Do Tony, ainda fui professor e daqui lhe mando um abraço. Ao Gil T, recordo-o como um jovem que, acima de tudo, era amigo do amigo, respeitador ao extremo dos mais humildes e que votava um profundo desprezo a todos os vaidosos e "empertigados" da fortuna,do canudo ou do emprego. Em termos de escrita, ele era um inventor de palavras. E tinha um estilo muito próprio e especial, com uma prosa sempre apimentada.Recordo as suas sátiras carnavalescas, a sua história da malhadeira, as distinções traçadas entre burros normais e burros subsidiados, entre os homens que trabalhavam a terra mas não eram agricultores e aqueles que não trabalhavam a terra mas eram agricultores porque sabiam preencher papéis... Recordações fantásticas me ficaram dele. Como aquela em que o Peredo dos castelhanos se vestiu de gala e fez uma grande festa para inaugurar um moderno Centro Social e Desportivo. Fui dar com ele triste por ver fechar a porta da última taberna da aldeia e dizendo-me:- A partir de agora se quiser comprar uma caixa de fósforos tenho de ir a Urros! Qualquer dia o Peredo tem todas as infra-estruturas e não tem gente para as utilizar... Júlio Andrade
O Antony Queija, também conhecido por Tony Americano, era natural da Açoreira, contribui-o nos acalorados tempos pós 25 de Abril, para a luta democrática moncorvense, fazendo da sua casa no largo Sagrado Coração de Jesus, nº 21ª a sede dum pequeno partido chamado MRPP, que embora tendo como símbolo a foice e o martelo tal como o PC distinguia-se deste na linha ideológica, que tinha como farol o maoísmo leninismo enquanto o PC seguia a linha estalinista, mas disputava o espaço politico á esquerda com o PC, que agora sinal dos tempos, tem como referência a China e a Coreia do Norte, na mesma altura em que o director da CIA (Carlluci) veio para Portugal como embaixador americano. Nessa época levei o meu 1º banho político pelo professor José Manuel Costa também do MRPP, que veio a fazer mais tarde carreira como dirigente sindicalista dos professores da região centro pelo PC. Foi talvez a pessoa mais honesta que eu conheci na política. Em 1976 se a memória não me trai, o MRPP, foi ilegalizado e tinha sido marcado em Moncorvo um comício, que veio a ser impedido pelo Flechas de Lamego, que avisados se meteram a caminho de Moncorvo. O comício foi impedido e os dois foram convocados pelo Alferes e Tenente dessas tropas a um interrogatório nas traseiras do palco do cineteatro. Ora enquanto o interrogatório decorria os soldados confraternizavam no exterior com os restantes militantes do partido, recordo com saudades o Rei, que era trolha e faleceu na Argentina, o Mesquita, o Eduardo Mota entre outros… comendo e bebendo uns copos e entregando as G3 dizendo-se ao lado da classe operária, entretanto a algazarra era perceptível no interior onde a conversa azedou e passaram á agressão física tendo os oficiais ficado maltratados. O Tony e o Zé Costa foram presentes a tribunal na manhã seguinte tendo o Alferes um braço ligado ao peito possivelmente para mais impressionar o Dr. Juiz…creio que o presidente da câmara á época era o Sr. Almiro Sota. Seguiu-se a legalização do partido, que olhava o PC como social fascismo, e trataram de querer distribuir casas pelo povo e organizaram reuniões para estabelecer prioridades, falava-se da ocupação da casa pertença do Dr. Margarido, mas como esta família tinha militares oficiais na família, logo se aprontaram em Moncorvo as tropas e cercaram a casa do Tony que era a sede, onde se encontrava também o Zé Costa, os militares traziam cães e o chefe da polícia que na altura era o Sr. Soares e vinha á frente. Ao aperceberem-se cercados e tamanho alvoroço a vizinha de cima que era a D. Maria José filha do Sr. Cabeças mais o marido o Sr. Pacheco amigos como eram do tony atiram-lhe um lençol por onde eles subiram e deram fuga pela rua da misericórdia, evitando assim a prisão. Estas e outras histórias marcaram o ambiente político de muitas incertezas em torre de Moncorvo nos anos 1975/76…Este retrato foi tirado junto ao rio Côa quando da visita do Dr. Mário Soares ás gravuras era então ele presidente da republica. O Toninho Gil era meu amigo e recordo com saudades as tertúlias na sua cave á volta dum copinho de vinho e dum naco de queijo que a sua mãe a tiua Grata, fazia como ninguém falava-se e discutia-se de tudo um pouco, ele guardava nos anexos dessa «caverna de zaratustra» livros poesias suas jornais e documentos antigos, uma parte do sacrário da igreja do Peredo que ele descobriu no lixo pois o pároco da altura resolveu comprar um cofre forte e toca a mandar serrar a talha dourada do sacrário...faço minhas as palavras do Sr. Júlio Andrade tinha um sentido crítico duma enorme acutilância e inteligência e acima de tudo uma coragem fora do comum. A sua simplicidade fazia com que se senti-se incomodo no meu volvo, porque ele vivia uma outro conforto o conforto da amizade e da franqueza, mesmo na despedida a sua coragem impressiomou-me, desafio o Sr. Julio Andrade a republicar aqui aquele célebre poema Aída que ele publicou no Terra Quente, ou outra história das muitas que ele tão bem sabia contar...ele merece esta homenagem.
Ao meu AMIGO Tony da Queija com SAUDADES: foi dos melhores seres humanos que conheci. Tenho a CERTEZA que ele também gostava de mim. Inteligente, revolucionário, desleixado, bom professor, altruísta, amigo,...
PS. Um abraço ao prof. Júlio Andrade que no 1º ano do ciclo (antes do 25 de Abril) sugeriu-me um nome para um grupo de trabalho na sua disciplina: "os democratas".
Paulo Patoleia disse:O Antony Queija, também conhecido por Tony Americano, era natural da Açoreira, contribui-o nos acalorados tempos pós 25 de Abril, para a luta democrática moncorvense, fazendo da sua casa no largo Sagrado Coração de Jesus, nº 21ª a sede dum pequeno partido chamado MRPP, que embora tendo como símbolo a foice e o martelo tal como o PC distinguia-se deste na linha ideológica, que tinha como farol o maoísmo leninismo enquanto o PC seguia a linha estalinista, mas disputava o espaço politico á esquerda com o PC, que agora sinal dos tempos, tem como referência a China e a Coreia do Norte, na mesma altura em que o director da CIA (Carlluci) veio para Portugal como embaixador americano. Nessa época levei o meu 1º banho político pelo professor José Manuel Costa também do MRPP, que veio a fazer mais tarde carreira como dirigente sindicalista dos professores da região centro pelo PC. Foi talvez a pessoa mais honesta que eu conheci na política. Em 1976 se a memória não me trai, o MRPP, foi ilegalizado e tinha sido marcado em Moncorvo um comício, que veio a ser impedido pelo Flechas de Lamego, que avisados se meteram a caminho de Moncorvo. O comício foi impedido e os dois foram convocados pelo Alferes e Tenente dessas tropas a um interrogatório nas traseiras do palco do cineteatro. Ora enquanto o interrogatório decorria os soldados confraternizavam no exterior com os restantes militantes do partido, recordo com saudades o Rei, que era trolha e faleceu na Argentina, o Mesquita, o Eduardo Mota entre outros… comendo e bebendo uns copos e entregando as G3 dizendo-se ao lado da classe operária, entretanto a algazarra era perceptível no interior onde a conversa azedou e passaram á agressão física tendo os oficiais ficado maltratados. O Tony e o Zé Costa foram presentes a tribunal na manhã seguinte tendo o Alferes um braço ligado ao peito possivelmente para mais impressionar o Dr. Juiz…creio que o presidente da câmara á época era o Sr. Almiro Sota. Seguiu-se a legalização do partido, que olhava o PC como social fascismo, e trataram de querer distribuir casas pelo povo e organizaram reuniões para estabelecer prioridades, falava-se da ocupação da casa pertença do Dr. Margarido, mas como esta família tinha militares oficiais na família, logo se aprontaram em Moncorvo as tropas e cercaram a casa do Tony que era a sede, onde se encontrava também o Zé Costa, os militares traziam cães e o chefe da polícia que na altura era o Sr. Soares e vinha á frente. Ao aperceberem-se cercados e tamanho alvoroço a vizinha de cima que era a D. Maria José filha do Sr. Cabeças mais o marido o Sr. Pacheco amigos como eram do tony atiram-lhe um lençol por onde eles subiram e deram fuga pela rua da misericórdia, evitando assim a prisão. Estas e outras histórias marcaram o ambiente político de muitas incertezas em torre de Moncorvo nos anos 1975/76…Este retrato foi tirado junto ao rio Côa quando da visita do Dr. Mário Soares ás gravuras era então ele presidente da republica. O Toninho Gil era meu amigo e recordo com saudades as tertúlias na sua cave á volta dum copinho de vinho e dum naco de queijo que a sua mãe a tiua Grata, fazia como ninguém falava-se e discutia-se de tudo um pouco, ele guardava nos anexos dessa «caverna de zaratustra» livros poesias suas jornais e documentos antigos, uma parte do sacrário da igreja do Peredo que ele descobriu no lixo pois o pároco da altura resolveu comprar um cofre forte e toca a mandar serrar a talha dourada do sacrário...faço minhas as palavras do Sr. Júlio Andrade tinha um sentido crítico duma enorme acutilância e inteligência e acima de tudo uma coragem fora do comum. A sua simplicidade fazia com que se senti-se incomodo no meu volvo, porque ele vivia uma outro conforto o conforto da amizade e da franqueza, mesmo na despedida a sua coragem impressiomou-me, desafio o Sr. Julio Andrade a republicar aqui aquele célebre poema Aída que ele publicou no Terra Quente, ou outra história das muitas que ele tão bem sabia contar...ele merece esta homenagem.
A avó dele, a tia Adelaide, é que era da Açoreira. O Ni (como era conhecido pelos mais próximos) parece-me que nasceu na América. A casa onde vivia com a Avó, com a Lhé e com o Chuí, a tal que depois foi sede do MRPP, ficava na que era conhecida pela Canelha.
Luis Ricardo: Ao meu AMIGO Tony da Queija (o Ni) com SAUDADES: foi dos melhores seres humanos que conheci. Tenho a CERTEZA que ele também gostava de mim. Inteligente, revolucionário, desleixado, bom professor, altruísta, amigo,... Um abraço também ao meu INESQUECÍVEL E QUERIDO AMIGO Chuí e um grande beijinho à Lhé.
Dizem que Durão Barroso ,nos anos do PREC(74/75),quando o P.C.mandava e tentou acabar com o MRRPP ,foi Moncorvo que o acolheu e escondeu.Também por cá passou o Saldanha Sanches. Tirando o caso Palma Inácio Moncorvo sempre defendeu os que à terra recorreram para se esconderem.
O Durão Barroso andou a colar cartazes do MRPP em Lisboa juntamente com o Tony quando ambos estudavam direito. História contada pelo Tony várias vezes.
César Lopes Boa Paulo!... Mais um acto de cidadania!...Estás a aproveitar as tuas grandes capacidades para nunca esquecermos as boas companhias que tivemos o prazer de disfrutar...
Para falar do Americano,embora eu saiba que toda a gente que aqui fala dele, tem as melhores intenções, deve pautar os seus comentários, com a verdade, pois só assim honra o seu nome.
A vida tem destas coisas! Hoje, no local onde cumpro pena, e porque não só de processos vive esta gente, contei, porque sou a mais velha, a chamada "mestra" como é meu costume, mais umas histórias da minha infância/adolescência e recordei também o meu primo Gil. Ainda tenho aqui na secretária a edição do "Terra Quente" pós falecimento. Guardo também um caderno, onde ele manuscreveu poemas lindos que aguardam melhores momentos para aqui serem colocados. O Gil foi um dos homem mais inteligentes com quem tive o prazer de privar. Pena é que eu, na altura, menina loira, não quisesse escutar. Do Antony e irmãos guardo poucas lembranças, apesar de viverem na casa em frente à da minha avó.
A memória ás vez precisa ser refrescada e se há imprecisões isso pode ser corrigido. Mesmo como anónimo, o que se sabe devia ser exposto aqui comentando, acrescentar mais algum ponto ou esclarecimento nesta pequena homenagem a estes dois grandes homens e acima de tudo amigos. Este blog serve para dialogar não é um tribunal, eu podia contar aqui mais umas dezenas de histórias de ambos que mereciam ser ouvidas mas deixo que outros que sabem tanto ou mais o façam, até porque a época que retratamos bem merecia ser contada, detesto a ideia de que é preciso as pessoas morrerem para se falar das suas virtudes. Desafio o distinto conterranêo Rogério Rodrigues a escrever um pouco do que sei que sabe, porque é com homens dessa coragem que se reescreve a história. Bom neste exercício de refrescar a memória, hoje desloquei-me á Açoreira falar com os anciãos e de facto o Tony regressou á Açoreira já com 5 anos e com pouco conhecimento da lingua portuguesa, nasceu na América como a sua irmã Celeste, o Acácio já nasceu na Açoreira onde residia numa casa construida para o efeito em 1957. O seu pai António Queija, alcunha (Facadas) e sua mãe cujo nome não se apurou, morreu de parto. Depois do falecimentos dos pais, vieram viver com a sua avó Adelaide Canhoto oriunda do Felgar, para uma casa junto á cabine, no largo Sagrado de Jesus nº 21A, Que era da Joaninha dos Correios e quiz o destino, agora é minha,onde vai ser colocada uma pequena placa alusiva á sua história recente da qual me orgulho de ter participado.
Á minha querida conterrânea Amélia Mourão, que não sabia ser prima do meu saudoso amigo Gil, já que teve o cuidado que eu não tive de guardar esse deliciosos (para alguns)escritos publicados do Gil T. faça o favor de os enviar ao Lelo que teremos muito prazer de os reler e assim tmb homenagiava o seu primo, eu prometo ilustrar com outras fotos dele.
O Nixon veio para Portugal com 9 anos e falava correctamente o Português.A primeira escola em Portugal que ele frequentou, ficava situada ao fundo da rua das Amoreiras e o Professor era o Ricardo. O Nixon era e sempre foi pelos anos de estudo que se seguiram o melhor aluno da escola.
O Toni veio para Portugal com quatro anos de idade. A primeira escola que ele frequentou foi na aldeia de Açoreira, onde fez a primeira e segunda classes com a D. Austelina. Após a morte do pai, veio para Moncorvo com a avó e irmãos e aí frequentou a escola primária, localizada no fundo da rua das Amoreiras, cujo prof. era o Ricardo. Eu sou a irmã dele, mais velha, Celeste, porque o xui, como era conhecido também faleceu, ainda novo.
A minha conterranêa Amélia Mourão que desconhecia ser prima do meu querido amigo Gil, é, e sempre foi loira, mas o seu cérebro não tem nada a haver com o das loiras anedóticas, e por isso se formou e guardou os poemas e terei todo o prazer de os ilutrar com mais uma ou mais fotos dele.
Em 1973, quando fui para Bruxelas,o Tony, despediu-se de mim em Santa Apolónia, pois na altura estudava direito em Lisboa e deu-me a quase totalidade da mesada.Passado quase um ano,foi ter comigo a Bruxelas de passagem para Tirana, para observar in loco o regime Albanês. Na Jugoslávia ainda passou, pois o regime do Tito ere complacente, mas quando mostrou a identificação, devem ter pensado que era agente da CIA, e não tardou a voltar para a Bélgica. Que saudades do amigo americano.
Li os comentários com muita saudade e muito tristeza vivi intensamente muitos momentos que foram descritos pelo Paulo Patoleia,não me lembro do Durão Barroso estar em Moncorvo, na realidade o Arrenaldo Matos esteve por duas vezes, estiveram refugiados outros militantes do MRPP como por exmplo o responsável do Norte Horácio Crespo,ao meu querido amigo Tony e ao José Manuel Costa,eu deixo lágrimas de saudade,na realidade foram tempos muito díficeis eu sinto-me muito feliz por ter vivido intensamente esses momentos o meu amigo Rogério Rodrigues, podia escrever sobre essa época tenho muitas histórias dessa época e estou disponivel para passados estes anos poder contar algumas, O Costa como na Altura não podia concorrer para Espanha,viemos para a Cidade da Guarda,onde fez militancia Política no Partido Comunista,foi Sindicalista,participou na Formação do SPRN e na altura da sua morte era Dirigente do Sindicato dos Professores da Região Centro, da União de Sindicatos da Guarda e da FENPROF nos últimos anos têm-lhe sido prestado várias homenagens pelas mais diversas organizações.
É verdade, podem perguntar ao Camilo de Felgar que também ele andou nas lutas do MRPP e foi ele que levou o Saldanha Sanches um ano á Festa de Felgar. O correcto é Arnaldo Matos e não Saldanha Sanches.
O correto é " O Arnaldo Matos veio fazer um comício a Moncorvo e á noite fomos todos para o arraial da festa do Felgar, Toni, Costa, Eduardo Mota...e outros. Celeste Queija
Li com toda a atenção o que os amigos do Tony Americano e do Gil T aqui têm escrito sobre ambos. A amizade, o carinho por esses dois Homens são sentimentos que ressaltam destes comentários. Neste momento, nem imaginam como lamento não os ter conhecido. Estive afastada de Moncorvo entre princípios dos anos '60 e meados dos anos '80. Foram mais de vinte anos que me passaram ao lado.
Haverá fotos de família dos anos braza (74/75) da malta do MRPP em Moncorvo?Tony,Arnaldo de Matos,Saldanha Sanches...são documentos históricos,ultrapassam o ciclo da vila.Enviem para o blogue que a malta que o faz já mostrou que tudo que tem interesse publicam.Bem hajam.
Relembramos os nossos amigos Tony e T.Gil com muita saudade. Os revolucionários Tony e Zé Costa muito lutaram para que este país não voltasse a ser o que tinha sido. Um, desencantado, voltou as costas às políticas "democráticas" e o outro lutou até partir. O Tony e o Zé Costa foram professores de consciências. Não se cansavam nunca. Muito aprendi com estes dois seres maravilhosos que fazem doer a alma com a sua inesperada partida. Histórias verdadeiras e puras sobre eles tenho muitas mas, a maior e mais importante foi a maravilhosa forma de estarem na vida, esta, era única. Ambos eram de um altruismo ímpar, desprovidos de qualquer interesse pessoal. O outro amigo do peito de que alguém falou, o Rei, não nos deixou na Argentina mas sim Na Venezuela.
Devagar, através de amigos desaparecidos estamos a lembrar como era Moncorvo nos anos 70/80.Se tudo isto se mantiver,como os pergaminhos do arquivo histórico,um historiador encontra aqui muita informação.Não apaguem isto como já sucedeu com os outros que desapareceram. M.C.
Falar do Tony Queija é falar de Açoreira,Picões;Moncorvo e Felgar onde tem raízes do lado paterno.O Tony era meu parente e amigo.Do primeiro casamento de seu pai tinha irmãs mais velhas que nos anos sessenta visitaram a casa de meu pai no Felgar.Era eu miúdo e lembro-me vagamente de umas senhoras bem postas terem visitado a minha família e darem notícias das Américas.Nunca mais soube notícias delas.Mas ouvia dizer a meu pai que fizera fizera a barba a um defunto.Tal defunto era o pai do Tony Queija,da minha prima Celeste e do Acácio.Para mim e para a família era o Acacito.Decorria o ano de 1980(ou 1981), estando eu na Guarda, soube da triste notícia que o Acacito estava morto no Hospital da cidade mais forte e feia do país. No dia seguinte fui acompanhá-lo ao Cemitério de Fozcôa onde permanecem as suas ossadas e com ele a minha memória e afectos.Nesse tempo A Celeste,professora e casada com O Mota vivia na terra das gravuras. Relativamente ao Tony depois do 25 de Abril poucas vezes falei com ele.fomos colegas no Cólégio e muito confraternizámos na companhia do Hélio Pino e de outros. Dava a camisa que trazia no corpo se alguèm precisasse dela.Parece que o estou a ver ,quiçá a última vez a bebermos um fino no café Basílio.Sempre revolucionário e de uma coragem física inaudita. Infelizmente não soube orientar a sua vida material.Era um desprendido da materialidade das coisas.Era um idealista e um humanista.Assim sendo é dos que mais sofrem neste mundo.È com pesar e com tristeza que o recordo.Certo dia ou talvez tivesse sido de noite, fui visitá- lo a casa.Estava destroçado e " vencido" da vida...Por respeito da sua memória mais não descrevo o quarto em que se encontrava. Tentei "aconselhá-lo" e dar-lhe ânimo. Ter-me-à respondido mais ao menos nestes termos. _ Não ligues deixa lá cá me governo. A vida é o que é.. _ Que hei-de fazer? Sou assim! Que lhe havemos de fazer. Mais tarde soube que regressou à América. Nunca mais vi o meu primo Tony mas fica-nos na memória a sua solidariede e corajem. Um Abraço para o Tony.Do Artur
Eu sou a irmã mais velha do Toni e quero agradecer a atenção de o ter levado para vossa casa. Ele regressou dos EUA muito doente em Setembro de 1999 e faleceu em Janeiro de 2000, aqui em Coimbra, junto de nós, com todo o carinho e cuidados que se pode dar a um irmão como ele.
Este primo (???) não conhecia o Tony. Este grande amigo poderia estar desiludido mas nunca destroçado e muito menos vencido. Isso ele não sabia o que era. Nem na sua "curta espera" (é sempre curta a espera da última carruagem da vida) ele se sentia destroçado e muito menos vencido. Digo-lho eu "primo", que bem conhecia o Tony. Sei que mesmo nos derradeiros dias ele ainda brincou e fazia rir as suas visitas: dizendo "melhor? estás doente? eu não... Um abraço apertado ao meu amigo, esteja lá onde estiver estará sempre entre nós.
Pelo que li e com o devido respeito por estas duas individualidades, queria perguntar a quem souber se de facto o Gil T faleceu, quando e porque motivo. Chegou a casar com a namorada que era de Maçôres? Ainda me lembro de ler uns poemas dele, mas não entendia nada do que escrevia, dava a sensação que estava mais à frente do que os da sua idade, chegou a publicar algo do que escreveu.
Muito obrigado por me ter esclarecido dando-me conhecimento do que infelizmente aconteceu o Gil T. Fiquei de facto muito triste com a notícia que me deu, ao ponto de me comover e lutar para não chorar. Passo a esclarecer que o Gil T não era meu tio, o Gil T era meu amigo. Eu tinha os meus 17 anos, nessa altura estudava em Torre de Moncorvo, é claro toda a rapaziada se conhecia, uns mais outros menos, mas eu tive a sorte de privar um pouquinho com o Gil T, por temos o gosto comum pela poesia, privei algum tempo embora por pouco, por ter saído daí para prosseguir os meus estudos. As nossas conversas de quando em vez resumiam-se à poesia, aos poetas e às criticas aos poemas que ia-mos fazendo, ele melhor que eu, não havia termo de comparação, claro, eu bem lutava para o acompanhar muitas vezes tentando imitá-lo, mas ele logo dizia que não se devia imitar. Que me lembre, nessa altura era-mos os únicos que tinha-mos interesse nesta matéria e chegámos até a trocar uns poemas para analisarmos e criticarmos no sentido construtivo, é claro. Hoje, por curiosidade fui ao que resta do meu pequeno espólio dessa época e encontrei 3 folhas de papel assinadas pelo Gil T, duas das quais são referentes a dois meus poemas que ele analisou e criticou dando-me a sua opinião e um é uma sua resposta à análise que eu fiz a alguns poemas que ele me emprestou para analisar e criticar. São manuscritos dos inícios de 1977. Tenho pena de não ter tirado uma fotocópia dos poemas que me fez chegar, antes de lhos ter entregue posteriormente. Após a minha saída de Moncorvo infelizmente nunca mais vi o Gil T. Que saudades daquele tempo e do Gil T, claro, poeticamente muito à frente de mim. Sabe-me dizer que idade tinha o Gil T em 1977? parecia um homem já maduro, fumava imenso, amigo do seu amigo, muito duro nas criticas, sempre construtivas, de grande perspicácia e sublime inteligência. Paz à sua nobre alma, apesar de tardios os meus sinceros pêsames à sua família.
Li com interece,tudo o que aqui foi escrito ,a respeito,do Tony Queija,o ( AMERICANO) Eu era vizinho,da Avó,dele, a Tia Adelaide Canhota,como era conhecida ,no lugar da St.Bárbara,e lembra-me bem,quando a familia dele,vindos da América,viveram por álgum tempo,com a Avó Materna,no Felgar. Passados alguns anos,depois da morte dos pai e Mãe do Tony,a Tia Adelaide,tomou conta dos Netos,e Neta,e onde viviam em Monvorvo,onde os via quando,vinha de ferias,de Paris,e sempre notei,o quanto eles se destiguiam,das outras crianças,pelas roupas,que vestiam,e o povo dizia,que tudo aquilo,era dinheiro Americano,que eles Herdaram,pela morte dos Pais.Como Portugues,assisti á Revoloção dos cravos,que se tornaram espinhos,cá de longe,e nada posso dizer,ao que se passou em Portugal,mas as próvas,todo o Mundo sabe.Mas este meu atrevimento,é só pela Memória do Tóny Americano,não me lembra o Ano,mas vós,os Amigos dele sabeis,o ano que ele veio,para o Paìs.onde ele nasceu,mas pelo,que compreendi,ele devia Odiár. Era a noite,do Thanksgiven,ou seja o feriado Nacional,de dar Gráças a Deus,pela fartura, e talves o feriado mais importante de todo o povo Americano,tinha eu, toda a minha Familia reunida,para jantar,quando recebo,um telefonema,de um Portugues,,a perguntar,se eu conhecia,um Tony Queija,e neto da tia Adelaide Canhota,e se o recebia em minha casa,mas não foi ele que chamou,mas sim um amigo,que estava com ele e se dirigia para o Canadá,e eu cláro,como um bom Felgarense,que penso que sou,lá vou á rua 42,e 8 avenida,a buscá-lo,,disse á minha familia,de quem se tratava,e eu comecei a ver na minha memória,tudo do que me lembrava,a respeito dessa familia,eu sabia que ele andava a estudar,e pensava encontrar,um ser humano,á maneira dos nossos tempos,....Normal...e dirigime,ao Portugues,normal.e disse-lhe,,tú é que és,o Tóny? Neto da tia Adelaide?e ele disse não, o Tony ,é este,juro,que nunca na minha vida,sofri,uma dezilozão,tão grande, a ponto de ficar caládo,por álguns minutos,e sem saber o que fazer,o estado dele lastimoso que ele se encontrava e,depois de me lembrar,como foi criado.mas leveio commigo,para minha casa,mas muito triste o apresentei á minha familia,e que todos conheciam. Depois de uns dias,ele me pediu,para o levar, a outra cidade,onde conhecia,um Amigo,e nunca mais soube dele,mas ouvi falar,que tinha falecido. O que li hoje,neste Blog,nunca tinha ouvido,a respeito,do Tóny Americano, e custa-me,acreditar,como um rapaz criado,com tudo,mas sem pais,podia ser um REVOLOCIONÁRIO,DESSE CALIBRE.
Eu sou a irmã mais velha do Toni e quero agradecer a atenção de o ter levado para a sua casa. Ele regressou dos EUA muito doente em Setembro de 1999 e faleceu em Janeiro de 2000, aqui em Coimbra, junto de nós, com todo o carinho e cuidados que se pode dar a um irmão como ele.
Apesar de conhecer o Anthany da Queija somente como criança,sua avò e meu avô são irmãos por isso nòs somos primos,sei que somos ano mais,ano menos,da mesma idade,as recordações que tenho são escassas,tanto dele como de sua mano Celeste e de seu mano Acàcio,recordo com saudades aqui o meu omònimo,EU "ANTONIO DA QUEIJA" do FELGAR,gostaria imenso saber onde para a mana CELESTE!!!!!!!!!!!!!!
Eu sou a Celeste, irmã do Toni e do Acácio e efetivamente vivo na Pampilhosa, perto de Coimbra. Gostaria de saber quem és, porque irmãos da minha avó eu lembro-me do tio Artur que vivia casa meias com a minha avó e estava casado com a tia Olivia, mas não tinham filhos, depois o tio Francisco que tinha pelo menos 3 filhos rapazes e uma filha chamada Conceição e tinha uma mercearia perto da capela de Santa Bárbara, na rua que dá acesso à igreja e um outro irmão com quem não cheguei a conviver que penso chamar-se António Canhotinho que vivia junto à igreja. As irmãs eram a tia Júlia da praça e a tia Emilia casada com o tio Barreiros, não sei se conhecia mais alguém, pode acontecer que através deste blog a gente chegue a saber como somos primos.
Pois é Celeste,enfim reencontrei este BLOG,para te explicar eu sou filho de Emìlia Canhoto,neto do de Antonio Canhotinho que vivia perto da Igreja do Felgar e qu aì possuìa uma Taberna,d'isto tenho a certeza"agora ém segundo penso que também somos primos do lado Paterno,meu pai Francisco Queija meu avô Antonio Augusta da Queija,mas ignoro com que laços,sei que meu bisavô também andou pelas Américas,abraço,primo Antonio da Queija
Do Tony, ainda fui professor e daqui lhe mando um abraço. Ao Gil T, recordo-o como um jovem que, acima de tudo, era amigo do amigo, respeitador ao extremo dos mais humildes e que votava um profundo desprezo a todos os vaidosos e "empertigados" da fortuna,do canudo ou do emprego. Em termos de escrita, ele era um inventor de palavras. E tinha um estilo muito próprio e especial, com uma prosa sempre apimentada.Recordo as suas sátiras carnavalescas, a sua história da malhadeira, as distinções traçadas entre burros normais e burros subsidiados, entre os homens que trabalhavam a terra mas não eram agricultores e aqueles que não trabalhavam a terra mas eram agricultores porque sabiam preencher papéis... Recordações fantásticas me ficaram dele. Como aquela em que o Peredo dos castelhanos se vestiu de gala e fez uma grande festa para inaugurar um moderno Centro Social e Desportivo. Fui dar com ele triste por ver fechar a porta da última taberna da aldeia e dizendo-me:- A partir de agora se quiser comprar uma caixa de fósforos tenho de ir a Urros! Qualquer dia o Peredo tem todas as infra-estruturas e não tem gente para as utilizar... Júlio Andrade
ResponderEliminarO Tempo passa,
ResponderEliminarA Saudade fica.
Daquele Olhar amigo,
Que sem saber como, perdi!
O tony americano como eu gostava de chamar, era um homem bom, de princípios, de uma grande exigência em tudo o que fazia
Perdi um amigo e uma referência, parece que foi ontem
camane ricardo
O Antony Queija, também conhecido por Tony Americano, era natural da Açoreira, contribui-o nos acalorados tempos pós 25 de Abril, para a luta democrática moncorvense, fazendo da sua casa no largo Sagrado Coração de Jesus, nº 21ª a sede dum pequeno partido chamado MRPP, que embora tendo como símbolo a foice e o martelo tal como o PC distinguia-se deste na linha ideológica, que tinha como farol o maoísmo leninismo enquanto o PC seguia a linha estalinista, mas disputava o espaço politico á esquerda com o PC, que agora sinal dos tempos, tem como referência a China e a Coreia do Norte, na mesma altura em que o director da CIA (Carlluci) veio para Portugal como embaixador americano. Nessa época levei o meu 1º banho político pelo professor José Manuel Costa também do MRPP, que veio a fazer mais tarde carreira como dirigente sindicalista dos professores da região centro pelo PC. Foi talvez a pessoa mais honesta que eu conheci na política.
ResponderEliminarEm 1976 se a memória não me trai, o MRPP, foi ilegalizado e tinha sido marcado em Moncorvo um comício, que veio a ser impedido pelo Flechas de Lamego, que avisados se meteram a caminho de Moncorvo. O comício foi impedido e os dois foram convocados pelo Alferes e Tenente dessas tropas a um interrogatório nas traseiras do palco do cineteatro. Ora enquanto o interrogatório decorria os soldados confraternizavam no exterior com os restantes militantes do partido, recordo com saudades o Rei, que era trolha e faleceu na Argentina, o Mesquita, o Eduardo Mota entre outros… comendo e bebendo uns copos e entregando as G3 dizendo-se ao lado da classe operária, entretanto a algazarra era perceptível no interior onde a conversa azedou e passaram á agressão física tendo os oficiais ficado maltratados. O Tony e o Zé Costa foram presentes a tribunal na manhã seguinte tendo o Alferes um braço ligado ao peito possivelmente para mais impressionar o Dr. Juiz…creio que o presidente da câmara á época era o Sr. Almiro Sota.
Seguiu-se a legalização do partido, que olhava o PC como social fascismo, e trataram de querer distribuir casas pelo povo e organizaram reuniões para estabelecer prioridades, falava-se da ocupação da casa pertença do Dr. Margarido, mas como esta família tinha militares oficiais na família, logo se aprontaram em Moncorvo as tropas e cercaram a casa do Tony que era a sede, onde se encontrava também o Zé Costa, os militares traziam cães e o chefe da polícia que na altura era o Sr. Soares e vinha á frente. Ao aperceberem-se cercados e tamanho alvoroço a vizinha de cima que era a D. Maria José filha do Sr. Cabeças mais o marido o Sr. Pacheco amigos como eram do tony atiram-lhe um lençol por onde eles subiram e deram fuga pela rua da misericórdia, evitando assim a prisão. Estas e outras histórias marcaram o ambiente político de muitas incertezas em torre de Moncorvo nos anos 1975/76…Este retrato foi tirado junto ao rio Côa quando da visita do Dr. Mário Soares ás gravuras era então ele presidente da republica.
O Toninho Gil era meu amigo e recordo com saudades as tertúlias na sua cave á volta dum copinho de vinho e dum naco de queijo que a sua mãe a tiua Grata, fazia como ninguém falava-se e discutia-se de tudo um pouco, ele guardava nos anexos dessa «caverna de zaratustra» livros poesias suas jornais e documentos antigos, uma parte do sacrário da igreja do Peredo que ele descobriu no lixo pois o pároco da altura resolveu comprar um cofre forte e toca a mandar serrar a talha dourada do sacrário...faço minhas as palavras do Sr. Júlio Andrade tinha um sentido crítico duma enorme acutilância e inteligência e acima de tudo uma coragem fora do comum. A sua simplicidade fazia com que se senti-se incomodo no meu volvo, porque ele vivia uma outro conforto o conforto da amizade e da franqueza, mesmo na despedida a sua coragem impressiomou-me, desafio o Sr. Julio Andrade a republicar aqui aquele célebre poema Aída que ele publicou no Terra Quente, ou outra história das muitas que ele tão bem sabia contar...ele merece esta homenagem.
Fantastica a prosa querido professor...
ResponderEliminarPaulo Bento
Ao meu AMIGO Tony da Queija com SAUDADES: foi dos melhores seres humanos que conheci. Tenho a CERTEZA que ele também gostava de mim. Inteligente, revolucionário, desleixado, bom professor, altruísta, amigo,...
ResponderEliminarPS. Um abraço ao prof. Júlio Andrade que no 1º ano do ciclo (antes do 25 de Abril) sugeriu-me um nome para um grupo de trabalho na sua disciplina: "os democratas".
Paulo Patoleia disse:O Antony Queija, também conhecido por Tony Americano, era natural da Açoreira, contribui-o nos acalorados tempos pós 25 de Abril, para a luta democrática moncorvense, fazendo da sua casa no largo Sagrado Coração de Jesus, nº 21ª a sede dum pequeno partido chamado MRPP, que embora tendo como símbolo a foice e o martelo tal como o PC distinguia-se deste na linha ideológica, que tinha como farol o maoísmo leninismo enquanto o PC seguia a linha estalinista, mas disputava o espaço politico á esquerda com o PC, que agora sinal dos tempos, tem como referência a China e a Coreia do Norte, na mesma altura em que o director da CIA (Carlluci) veio para Portugal como embaixador americano. Nessa época levei o meu 1º banho político pelo professor José Manuel Costa também do MRPP, que veio a fazer mais tarde carreira como dirigente sindicalista dos professores da região centro pelo PC. Foi talvez a pessoa mais honesta que eu conheci na política. Em 1976 se a memória não me trai, o MRPP, foi ilegalizado e tinha sido marcado em Moncorvo um comício, que veio a ser impedido pelo Flechas de Lamego, que avisados se meteram a caminho de Moncorvo. O comício foi impedido e os dois foram convocados pelo Alferes e Tenente dessas tropas a um interrogatório nas traseiras do palco do cineteatro. Ora enquanto o interrogatório decorria os soldados confraternizavam no exterior com os restantes militantes do partido, recordo com saudades o Rei, que era trolha e faleceu na Argentina, o Mesquita, o Eduardo Mota entre outros… comendo e bebendo uns copos e entregando as G3 dizendo-se ao lado da classe operária, entretanto a algazarra era perceptível no interior onde a conversa azedou e passaram á agressão física tendo os oficiais ficado maltratados. O Tony e o Zé Costa foram presentes a tribunal na manhã seguinte tendo o Alferes um braço ligado ao peito possivelmente para mais impressionar o Dr. Juiz…creio que o presidente da câmara á época era o Sr. Almiro Sota. Seguiu-se a legalização do partido, que olhava o PC como social fascismo, e trataram de querer distribuir casas pelo povo e organizaram reuniões para estabelecer prioridades, falava-se da ocupação da casa pertença do Dr. Margarido, mas como esta família tinha militares oficiais na família, logo se aprontaram em Moncorvo as tropas e cercaram a casa do Tony que era a sede, onde se encontrava também o Zé Costa, os militares traziam cães e o chefe da polícia que na altura era o Sr. Soares e vinha á frente. Ao aperceberem-se cercados e tamanho alvoroço a vizinha de cima que era a D. Maria José filha do Sr. Cabeças mais o marido o Sr. Pacheco amigos como eram do tony atiram-lhe um lençol por onde eles subiram e deram fuga pela rua da misericórdia, evitando assim a prisão. Estas e outras histórias marcaram o ambiente político de muitas incertezas em torre de Moncorvo nos anos 1975/76…Este retrato foi tirado junto ao rio Côa quando da visita do Dr. Mário Soares ás gravuras era então ele presidente da republica. O Toninho Gil era meu amigo e recordo com saudades as tertúlias na sua cave á volta dum copinho de vinho e dum naco de queijo que a sua mãe a tiua Grata, fazia como ninguém falava-se e discutia-se de tudo um pouco, ele guardava nos anexos dessa «caverna de zaratustra» livros poesias suas jornais e documentos antigos, uma parte do sacrário da igreja do Peredo que ele descobriu no lixo pois o pároco da altura resolveu comprar um cofre forte e toca a mandar serrar a talha dourada do sacrário...faço minhas as palavras do Sr. Júlio Andrade tinha um sentido crítico duma enorme acutilância e inteligência e acima de tudo uma coragem fora do comum. A sua simplicidade fazia com que se senti-se incomodo no meu volvo, porque ele vivia uma outro conforto o conforto da amizade e da franqueza, mesmo na despedida a sua coragem impressiomou-me, desafio o Sr. Julio Andrade a republicar aqui aquele célebre poema Aída que ele publicou no Terra Quente, ou outra história das muitas que ele tão bem sabia contar...ele merece esta homenagem.
ResponderEliminarA avó dele, a tia Adelaide, é que era da Açoreira. O Ni (como era conhecido pelos mais próximos) parece-me que nasceu na América. A casa onde vivia com a Avó, com a Lhé e com o Chuí, a tal que depois foi sede do MRPP, ficava na que era conhecida pela Canelha.
ResponderEliminarLuis Ricardo: Ao meu AMIGO Tony da Queija (o Ni) com SAUDADES: foi dos melhores seres humanos que conheci. Tenho a CERTEZA que ele também gostava de mim. Inteligente, revolucionário, desleixado, bom professor, altruísta, amigo,... Um abraço também ao meu INESQUECÍVEL E QUERIDO AMIGO Chuí e um grande beijinho à Lhé.
ResponderEliminarSinceramente eu pensava que o Tony ainda era vivo e se encontrava emigrado na América!... A. Júlio
ResponderEliminarDizem que Durão Barroso ,nos anos do PREC(74/75),quando o P.C.mandava e tentou acabar com o MRRPP ,foi Moncorvo que o acolheu e escondeu.Também por cá passou o Saldanha Sanches.
ResponderEliminarTirando o caso Palma Inácio Moncorvo sempre defendeu os que à terra recorreram para se esconderem.
O Durão Barroso andou a colar cartazes do MRPP em Lisboa juntamente com o Tony quando ambos estudavam direito. História contada pelo Tony várias vezes.
ResponderEliminarCésar Lopes Boa Paulo!... Mais um acto de cidadania!...Estás a aproveitar as tuas grandes capacidades para nunca esquecermos as boas companhias que tivemos o prazer de disfrutar...
ResponderEliminarÉ verdade, podem perguntar ao Camilo de Felgar que também ele andou nas lutas do MRPP e foi ele que levou o Saldanha Sanches um ano á Festa de Felgar.
ResponderEliminarPara falar do Americano,embora eu saiba que toda a gente que aqui fala dele, tem as melhores intenções, deve pautar os seus comentários, com a verdade, pois só assim honra o seu nome.
ResponderEliminarA vida tem destas coisas! Hoje, no local onde cumpro pena, e porque não só de processos vive esta gente, contei, porque sou a mais velha, a chamada "mestra" como é meu costume, mais umas histórias da minha infância/adolescência e recordei também o meu primo Gil.
ResponderEliminarAinda tenho aqui na secretária a edição do "Terra Quente" pós falecimento.
Guardo também um caderno, onde ele manuscreveu poemas lindos que aguardam melhores momentos para aqui serem colocados.
O Gil foi um dos homem mais inteligentes com quem tive o prazer de privar. Pena é que eu, na altura, menina loira, não quisesse escutar.
Do Antony e irmãos guardo poucas lembranças, apesar de viverem na casa em frente à da minha avó.
A memória ás vez precisa ser refrescada e se há imprecisões isso pode ser corrigido. Mesmo como anónimo, o que se sabe devia ser exposto aqui comentando, acrescentar mais algum ponto ou esclarecimento nesta pequena homenagem a estes dois grandes homens e acima de tudo amigos. Este blog serve para dialogar não é um tribunal, eu podia contar aqui mais umas dezenas de histórias de ambos que mereciam ser ouvidas mas deixo que outros que sabem tanto ou mais o façam, até porque a época que retratamos bem merecia ser contada, detesto a ideia de que é preciso as pessoas morrerem para se falar das suas virtudes. Desafio o distinto conterranêo Rogério Rodrigues a escrever um pouco do que sei que sabe, porque é com homens dessa coragem que se reescreve a história. Bom neste exercício de refrescar a memória, hoje desloquei-me á Açoreira falar com os anciãos e de facto o Tony regressou á Açoreira já com 5 anos e com pouco conhecimento da lingua portuguesa, nasceu na América como a sua irmã Celeste, o Acácio já nasceu na Açoreira onde residia numa casa construida para o efeito em 1957. O seu pai António Queija, alcunha (Facadas) e sua mãe cujo nome não se apurou, morreu de parto. Depois do falecimentos dos pais, vieram viver com a sua avó Adelaide Canhoto oriunda do Felgar, para uma casa junto á cabine, no largo Sagrado de Jesus nº 21A, Que era da Joaninha dos Correios e quiz o destino, agora é minha,onde vai ser colocada uma pequena placa alusiva á sua história recente da qual me orgulho de ter participado.
ResponderEliminarÁ minha querida conterrânea Amélia Mourão, que não sabia ser prima do meu saudoso amigo Gil, já que teve o cuidado que eu não tive de guardar esse deliciosos (para alguns)escritos publicados do Gil T. faça o favor de os enviar ao Lelo que teremos muito prazer de os reler e assim tmb homenagiava o seu primo, eu prometo ilustrar com outras fotos dele.
ResponderEliminarO Nixon veio para Portugal com 9 anos e falava correctamente o Português.A primeira escola em Portugal que ele frequentou, ficava situada ao fundo da rua das Amoreiras e o Professor era o Ricardo. O Nixon era e sempre foi pelos anos de estudo que se seguiram o melhor aluno da escola.
ResponderEliminarO Toni veio para Portugal com quatro anos de idade. A primeira escola que ele frequentou foi na aldeia de Açoreira, onde fez a primeira e segunda classes com a D. Austelina. Após a morte do pai, veio para Moncorvo com a avó e irmãos e aí frequentou a escola primária, localizada no fundo da rua das Amoreiras, cujo prof. era o Ricardo. Eu sou a irmã dele, mais velha, Celeste, porque o xui, como era conhecido também faleceu, ainda novo.
Eliminarmm
EliminarA minha conterranêa Amélia Mourão que desconhecia ser prima do meu querido amigo Gil, é, e sempre foi loira, mas o seu cérebro não tem nada a haver com o das loiras anedóticas, e por isso se formou e guardou os poemas e terei todo o prazer de os ilutrar com mais uma ou mais fotos dele.
ResponderEliminarEm 1973, quando fui para Bruxelas,o Tony, despediu-se de mim em Santa Apolónia, pois na altura estudava direito em Lisboa e deu-me a quase totalidade da mesada.Passado quase um ano,foi ter comigo a Bruxelas de passagem para Tirana, para observar in loco o regime Albanês. Na Jugoslávia ainda passou, pois o regime do Tito ere complacente, mas quando mostrou a identificação, devem ter pensado que era agente da CIA, e não tardou a voltar para a Bélgica. Que saudades do amigo americano.
ResponderEliminarLi os comentários com muita saudade e muito tristeza vivi intensamente muitos momentos que foram descritos pelo Paulo Patoleia,não me lembro do Durão Barroso estar em Moncorvo, na realidade o Arrenaldo Matos esteve por duas vezes, estiveram refugiados outros militantes do MRPP como por exmplo o responsável do Norte Horácio Crespo,ao meu querido amigo Tony e ao José Manuel Costa,eu deixo lágrimas de saudade,na realidade foram tempos muito díficeis eu sinto-me muito feliz por ter vivido intensamente esses momentos o meu amigo Rogério Rodrigues, podia escrever sobre essa época tenho muitas histórias dessa época e estou disponivel para passados estes anos poder contar algumas, O Costa como na Altura não podia concorrer para Espanha,viemos para a Cidade da Guarda,onde fez militancia Política no Partido Comunista,foi Sindicalista,participou na Formação do SPRN e na altura da sua morte era Dirigente do Sindicato dos Professores da Região Centro, da União de Sindicatos da Guarda e da FENPROF nos últimos anos têm-lhe sido prestado várias homenagens pelas mais diversas organizações.
ResponderEliminarQue não desapareça da nossa memória estas duas referências.
ResponderEliminarCorrecção de comentário
ResponderEliminarÉ verdade, podem perguntar ao Camilo de Felgar que também ele andou nas lutas do MRPP e foi ele que levou o Saldanha Sanches um ano á Festa de Felgar.
O correcto é Arnaldo Matos e não Saldanha Sanches.
O correto é " O Arnaldo Matos veio fazer um comício a Moncorvo e á noite fomos todos para o arraial da festa do Felgar, Toni, Costa, Eduardo Mota...e outros.
EliminarCeleste Queija
mmmmm
EliminarLi com toda a atenção o que os amigos do Tony Americano e do Gil T aqui têm escrito sobre ambos. A amizade, o carinho por esses dois Homens são sentimentos que ressaltam destes comentários.
ResponderEliminarNeste momento, nem imaginam como lamento não os ter conhecido.
Estive afastada de Moncorvo entre princípios dos anos '60 e meados dos anos '80. Foram mais de vinte anos que me passaram ao lado.
Para todos um grande abraço
Júlia
Haverá fotos de família dos anos braza (74/75) da malta do MRPP em Moncorvo?Tony,Arnaldo de Matos,Saldanha Sanches...são documentos históricos,ultrapassam o ciclo da vila.Enviem para o blogue que a malta que o faz já mostrou que tudo que tem interesse publicam.Bem hajam.
ResponderEliminarQuem escreve uma biografia destes dois moncorvenses?
ResponderEliminarM.C.
Dois seres de excepção, pelo que deles contam.Verdadeiros amigos os que deles assim falam.
ResponderEliminarManeldabila
Relembramos os nossos amigos Tony e T.Gil com muita saudade.
ResponderEliminarOs revolucionários Tony e Zé Costa muito lutaram para que este país não voltasse a ser o que tinha sido. Um, desencantado, voltou as costas às políticas "democráticas" e o outro lutou até partir.
O Tony e o Zé Costa foram professores de consciências. Não se cansavam nunca. Muito aprendi com estes dois seres maravilhosos que fazem doer a alma com a sua inesperada partida.
Histórias verdadeiras e puras sobre eles tenho muitas mas, a maior e mais importante foi a maravilhosa forma de estarem na vida, esta, era única. Ambos eram de um altruismo ímpar, desprovidos de qualquer interesse pessoal.
O outro amigo do peito de que alguém falou, o Rei, não nos deixou na Argentina mas sim Na Venezuela.
Devagar, através de amigos desaparecidos estamos a lembrar como era Moncorvo nos anos 70/80.Se tudo isto se mantiver,como os pergaminhos do arquivo histórico,um historiador encontra aqui muita informação.Não apaguem isto como já sucedeu com os outros que desapareceram.
ResponderEliminarM.C.
Falar do Tony Queija é falar de Açoreira,Picões;Moncorvo e Felgar onde tem raízes do lado paterno.O Tony era meu parente e amigo.Do primeiro casamento de seu pai tinha irmãs mais velhas que nos anos sessenta visitaram a casa de meu pai no Felgar.Era eu miúdo e lembro-me vagamente de umas senhoras bem postas terem visitado a minha família e darem notícias das Américas.Nunca mais soube notícias delas.Mas ouvia dizer a meu pai que fizera fizera a barba a um defunto.Tal defunto era o pai do Tony Queija,da minha prima Celeste e do Acácio.Para mim e para a família era o Acacito.Decorria o ano de 1980(ou 1981), estando eu na Guarda, soube da triste notícia que o Acacito estava morto no Hospital da cidade mais forte e feia do país.
ResponderEliminarNo dia seguinte fui acompanhá-lo ao Cemitério de Fozcôa onde permanecem as suas ossadas e com ele a minha memória e afectos.Nesse tempo A Celeste,professora e casada com O Mota vivia na terra das gravuras.
Relativamente ao Tony depois do 25 de Abril poucas vezes falei com ele.fomos colegas no Cólégio e muito confraternizámos na companhia do Hélio Pino e de outros. Dava a camisa que trazia no corpo se alguèm precisasse dela.Parece que o estou a ver ,quiçá a última vez a bebermos um fino no café Basílio.Sempre revolucionário e de uma coragem física inaudita.
Infelizmente não soube orientar a sua vida material.Era um desprendido da materialidade das coisas.Era um idealista e um humanista.Assim sendo é dos que mais sofrem neste mundo.È com pesar e com tristeza que o recordo.Certo dia ou talvez tivesse sido de noite, fui visitá- lo a casa.Estava destroçado e " vencido" da vida...Por respeito da sua memória mais não descrevo o quarto em que se encontrava. Tentei "aconselhá-lo" e dar-lhe ânimo.
Ter-me-à respondido mais ao menos nestes termos.
_ Não ligues deixa lá cá me governo. A vida é o que é..
_ Que hei-de fazer? Sou assim! Que lhe havemos de fazer.
Mais tarde soube que regressou à América.
Nunca mais vi o meu primo Tony mas fica-nos na memória a sua solidariede e corajem.
Um Abraço para o Tony.Do Artur
Eu sou a irmã mais velha do Toni e quero agradecer a atenção de o ter levado para vossa casa. Ele regressou dos EUA muito doente em Setembro de 1999 e faleceu em Janeiro de 2000, aqui em Coimbra, junto de nós, com todo o carinho e cuidados que se pode dar a um irmão como ele.
Eliminarbb
EliminarEste primo (???) não conhecia o Tony. Este grande amigo poderia estar desiludido mas nunca destroçado e muito menos vencido. Isso ele não sabia o que era. Nem na sua "curta espera" (é sempre curta a espera da última carruagem da vida) ele se sentia destroçado e muito menos vencido. Digo-lho eu "primo", que bem conhecia o Tony. Sei que mesmo nos derradeiros dias ele ainda brincou e fazia rir as suas visitas: dizendo "melhor? estás doente? eu não... Um abraço apertado ao meu amigo, esteja lá onde estiver estará sempre entre nós.
ResponderEliminarBoa tarde a todos,
ResponderEliminarPelo que li e com o devido respeito por estas duas individualidades, queria perguntar a quem souber se de facto o Gil T faleceu, quando e porque motivo.
Chegou a casar com a namorada que era de Maçôres?
Ainda me lembro de ler uns poemas dele, mas não entendia nada do que escrevia, dava a sensação que estava mais à frente do que os da sua idade, chegou a publicar algo do que escreveu.
Obrigado
Muito obrigada por se lembrarem e homenagearem os que já partiram com todo o carinho.
ResponderEliminarEm relação ao teu tio, Gil T faleceu a 4 de Agosto de 2001 no Hospital de Mirandela com um cancro no intestino.
A sua irmã (minha mãe) esta a tentar reunir todo o seu espolio de forma a poder comparti-lo com todos os que o estimam.
Agradece-se de antemão a todos os que possuam poemas, artigos, fotografias ... que os façam chegar a família.
Muito obrigado, CG
Muito obrigada por se lembrarem e homenagearem os que já partiram com todo o carinho.
ResponderEliminarEm relação ao teu tio, Gil T faleceu a 4 de Agosto de 2001 no Hospital de Mirandela com um cancro no intestino. Nunca casou.
A sua irmã (minha mãe) esta a tentar reunir todo o seu espolio de forma a poder comparti-lo com todos os que o estimam.
Agradece-se de antemão a todos os que possuam poemas, artigos, fotografias ... que os façam chegar a família.
Muito obrigado, CG
Caro(a) CG,
EliminarMuito obrigado por me ter esclarecido dando-me conhecimento do que infelizmente aconteceu o Gil T.
Fiquei de facto muito triste com a notícia que me deu, ao ponto de me comover e lutar para não chorar.
Passo a esclarecer que o Gil T não era meu tio, o Gil T era meu amigo.
Eu tinha os meus 17 anos, nessa altura estudava em Torre de Moncorvo, é claro toda a rapaziada se conhecia, uns mais outros menos, mas eu tive a sorte de privar um pouquinho com o Gil T, por temos o gosto comum pela poesia, privei algum tempo embora por pouco, por ter saído daí para prosseguir os meus estudos.
As nossas conversas de quando em vez resumiam-se à poesia, aos poetas e às criticas aos poemas que ia-mos fazendo, ele melhor que eu, não havia termo de comparação, claro, eu bem lutava para o acompanhar muitas vezes tentando imitá-lo, mas ele logo dizia que não se devia imitar.
Que me lembre, nessa altura era-mos os únicos que tinha-mos interesse nesta matéria e chegámos até a trocar uns poemas para analisarmos e criticarmos no sentido construtivo, é claro.
Hoje, por curiosidade fui ao que resta do meu pequeno espólio dessa época e encontrei 3 folhas de papel assinadas pelo Gil T, duas das quais são referentes a dois meus poemas que ele analisou e criticou dando-me a sua opinião e um é uma sua resposta à análise que eu fiz a alguns poemas que ele me emprestou para analisar e criticar.
São manuscritos dos inícios de 1977.
Tenho pena de não ter tirado uma fotocópia dos poemas que me fez chegar, antes de lhos ter entregue posteriormente.
Após a minha saída de Moncorvo infelizmente nunca mais vi o Gil T.
Que saudades daquele tempo e do Gil T, claro, poeticamente muito à frente de mim.
Sabe-me dizer que idade tinha o Gil T em 1977? parecia um homem já maduro, fumava imenso, amigo do seu amigo, muito duro nas criticas, sempre construtivas, de grande perspicácia e sublime inteligência.
Paz à sua nobre alma, apesar de tardios os meus sinceros pêsames à sua família.
Obrigado
Li com interece,tudo o que aqui foi escrito ,a respeito,do Tony Queija,o ( AMERICANO)
ResponderEliminarEu era vizinho,da Avó,dele, a Tia Adelaide Canhota,como era conhecida ,no lugar da St.Bárbara,e lembra-me bem,quando a familia dele,vindos da América,viveram por álgum tempo,com a Avó Materna,no Felgar.
Passados alguns anos,depois da morte dos pai e Mãe do Tony,a Tia Adelaide,tomou conta dos Netos,e Neta,e onde viviam em Monvorvo,onde os via quando,vinha de ferias,de Paris,e sempre notei,o quanto eles se destiguiam,das outras crianças,pelas roupas,que vestiam,e o povo dizia,que tudo aquilo,era dinheiro Americano,que eles Herdaram,pela morte dos Pais.Como Portugues,assisti á Revoloção dos cravos,que se tornaram espinhos,cá de longe,e nada posso dizer,ao que se passou em Portugal,mas as próvas,todo o Mundo sabe.Mas este meu atrevimento,é só pela Memória do Tóny Americano,não me lembra o Ano,mas vós,os Amigos dele sabeis,o ano que ele veio,para o Paìs.onde ele nasceu,mas pelo,que compreendi,ele devia Odiár.
Era a noite,do Thanksgiven,ou seja o feriado Nacional,de dar Gráças a Deus,pela fartura, e talves o feriado mais importante de todo o povo Americano,tinha eu, toda a minha Familia reunida,para jantar,quando recebo,um telefonema,de um Portugues,,a perguntar,se eu conhecia,um Tony Queija,e neto da tia Adelaide Canhota,e se o recebia em minha casa,mas não foi ele que chamou,mas sim um amigo,que estava com ele e se dirigia para o Canadá,e eu cláro,como um bom Felgarense,que penso que sou,lá vou á rua 42,e 8 avenida,a buscá-lo,,disse á minha familia,de quem se tratava,e eu comecei a ver na minha memória,tudo do que me lembrava,a respeito dessa familia,eu sabia que ele andava a estudar,e pensava encontrar,um ser humano,á maneira dos nossos tempos,....Normal...e dirigime,ao Portugues,normal.e disse-lhe,,tú é que és,o Tóny? Neto da tia Adelaide?e ele disse não, o Tony ,é este,juro,que nunca na minha vida,sofri,uma dezilozão,tão grande, a ponto de ficar caládo,por álguns minutos,e sem saber o que fazer,o estado dele lastimoso que ele se encontrava e,depois de me lembrar,como foi criado.mas leveio commigo,para minha casa,mas muito triste o apresentei á minha familia,e que todos conheciam.
Depois de uns dias,ele me pediu,para o levar, a outra cidade,onde conhecia,um Amigo,e nunca mais soube dele,mas ouvi falar,que tinha falecido.
O que li hoje,neste Blog,nunca tinha ouvido,a respeito,do Tóny Americano, e custa-me,acreditar,como um rapaz criado,com tudo,mas sem pais,podia ser um REVOLOCIONÁRIO,DESSE CALIBRE.
Eu sou a irmã mais velha do Toni e quero agradecer a atenção de o ter levado para a sua casa. Ele regressou dos EUA muito doente em Setembro de 1999 e faleceu em Janeiro de 2000, aqui em Coimbra, junto de nós, com todo o carinho e cuidados que se pode dar a um irmão como ele.
EliminarApesar de conhecer o Anthany da Queija somente como criança,sua avò e meu avô são irmãos
ResponderEliminarpor isso nòs somos primos,sei que somos ano mais,ano menos,da mesma idade,as recordações que tenho são escassas,tanto dele como de sua mano Celeste e de seu mano Acàcio,recordo com saudades aqui o meu omònimo,EU "ANTONIO DA QUEIJA" do FELGAR,gostaria imenso saber onde para a mana CELESTE!!!!!!!!!!!!!!
A Celeste vive em Coimbra com o marido Eduardo Mota.
Eliminarb
EliminarEu sou a Celeste, irmã do Toni e do Acácio e efetivamente vivo na Pampilhosa, perto de Coimbra. Gostaria de saber quem és, porque irmãos da minha avó eu lembro-me do tio Artur que vivia casa meias com a minha avó e estava casado com a tia Olivia, mas não tinham filhos, depois o tio Francisco que tinha pelo menos 3 filhos rapazes e uma filha chamada Conceição e tinha uma mercearia perto da capela de Santa Bárbara, na rua que dá acesso à igreja e um outro irmão com quem não cheguei a conviver que penso chamar-se António Canhotinho que vivia junto à igreja. As irmãs eram a tia Júlia da praça e a tia Emilia casada com o tio Barreiros, não sei se conhecia mais alguém, pode acontecer que através deste blog a gente chegue a saber como somos primos.
Eliminarmmm
EliminarPois é Celeste,enfim reencontrei este BLOG,para te explicar eu sou filho de Emìlia Canhoto,neto do de Antonio Canhotinho que vivia perto da Igreja do Felgar e qu aì possuìa uma Taberna,d'isto tenho a certeza"agora ém segundo penso que também somos primos do lado Paterno,meu pai Francisco Queija meu avô Antonio Augusta da Queija,mas ignoro com que laços,sei que meu bisavô também andou pelas Américas,abraço,primo Antonio da Queija
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