"A Mulher que Venceu Don Juan", de Teresa Martins Marques
...A senhora Adelina teve o gosto de assistir ao
casamento do seu filho no registo civil, em Lisboa, e até mudou de opinião
sobre o valor indiscutível do casamento religioso que não tinha garantido
nenhuma bênção de felicidade à nora. Mas, lá bem no fundo do seu coração de mãe, tinha
desejado outra coisa e não podia compreender por que motivo as pessoas só podiam casar-se uma
única vez pela Igreja. Logo agora que tinham lá aquele padre Victor, um rapaz novinho, que
entusiasmava novos e velhos, a Igreja sempre cheia. Aquela gente
ia à missa como quem vai para uma festa.O padre era músico, tinha gravado um
CD, que foi aproveitado para banda sonora de uma telenovela. Nunca se vira uma
coisa assim por aqueles lados. Ai, graças a Deus!...(página 297)
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Ana Diogo
ResponderEliminarFantástica a forma como a ficção contracena primorosamente com a realidade! Este excerto é disso um bom exemplo. De como tb se pode dar o devido relevo ao que de bom existe em terras esquecidas..
Subscrevo o que Ana Diogo diz.
ResponderEliminarAbração
Júlia Ribeiro