.
ResponderEliminarBento da Cruz,Rentes de Carvalho e Pires Cabral são, provavelmente, os maiores escritores de Trás-os-Montes de sempre.O Torga, literariamente falando está morto e enterrado.
ResponderEliminarLeitor
O anónimos também morrem e são enterrados. Mas em vala comum! deles não reza a História. Ao contrário da obra de Miguel Torga.
ResponderEliminarAo contrário da obra de Miguel Torga dos "anónimos" não reza a História, são enterrados em vala comum.
ResponderEliminarA obra de Bento da Cruz é, na minha opinião, singular. Não só pelo seu caráter marcadamente etnográfico, mas também pela particularidade de aliar a etnografia ao romance como se pode verificar no sentimental Retábulo das Virgens Loucas ou no imperdível Filhas de Loth. Em qualquer uma destas obras se bebe o Barroso, as suas gentes, as suas carateríscas ambientais e sociais, nomeadamente o comunitarismo ainda hoje existente. Quanto a comparações com outros autores, e ainda mais com Miguel Torga, servem, penso eu, para evidenciar a grandeza deste escritor transmontano, que, já em sessenta e tal tratava de temas que ainda hoje são polémicos como por exemplo os abortos ilegais ou a promiscuidade da igreja. Aconselho vivamente!!!! Muito, muito bom.
ResponderEliminarA obra de Bento da Cruz é, na minha opinião, singular. Não só pelo seu caráter marcadamente etnográfico, mas também pela particularidade de aliar a etnografia ao romance como se pode verificar no sentimental Retábulo das Virgens Loucas ou no imperdível Filhas de Loth. Em qualquer uma destas obras se bebe o Barroso, as suas gentes, as suas carateríscas ambientais e sociais, nomeadamente o comunitarismo ainda hoje existente. Quanto a comparações com outros autores, e ainda mais com Miguel Torga, servem, penso eu, para evidenciar a grandeza deste escritor transmontano, que, já em sessenta e tal tratava de temas que ainda hoje são polémicos como por exemplo os abortos ilegais ou a promiscuidade da igreja. Aconselho vivamente!!!! Muito, muito bom.
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