Torre de Moncorvo, 21 fev (Lusa) - A EDP e Grupo o Lobo vão distribuir nos próximos três anos 60 cães de gado a pastores, no âmbito do Programa de Proteção e Valorização do Lobo Ibérico, uma espécie ameaçada de extinção.
Esta medida está inserida nas compensações dos impactos ambientais resultantes da construção da barragem do Baixo Sabor, no concelho de Torre de Moncorvo, que se encontra na reta final.
A iniciativa prevê diversas ações para garantir a abundância de presas naturais, a redução da perturbação humana e ainda a redução "do potencial de conflito" entre o lobo e os pastores, devido aos ataques a que os rebanhos estão sujeitos.
"Após a entrega dos animais aos pastores, há um período em que o Grupo o Lobo dá apoio no acompanhamento dos mesmos, fazendo a vacinação, acompanhando o desenvolvimento dos animais e verificando se os cães são eficazes na proteção dos rebanhos", disse hoje à Lusa Teresa Rocha, represente da EDP.
"Equipados" com este fiel companheiro, bem tradicional, de alarme e defesa, os pastores da região terão menos necessidade de afugentar lobos do seu habitat natural, salvaguardando uma espécie que é protegida por lei.
Alípio Janeiro é um pastor de aldeia de Fornos (Freixo de Espada à Cinta) a quem foi entregue há sete meses uma cadela de gado transmontana, animal que ainda se encontra em fase de "aprendizagem" nas lides dos pastoreio e guarda do rebanho e que começa agora a desempenhar a sua missão.
No entanto, a "Diana", assim é o nome do animal, não deixa os créditos por mãos alheias e parece estar a adaptar-se à sua função de proteger um rebanho de ovelhas de possíveis investidas de lobos.
"Vamos ver o que aprende. Espero que seja boa para guardar o gado. Às coisas estranhas já dá sinal. Quanto ao resto, não têm aparecido lobos pela aldeia apesar de terem rondado as imediações", acrescentou o pastor.
Além de cães, caberá ainda à EDP e aos seus parceiros locais a criação de pastagens para presas, definição de zonas de refúgio, de exclusão de caça, pontos de água, entre outras soluções para garantir que o mítico lobo das serranias transmontanas não desaparecerá.
Por seu lado, Ana Guerra, do Grupo o Lobo, refere que a ideia da inclusão de cães pastores nas medidas de proteção ambiental do Baixo Sabor tem por objetivo reduzir "o conflito que existe entre os lobos e os pastores".
Neste projeto, foram adaptados cães de gado transmontanos, que apesar do seu feitio dócil, são "exímios" guardadores de gado.
"Estes animais selecionados pertencentes a uma raça autóctone, são dissuasores dos ataques de lobos, já que foram selecionados para esse efeito. Quando são inseridos no rebanho passam a reconhecê-lo como sua família, sendo o seu instinto proteger o rebanho", concluiu a técnica.
Já foram entregues cinco cães, o ultimo dos quais na quinta-feira, na aldeia de Souto da Velha, Torre de Moncorvo.
FYP // JAP
Lusa/fim
VER: http://560pt.blogspot.pt/2011/04/cao-de-gado-transmontano.html
Aqui há anos foi a anedota das cabras que seriam espalhadas pela região e iriam comer todo o mato que alimenta os incêndios de verão. Ainda bem que a ideia ficou pelos ilustrados do ministério da agricultura e do ambiente pois se posta em prética, as faladas 200 mil cabras já teriam comido todos os olivais, amendoais, soutos, pomares, vinhedos e hortas da região do Nordeste Trasmontano.
ResponderEliminarAgora é a anedota dos cães, como se os pastores andassem por cá a dormir e não tivessem uma longa experiência na escolha e criação dos animais que os ajudam a guardar os seus rebanhos!
Até parece que os serviços do Estado não têm mais que fazer do que inventar anedotas do género! Tratem mas é de ver o que os agricultores precisam: charcas e pequenas barragens para armazenar água em campos de montanha, por exemplo... J. Andrade
Albano Alves: vai haver 2 cães para cada lobo?' há tão poucos!!
ResponderEliminarSusana Bailarim :Infelizmente. vão parar todos ao canil de Moncorvo.
ResponderEliminarEspero que nao passe de uma ideia tresloucada! Quem quer um cão que o compre.. O ministério da agricultura que aplique o dinheiro dos contribuintes em coisas serias, onde se viu oferecer caes!.. Quem ama ou precisa de caes tem os seus mecanismos para satisfazer as suas necessidades.. E ate digo mais , nunca se devia dar um cão.. Quem o quer devia comprá lo, e deveria ser fiscalizado para saber se o animal é bem tratado. É uma vergonha ver animais doentes e cheios de fome nas mãos de pessoas que um dia quiseram ter um cão. Já agora , as entidades que querem dar os caes , que ajudem esses canis onde muitos desgraçados vão parar e onde pessoas nobres dão o seu tempo e muito dos seus rendimentos para minimizar o mal que gente sem escrúpulos provoca quando se desfazem dos nossos melhores e fieis amigos ..!
ResponderEliminarFINALMENTE UM APOIO CONCRETO AOS DESEMPREGADOS.Os pastores não têm dinheiro para sustentar os cães e acabam por aparecer no canil da câmara,logo a seguir dizemos que o cão é muito lindo e terno e pedimos para o levar.Passo seguinte vendemos o cão à EDP e assim repetidas vezes.Topam?
ResponderEliminarFarrusco
Conhecia um cão da bila e o famoso cão de fora, o transmontano não ão,ão.
ResponderEliminarFarrusco