terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

"A Mulher que Venceu Don Juan", de Teresa Martins Marques

...A senhora Adelina teve o gosto de assistir ao casamento do seu filho no registo civil, em Lisboa, e até mudou de opinião sobre o valor indiscutível do casamento religioso que não tinha garantido nenhuma bênção de felicidade à nora. Mas, lá  bem no fundo do seu coração de mãe, tinha desejado outra coisa e não podia compreender por que  motivo as pessoas só podiam casar-se uma única vez pela Igreja. Logo agora que tinham lá aquele  padre Victor, um rapaz novinho, que entusiasmava  novos e  velhos, a Igreja sempre cheia. Aquela gente ia à missa como quem vai para uma festa.O padre era músico, tinha gravado um CD, que foi aproveitado para banda sonora de uma telenovela. Nunca se vira uma coisa assim por aqueles lados. Ai, graças a Deus!...(página 297)

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2 comentários:

  1. Ana Diogo
    Fantástica a forma como a ficção contracena primorosamente com a realidade! Este excerto é disso um bom exemplo. De como tb se pode dar o devido relevo ao que de bom existe em terras esquecidas..

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  2. Subscrevo o que Ana Diogo diz.

    Abração
    Júlia Ribeiro

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