Corredoura (1974) |
04.09.1691 – Deferido pela câmara de Moncorvo um requerimento de António de Campos, fabricante de sedas de Freixo de Espada à Cinta para transferir para Moncorvo a sua fábrica na qual fabricava “todo o género de sedas, como eram primaveras, colomacos lisos e lavrados, pelucas, setins, bragão, picotes, damascos e outras coisas mais pertencentes à sua arte (…) ele e seus oficiais e aprendizes livres e isentos de todos os encargos do concelho (…) de outra sorte lhe não convinha pela opressão que se lhe podia causar com eles faltando ao exercício de seus teares e manufactura da fábrica…”
Na mesma reunião, a câmara deliberou o seguinte sobre a feira: - Que nenhuma pessoa de qualquer condição que seja ponha os bens que vem vender à feira, da Rua das Barreiras para cima, senão da quinta parede do quintal de Manuel Botelho de Magalhães para baixo até à Corredoura e que os porcos que vierem vender às feiras se ponham pela rua das Barreiras e que todos os oleiros ponham sua louça no sítio detrás do castelo junto à porta falsa e nenhuma no cubo do castelo para cima, sob pena de 500 réis por cada pessoa que…
04.09.1843 – Ofício da câmara de Moncorvo para o juiz de Mogadouro, João Carlos de Oliveira Pimentel, agradecendo os seus esforços para o restabelecimento da ordem ao prender uma quadrilha de ladrões que assolava ambos os concelhos. Este João Carlos de Oliveira Pimentel era neto de outro do mesmo nome, sobrinho do general Claudino, irmão do Visconde.
António Júlio Andrade
"da Rua das Barreiras para cima, senão da quinta parede do quintal de Manuel Botelho de Magalhães para baixo até à Corredoura e que os porcos que vierem vender às feiras se ponham pela rua das Barreiras e que todos os oleiros ponham sua louça no sítio detrás do castelo junto à porta falsa e nenhuma no cubo do castelo para cima"
ResponderEliminarONDE FICA TUDO ISTO NA VILA?
Rua das Barreiras é a actual rua Tomás Ribeiro... O teor a deliberação seria o de levar a feira de animais e outros bens para a Corredoura, o que de facto veio a consolidar-se nos séculos que seguiram até há bem poucos anos. Levar a feira das louças para detrás do castelo também tem explicação fácil... Há crónicas relatando que por vezes, sem querer ou propositadamente, soltavam os porcos que vendo-se livres arremetiam contra os cântaros e os talhões e outros objectos que os oleiros tinham em venda e era uma festa de louça partida e os pobres oleiros desesperados de nada poder fazer. J. Andrade
ResponderEliminarEstá bem interessante esta informação, que nos dá conta de como se vivia nos meios rurais, os nossos, muito especialmente.
ResponderEliminarAté ficamos a ver os bacorinhos a jogar ao cântaro na rua!
Parabéns e obrigada ao A. J.Andrade, que nos vai mimoseando com estas preciosidades.
Tininha, de Urros