Oh Vila Real alegre Província de Trás - os Montes, O dia que te não Vejo Meus olhos são duas fontes.
(...) ou como versejou um felgarense:
Situado entre as duas fontes No mais formoso Vale, Rodeado de grandes montes De beleza sem igual.
Abram-se agora as torneiras da Memória. A chuva que teima em não vir,pois fugiu a sete ventos,antecipou o adágio" em Setembro ardem os montes e secam as fontes". Ainda assim,no Felgar sempre e continua a haver muitas e belas fontes como a imagem nos revela e a sua companheira. Iniciemos o percurso com partida na " Olhadela" no sopé da serra Cabreira/Picões.Perto do Castelinho havia duas:uma no laranjal do Sr.Fernandes e outra no da Dª Ester,próxima do local onde hoje arqueólogos analisam vestígios de cemitério medieval.Na Cevadeira,próximas do Laranjal do Ti Mocas e do Sr. Óscar Salgado havia duas.No canto do Ruço,íamos à fonte com cantarinha louceira e matava-se a sede,em tempo de amêndoas,de "piolhos" e suores dos amendoais. Dando uma volta de 180 graus,visitemos a Fragada do Moita,em cujas faldas fundeiras nos deparamos com bela e fonte do ti Aires, avô de actual autarca conterrâneo. Na sua vizinha Ferrugenta e na Estrecada podem lavar vossos pés empoeirados.Voltando-nos para a Azenha e ao longo do Pido, animais e passantes lavaram suas caras e o ti feijão Pequeno ou a Dª Ester não se importarão! (...)
(...) A montante da Barca,nas Olgas, laterais ao Rio,encontram-se outras águas que brotam de solo barrento,alimentador de olivais e de figos "pichassotes" e beijoqueiras de lábios gastos e de outros mais delicados e juvenis femininos. Subamos mais dois lances de perdiz e no Arda da Casa, cumprimentemos,prazenteira e humilde, mais uma fontinha a escorrer em ardósia... Depois de se respirar no Ar da Casa,dirija-se por carreiros de formigas e de ovelhas até ao Moinho do Sr.Jó,enquanto diz adeus a outras nos moinhos do Sr. Gualdino e Teixeirina,companheira do Ti Chico Espanhol,talvez fruto da guerra civil e do Ti Seis Dedos do Larinho.. Não se esqueça de espreitar a bem emoldurada por 4 ou 5 lajes de xisto a do Estal e recorde O Ti Carrasqueira que tantas vezes sonhou, descansando trabalhos e enchido sua cabaçinha de trazer à cinta em noites de luar e de balidos.. Se não quiser rememorar tantas " levadas" e cereais moídos no Ribeiro dos Moinhos,volte-se para o Valduço e Fonte Salgueiro.Retempere forças mas cuidado não caia dos 4 ou 5 degraus adossados na parede abrigadora da Fonte e dos salgueiros.
Para outro dia ficariam mais umas léguas a percorrer e a salivar. (...) cont,
(...)Retome o passeio e visite na Cuba este escriva e peça-lhe umas boas bêberas e duas de conversa enquanto refresca mãos e garganta em bica pujante á sombra de latada de " quilhão de galo".Meta umas malápias ao bolso pois sempre ajudam.A jornada só acabará no Noguedo do Abel Reino, com as fontes da Meda e da Fábrica de permeio. Ala que se faz tarde!Voltemos à Fonte do Vale, rainha delas,e tire umas fotografias aos canecos de metal, presos por cadeados,não vá algum forasteiro mais descuidado levar água e caneco..mesmo assim Nossa Senhora do Amparo acompanhá-los- à e nós agradecidos também..Vamos até Vale de Ferreiros, circundemos o Cabeço da Mua,por Nascente, e aproveite e recorde o bulício das Minas e dos raparigos no bairro mineiro.Desça devagar que a estrada vai a descer.Se quiser poupar o dinheiro de uma cervejola no Moita vá até à Fonte dos Salgado, logo ali a beijar a estrada. O sol ainda vai alto e ainda tanto para palmilhar.Enquanto a Pinheira espera,dirija-se à antiga Estação e espreite pelo portão do Capitão Marcos e delicie a vista com tanta golfada de precioso líquido,embora pesada do ferro que se lhe vem entranhando desde a Carvalhosa.E que frescura e que segredos de Fulgêncio. Vá-se lá saber.. Levante o cenho e faça peito!Próxima paragem será a Salgueireda e não se esqueça de que na Horta do Ti Polícia também havia boa água e bravos-de-esmolfe. Volva á esquerda e siga o rumo do Campo de Algoso e pergunte no Favacal,nos Pedralves e nas Fontelas se ainda correm no meio dasa regadas e das vinhas.Nuca mais chegamos ao fundo Do Prado, onde mulheres sabedoras lavavam as tripas em dia de matança e os putos, depois da bola corriam sedentos até à Lameiras dos Asnos, com merujens e tudo.. Antes de fecharmos a torneira respiremos fundo.Se ainda tiver força nas canetas suba até ao cimo do Cabeço da Mua e pergunte lá ao Ti António,guardador da Caseta, se não é perigoso espreitar a mina a lavar seu ferro e entranhas em águas altaneiras. Olhe o horizonte até à senhora da Assunção e,no silêncio, vá-se depedindo do curso normal do Nosso Sabor ao mesmo tempo que o imaginará gordinho a espelhar-se em albufeira de barragem que oxalá não afaste mais as rolas e as lontras e as bogas e barbos. Sendo crente ou não não deixe de tirar seu chapéu, admirando e agradecendo ás " Alminhas do Caminho" e a seus donos por nos presentearem de tão bucólica maneira.
E,porque o texto de ontem continha mais de(?)quatro mil e tal caracteres,foi impossível a sua publicação total.Desculpem lá a maçada mas,com tal seca,não virá mal ao mundo se continuarmos com ela nos olhos e na vontade. Talvez não fique tão mal como isso abrir a torna,por se ter perdido em lágrimas de regar terra tão necessitada. Tenteado o rego,retome no Abrulhal,inicialmente do Comendador Francisco António Pires e refastele-se junto do tanque e coma umas cerejas e avelãs se for tempo delas!Como bom rural não ligue a sinais e encurte distâncias.Sente-se uns instantes junto da fontinha da vinha do Capitão Benjamim Almeida,ou do irmão,e recorde infância de petiz e contada em " Combate na Frente Leste"..Se foi militar no ex-ultramar não pense que está na mata pois as oliveiras são suas amigas e símbolo de Paz.Se estiver inclinado para os amores, é só galgar muro desfeito e colha umas amoras nos Lagares do Miranda e de seguida esfregue a gola do pullover com alguma pinga que ainda lá haja. Antes de chegar à Fonte da Nogueira pode dar um saltinho à Eirinha e repare como é cristalina e gelada a da Mina,emoldurada por juvenis pinheiros que hão-de convidá -lo para umas sanchas de Novembro. Está quase na hora de passar á porta do António Manuel Teixeira,amigo a enviar fotos para o Blogue,e repare no Chafariz,encimado por bela cruz ladeada por dois pináculos de base quadrada encimados por duas esferas ovóides de granito.já centenário e cujo poiso era anteriormente mais próximo da esquina a cumprimentar solar do século XVII(hoje Casa do Cimo do Lugar). No caso de querer comprar uns pães no Miguel não se esqueça de admirar O Chafariz,diríamos renascentista(?) de Lamelas.Se for caso de querer tomar banho nas proximidades da ponte lá para os lados da Portela,agradeça com toda a amizade à fonte que tão solidária foi ao longo dos seus dias. Mas recorde -lhe que das muitas suas primas aquela que mais amizade emprestou a gerações e actuais veraneantes se situa a poucos metros da entrada do Bairro dos Barreiros do Felgar, tendo no assento de baptismo " Maria Miga".
Embora passases por algumas que também recordo,mas desse assunto jà foi falado aqui à ums dias,muitos, mas que me parecem poucos abraço Artur e não vou dizer mais nada,da Quaija
Como diz a canção popular..
ResponderEliminarOh Vila Real alegre
Província de Trás - os Montes,
O dia que te não Vejo
Meus olhos são duas fontes.
(...) ou como versejou um felgarense:
Situado entre as duas fontes
No mais formoso Vale,
Rodeado de grandes montes
De beleza sem igual.
Abram-se agora as torneiras da Memória.
A chuva que teima em não vir,pois fugiu a sete ventos,antecipou o adágio" em Setembro ardem os montes e secam as fontes". Ainda assim,no Felgar sempre e continua a haver muitas e belas fontes como a imagem nos revela e a sua companheira.
Iniciemos o percurso com partida na " Olhadela" no sopé da serra Cabreira/Picões.Perto do Castelinho havia duas:uma no laranjal do Sr.Fernandes e outra no da Dª Ester,próxima do local onde hoje arqueólogos analisam vestígios de cemitério medieval.Na Cevadeira,próximas do Laranjal do Ti Mocas e do Sr. Óscar Salgado havia duas.No canto do Ruço,íamos à fonte com cantarinha louceira e matava-se a sede,em tempo de amêndoas,de "piolhos" e suores dos amendoais.
Dando uma volta de 180 graus,visitemos a Fragada do Moita,em cujas faldas fundeiras nos deparamos com bela e fonte do ti Aires, avô de actual autarca conterrâneo.
Na sua vizinha Ferrugenta e na Estrecada podem lavar vossos pés empoeirados.Voltando-nos para a Azenha e ao longo do Pido, animais e passantes lavaram suas caras e o ti feijão Pequeno ou a Dª Ester não se importarão! (...)
(...)
ResponderEliminarA montante da Barca,nas Olgas, laterais ao Rio,encontram-se outras águas que brotam de solo barrento,alimentador de olivais e de figos "pichassotes" e beijoqueiras de lábios gastos e de outros mais delicados e juvenis femininos.
Subamos mais dois lances de perdiz e no Arda da Casa, cumprimentemos,prazenteira e humilde, mais uma fontinha a escorrer em ardósia...
Depois de se respirar no Ar da Casa,dirija-se por carreiros de formigas e de ovelhas até ao Moinho do Sr.Jó,enquanto diz adeus a outras nos moinhos do Sr. Gualdino e Teixeirina,companheira do Ti Chico Espanhol,talvez fruto da guerra civil e do Ti Seis Dedos do Larinho..
Não se esqueça de espreitar a bem emoldurada por 4 ou 5 lajes de xisto a do Estal e recorde O Ti Carrasqueira que tantas vezes sonhou, descansando trabalhos e enchido sua cabaçinha de trazer à cinta em noites de luar e de balidos..
Se não quiser rememorar tantas " levadas" e cereais moídos no Ribeiro dos Moinhos,volte-se para o Valduço e Fonte Salgueiro.Retempere forças mas cuidado não caia dos 4 ou 5 degraus adossados na parede abrigadora da Fonte e dos salgueiros.
Para outro dia ficariam mais umas léguas a percorrer e a salivar. (...) cont,
(...)Retome o passeio e visite na Cuba este escriva e peça-lhe umas boas bêberas e duas de conversa enquanto refresca mãos e garganta em bica pujante á sombra de latada de " quilhão de galo".Meta umas malápias ao bolso pois sempre ajudam.A jornada só acabará no Noguedo do Abel Reino, com as fontes da Meda e da Fábrica de permeio.
Ala que se faz tarde!Voltemos à Fonte do Vale, rainha delas,e tire umas fotografias aos canecos de metal, presos por cadeados,não vá algum forasteiro mais descuidado levar água e caneco..mesmo assim Nossa Senhora do Amparo acompanhá-los- à e nós agradecidos também..Vamos até Vale de Ferreiros, circundemos o Cabeço da Mua,por Nascente, e aproveite e recorde o bulício das Minas e dos raparigos no bairro mineiro.Desça devagar que a estrada vai a descer.Se quiser poupar o dinheiro de uma cervejola no Moita vá até à Fonte dos Salgado, logo ali a beijar a estrada.
O sol ainda vai alto e ainda tanto para palmilhar.Enquanto a Pinheira espera,dirija-se à antiga Estação e espreite pelo portão do Capitão Marcos e delicie a vista com tanta golfada de precioso líquido,embora pesada do ferro que se lhe vem entranhando desde a Carvalhosa.E que frescura e que segredos de Fulgêncio. Vá-se lá saber..
Levante o cenho e faça peito!Próxima paragem será a Salgueireda e não se esqueça de que na Horta do Ti Polícia também havia boa água e bravos-de-esmolfe.
Volva á esquerda e siga o rumo do Campo de Algoso e pergunte no Favacal,nos Pedralves e nas Fontelas se ainda correm no meio dasa regadas e das vinhas.Nuca mais chegamos ao fundo Do Prado, onde mulheres sabedoras lavavam as tripas em dia de matança e os putos, depois da bola corriam sedentos até à Lameiras dos Asnos, com merujens e tudo..
Antes de fecharmos a torneira respiremos fundo.Se ainda tiver força nas canetas suba até ao cimo do Cabeço da Mua e pergunte lá ao Ti António,guardador da Caseta, se não é perigoso espreitar a mina a lavar seu ferro e entranhas em águas altaneiras. Olhe o horizonte até à senhora da Assunção e,no silêncio, vá-se depedindo do curso normal do Nosso Sabor ao mesmo tempo que o imaginará gordinho a espelhar-se em albufeira de barragem que oxalá não afaste mais as rolas e as lontras e as bogas e barbos.
Sendo crente ou não não deixe de tirar seu chapéu, admirando e agradecendo ás " Alminhas do Caminho" e a seus donos por nos presentearem de tão bucólica maneira.
Publiquem mais fotos da freguesia do Felgar para para ler os belissimos comentários de Artur Salgado.
ResponderEliminarE,porque o texto de ontem continha mais de(?)quatro mil e tal caracteres,foi impossível a sua publicação total.Desculpem lá a maçada mas,com tal seca,não virá mal ao mundo se continuarmos com ela nos olhos e na vontade.
EliminarTalvez não fique tão mal como isso abrir a torna,por se ter perdido em lágrimas de regar terra tão necessitada.
Tenteado o rego,retome no Abrulhal,inicialmente do Comendador Francisco António Pires e refastele-se junto do tanque e coma umas cerejas e avelãs se for tempo delas!Como bom rural não ligue a sinais e encurte distâncias.Sente-se uns instantes junto da fontinha da vinha do Capitão Benjamim Almeida,ou do irmão,e recorde infância de petiz e contada em " Combate na Frente Leste"..Se foi militar no ex-ultramar não pense que está na mata pois as oliveiras são suas amigas e símbolo de Paz.Se estiver inclinado para os amores, é só galgar muro desfeito e colha umas amoras nos Lagares do Miranda e de seguida esfregue a gola do pullover com alguma pinga que ainda lá haja.
Antes de chegar à Fonte da Nogueira pode dar um saltinho à Eirinha e repare como é cristalina e gelada a da Mina,emoldurada por juvenis pinheiros que hão-de convidá -lo para umas sanchas de Novembro.
Está quase na hora de passar á porta do António Manuel Teixeira,amigo a enviar fotos para o Blogue,e repare no Chafariz,encimado por bela cruz ladeada por dois pináculos de base quadrada encimados por duas esferas ovóides de granito.já centenário e cujo poiso era anteriormente mais próximo da esquina a cumprimentar solar do século XVII(hoje Casa do Cimo do Lugar).
No caso de querer comprar uns pães no Miguel não se esqueça de admirar O Chafariz,diríamos renascentista(?) de Lamelas.Se for caso de querer tomar banho nas proximidades da ponte lá para os lados da Portela,agradeça com toda a amizade à fonte que tão solidária foi ao longo dos seus dias.
Mas recorde -lhe que das muitas suas primas aquela que mais amizade emprestou a gerações e actuais veraneantes se situa a poucos metros da entrada do Bairro dos Barreiros do Felgar, tendo no assento de baptismo " Maria Miga".
Embora passases por algumas que também recordo,mas desse assunto jà foi falado aqui à ums dias,muitos, mas que me parecem poucos abraço Artur e não vou dizer mais nada,da Quaija
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