![]() |
Foz do Sabor -Fotografia de Leonel Brito |
quinta-feira, 31 de julho de 2014
"Farrapos de Memórias" dá as boas-vindas a Teresa Martins Marques
No dia 21 de Julho último, o blogue fez quatro anos. Ao
longo deste período já foram publicados 4.996 posts, que originaram 13.248
comentários e 1.082.564 visualizações de páginas. O blogue conta ainda com 129
seguidores e tem também uma página no Facebook com 4.344
"amigos"(dados de 21/07/14).Acompanhamos a Diáspora com leitores em
82 países.
O nosso espaço era e é as Terras de Riba-Côa, o Nordeste
Transmontano e o núcleo de leitores espalhados por todo mundo. Os temas eram e
são locais, divulgando textos, documentos, eventos, fotografias,
abrindo sempre novos caminhos. Durante este mês vamos iniciar os
novos percursos que queremos percorrer. Contamos com os "velhos"
colaboradores; sem os quais este blogue não seria diferente de
muitos outros que conhecemos.
A partir de hoje o "Farrapos de Memória" abre uma
nova janela. Teresa Martins Marques (ver c.v.)escreve sobre a cultura em geral
,a vida, a política e casos do quotidiano. A maioria destes textos foi já
publicada na sua página do facebook: https://www.facebook.com/teresa.martinsmarques?fref=ts
Foi com orgulho e grande satisfação sabermos que a Teresa
aceitou o nosso desafio.
A LITERATURA E A LEI DE LAVOISIER
Texto de Teresa Martins Marques
Teresa Martins Marques, no Café Majestic, na apresentação do seu romance "A Mulher que Venceu Don Juan" |
A literatura é um dos domínios em que se verifica a Lei de Lavoisier: nada se
perde, tudo se transforma. Se tivermos a sorte de possuir um exemplar do
esgotado «Imagens da Poesia Europeia» de David Mourão- Ferreira nele
encontraremos inúmeras poesias ligadas aos estados timéricos, eixos axiais da
psique humana, manifestados como melancolia, angústia, ansiedade, medo.
A melancolia, ligada ao declínio do homem, vai DMF salientá-la na voz do poeta
Mimnermo, o primeiro mestre da elegia amorosa:
Cantou o amor, o prazer, e principalmente a juventude, cuja perda se lhe
afigurava o pior da flagelos reservados ao homem. Utilizou igualmente a
comparação homérica, já nossa conhecida, entre os homens e as folhas das
árvores – mas para dela retirar a conclusão melancólica e derrotista, que não
se encontrava no texto de Homero . (IPE:55)
O trecho de Homero visado por DMF é o diálogo do Canto VI da Ilíada, entre o
guerreiro aqueu Diomedes e o guerreiro troiano Glauco, tendo este, nesse
momento, a palavra:
Que importa, Diomedes, qual a minha linhagem? /A geração dos homens é igual à
das folhas. /Se o vento arranca algumas e no chão as espalha, /Ao vir a
Primavera logo nascem mais outras. /E dos homens diremos que são como a
folhagem…(IPE:28)
Mimnermo vai intextualizar este trecho homérico, mas enquanto na Ilíada a
Primavera traz novos motivos de esperança, Mimnermo vai interpretar a Primavera
lamentando a sua brevidade, como símile da vida humana, e como DMF observou,
acrescentando à leitura homérica a dimensão da melancolia:
Como as folhas que brotam /Na Primavera em flor / E crescem rápidas à luz do
Sol, /Assim é que nós somos; /Como essas folhas por exíguo prazo /podemos fruir
da juventude em flor, /desconhecendo, por divina graça, /quer o mal quer o bem.
/A cada lado estão as negras Parcas: /traz uma a cruel velhice, a outra a
morte. /Da juventude o fruto dura muito pouco, /não mais que sobre a terra a
luz do Sol; /e quando passa a plenitude desse tempo /é então melhor morrer do
que viver. (IPE:55)
Dentro da mesma linha melancólica, afirmando a inutilidade de uma vida sem
amor, Mimnermo deixou-nos também o poema da “Afrodite de Ouro “, com carácter
pioneiro, que lhe terá valido a posteridade, segundo Robert Brasillach, citado
por DMF.” O que ele disse foi, sem dúvida, o primeiro a dizê-lo na Grécia, e é
por isso que este encantador poeta do prazer não foi jamais esquecido pelos
seus.”
Sem a Afrodite de ouro, /que vida existe, ou que doçura? /Melhor morrer, quando
eu não mais tiver /os amores secretos e os presentes /de puro mel e o leito:
/porque da juventude breves são as flores /para homens e mulheres. /Quando
chega a velhice dolorosa /que os belos homens torna repulsivos, /cruéis
preocupações desolam a alma: /o homem não mais se alegra olhando a luz do Sol, /mas
é odioso aos jovens /e objecto de desprezo das mulheres: /de tantos males deus
cobre a velhice. (IPE:56)
Horácio partirá da evidência da brevidade da vida, do tempo que voa, e
insistirá na focalização do presente: “carpe diem” recomenda a Ode XI do Livro
I, mais conhecida por «Ode a Leuconóe», um dos pontos mais altos da lírica
horaciana, como forma de debelar a angústia da perecibilidade, erodindo o
pensamento sobre o futuro, jogando tudo no presente, no colher do dia:
Não procures, Leuconóe, - ímpio será sabê-lo - /que fim a nós os dois os deuses
destinaram; / não consultes sequer os números babilónicos: /melhor é aceitar! E
venha o que vier! /Quer Júpiter te dê inda muitos Invernos, /quer seja o
derradeiro este que ora desfaz /nos rochedos hostis ondas do mar Tirreno, /vive
com sensatez destilando o teu vinho /e, como a vida é breve, encurta a longa
esp’rança. /De inveja o tempo voa enquanto nós falamos: /trata pois de colher o
dia, o dia de hoje, /que nunca o de amanhã merece confiança. (IPE:222)
O tópico do “carpe diem” foi, como é sabido, incessantemente retomado na poesia
europeia. É particularmente interessante o tratamento que lhe concedeu Marcial
no epigrama V, 58, reflectindo reiteramente, na impossível interrogação, a
angústia de não-saber, de não-conhecer o fim. Por isso o presente não é o que
se deseja, é o que resta e que é urge viver:
“Amanhã”, dizes tu.”Viverei amanhã”. /Quando virá, porém, esse tal amanhã? /Ah!
que sabemos nós do dia de amanhã? /Em que reino se esconde o rosto de amanhã?
/Que idade tem ao certo o vulto de amanhã? /É coisa que se venda? È coisa que
se compre? /Que certeza tens tu de estares vivo amanhã? //Tarde já é viver no
próprio dia de hoje. /Mais sábio é começar a viver desde ontem. (IPE:279)
Se recuarmos no tempo e atentarmos nalguns exemplos do legado egípcio dos
«Cantos de harpista» encontramos a mesma melancolia e o mesmo homem, que sente
que é preciso colher o dia, antes que o sol definitivamente se ponha. Luís
Manuel de Araújo esclarece-nos, a esse respeito, sobre a civilização egípcia:
Se o Além era atempadamente preparado, a vida terrena devia ser, para quem
naturalmente o podia fazer, consumida em plenitude. Havia que gozar os dias
antes que a grande jornada rumo ao outro mundo, e os designados «cantos de harpista»
bem exortam à fruição do bem-estar.
O trânsito das gerações, que vimos referenciado em Homero e retomado
sucessivamente ao longo da história literária estava já também no «canto do
harpista» (c. 2100 a.C) que a seguir transcrevo. Este belo poema é dominado
pela lúcida melancolia da passagem, pela perecibilidade de tudo, colocando-se a
tónica na vida terrena, no aqui e agora, não porque não se creia na vida depois
da morte, mas porque dela nada se sabe verdadeiramente, como diria muito mais
tarde Marcial, já que em literatura é impossível pensar como nunca ninguém
antes pensou. Tudo transita e tudo regressa em perene reificação. Só o homem
não regressa. O harpista é peremptório: “nenhum dos que partiram regressou.”
As gerações vão passando, outras ficam, / e assim é desde o tempo dos
antepassados. / Os deuses de antigamente repousam nas suas pirâmides / e também
os ilustres nobres /estão sepultados nos seus túmulos. /Outros construíram
túmulos /mas esses sítios desaparecerem. /Que é feito deles? /Ouvi os
ensinamentos de Imhotep e de Djedefhlor, /cujas palavras são citadas
duradoiramente. /Onde estão as suas moradas? /As suas paredes ruíram, os seus
lugares desaparecerem, /como se nunca tivessem existido. /Ninguém vem do Além
para dizer o que é feito deles, /para contar as suas necessidades, /para
sossegar o nosso coração, /até partirmos para o lugar onde eles estão. /Por
isso alegra o teu coração, esquece isso e aproveita. /Segue os teus desejos
enquanto viveres! /Põe mirra na tua cabeça e veste-te de fino linho, /unge-te
com os óleos feitos para o deus. /Aumenta o teu bem-estar, /não deixes o teu
coração desfalecer! /Segue o teu coração e a tua felicidade. /Enquanto viveres
na terra, faz o que o teu coração deseja! /Quando chegar o teu dia das lamentações
fúnebres, /Osíris, o do coração cansado, não escutará os lamentos, /o choro não
livra ninguém do túmulo! /Goza, faz um dia feliz, não tenhas problemas!
/Repara, nunca ninguém levou os seus bens consigo. /Repara, nenhum dos que
partiram regressou.
Teresa Martins Marques
Maria Teresa Martins Marques Faria e Silva
Maria Teresa Martins Marques Faria e Silva é investigadora
integrada no Centro de Literaturas e Culturas Lusófonas e Europeias da
Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, faculdade na qual se
licenciou em Filologia Românica (1975) e obteve o mestrado em Literatura
Portuguesa Moderna e Contemporânea (1992). Dirigiu a organização do espólio
literário de David Mourão-Ferreira (Ministério da Educação/Fundação Calouste
Gulbenkian), autor/tema da sua tese de doutoramento. Dirigiu e prefaciou a
Edição das Obras Completas de José Rodrigues Miguéis no Círculo de Leitores (13
volumes, entre 1994 e 1996) e dirigiu uma nova edição da Obras Completas
deste escritor, na Editora Assírio & Alvim. Colaboradora da Colóquio-Letras, Jornal
de Letras, Mealibra, Escritor, Atântida.
Para além de diversos ensaios incluídos em volumes coletivos, cita-se a
seguinte produção literária publicada em livro: O Imaginário de Lisboa
na Ficção Narrativa de José Rodrigues Miguéis, Lisboa, 1994; Leituras
Poliédricas, Estudos de Literatura Portuguesa, Lisboa, 2002. Os seus
principais estudos incidem sobre Cesário Verde, Gomes Leal, Raul Brandão,
Vitorino Nemésio, José Régio, José Rodrigues Miguéis, Eugénio Lisboa, João de
Melo.
Fonte:http://www.clepul.eu/Ptg/ViewPerson/22
Porque estou aqui, mãe!, por Amadeu Ferreira
Barragem de Bemposta . |
Muitos anos mais tarde, quando Amadeu é já um militante com grandes responsabilidades na UDP, escreverá o texto que a seguir se transcreve, o qual mostra a realidade nua e crua da sua infância, ajudando a mãe a vender produtos na barragem de Bemposta ( Teresa Martins Marques)
Porque estou aqui, mãe!
«Manhã cedo, espio o mercado. Deu-me para ver o que as pessoas compram. As mulheres vão saindo umas atrás das outras, sacos cheios, sacos vazios – sacos ricos, sacos pobres, tal pessoa tal saco. Passa agora uma camponesa, tem aspecto disso: serapilheira na mão, com uma folha de couve a espreitar no fundo dum buraco, um naco de broa assoma os dentes pela boca do saco. É um saco sujo, roto, um saco de serapilheira, um saco duro agarrado por mão dura – tal pessoa, tal saco; tal saco, tal pessoa. Sim, é uma camponesa – trabalha a terra dos outros – eu deveria dizer, assalariada. O seu aspecto o diz. As pernas grossas e roxas enfeitadas de varizes arrastam umas socas barulhentas; a saia grossa a encobrir as ancas robustas do trabalho; os seios enormes sob a camisola suja que já deve ter sido branca; o rosto duro, a testa alta por sobre uns olhos lindos que parecem metidos no fundo dum poço, a boca larga, os lábios grossos e muita ruga a nascer por todo o lado. Deve ter 30 anos, quem não conhecesse as camponesas dava-lhe 40 ou mais. E lá vai, serapilheira na mão, sob a névoa da manhã, um dia de trabalho a espera, um dia longo, duro e mal pago.
Seguem-se outras mulheres, e outras e outras. É uma procissão que entra pela névoa adentro. Tal pessoa, tal saco; tal saco tal pessoa. E cismo nos meus tempos de criança quando, com a minha mãe, ia à barragem de Bemposta vender coisas. Devia ter os meus 7, 8 anos. Saíamos pelas 3 ou 4 da manhã. Uma cesta de figos, umas uvas, couves, nabiças, feijão – um pouco de tudo levávamos na burra para vender na barragem. Chegávamos lá ao romper do dia, 6 e meia, 7 horas. Íamos de porta em porta àquelas casas de madeira penduradas na encosta do Douro. Às portas dos operários - a gente mais pobre que já vi na minha vida, aqueles operários! E lá vinham as mulheres dos operários e os filhos que hoje devem ter a minha idade e devem ser operários aí em qualquer lado. O ciclo repete-se. Talvez as suas mulheres saiam agora aqui do mercado da Régua.
E rodeavam a burra, perguntavam o preço, regateavam, discutiam, praguejavam e compravam um repolho, um molhinho de nabiças, meio quilo de figos…
Eu segurava a burra pela rédea e seguia tudo atentamente. Davam-me ganas de lhes encher os sacos por nada.
– Tu fazias o peso e lá ia eu no fim deitar sempre mais um pouco, como se me parecesse pouco, e tu batias-me na mão – lembras-te mãe?– E ralhavas-me:
– Para a próxima não tornas a vir comigo, e eu virava a cara envergonhado.
Depois íamos ao bairro dos engenheiros e lá vinham as mulheres envoltas em roupões, chinelos bem quentes, cara de desprezo com as pinturas a escorrer sono, davam-me vómitos. Achavam sempre tudo muito caro e troçavam de nós. Lembras-te, mãe, chamavam-nos “palhantros”, e tu calavas-te, mas a raiva subia-nos dentro do peito, tão grande ódio que nunca nos saiu cá de dentro. Apetecia-me atirar-me a elas, tirar-lhes tudo e deitá-las ladeira abaixo. Estava sempre a dizer-te:
– Mãe, porque não vamos para o outro lado, mais para baixo?.
Elas riam-se de nós e pagavam as coisas com desprezo como quem atira os restos da comida a um cão. E dizia-te ao ouvido:
– O rio havia de crescer tanto que havia de levar estas vacas todas! – Lembras-te mãe?
Tu apenas respondias:
– Puxa a burra, senão levas na cara.
Era a tua raiva, o teu ódio que explodia assim, muitas vezes era eu o bode espiatório e a burra ainda mais. Pobre burra, muita pancada levou à conta das mulheres dos engenheiros!
Era já por volta do meio-dia quando regressávamos a casa. Então tu davas-me um bocado de pão que levavas no bolso do avental, mas tu não comias. Contavas o dinheiro: quando chegava perto dos 100$00 ficavas muito contente e depois atavas esse dinheiro na ponta do lenço e metia-lo entre os seios. Lembro-me como se fosse hoje. E passavas o caminho a praguejar contra as mulheres dos engenheiros.
Quanto eu aprendi nessas viagens, nessas idas à barragem! Lembro-me delas todas como se fosse hoje. Até daquela vez que a mulher dum engenheiro, ou lá o que era, toda bem posta que te atirou com um molho de couves à cara, porque lhe pediste 1$50 por ele – lembras-te? Disseste-lhe tanta coisa e choraste de raiva, de ódio – lembras-te, mãe? Eu lembro-me bem, e chorei por te ver chorar a ti. Sabes, mãe, ainda não esqueci essas coisas, esse ódio, essa raiva estão bem cá dentro, bem fundo e agora ao ver sair estas mulheres do mercado da Régua, esse ódio salta e faísca-me nos olhos, aperta-se-me nos dentes, como se andasse a puxar a burra pelos bairros da barragem de Bemposta.
Mãe, tu não sabes que estou aqui, manhã cedo, à porta do mercado da Régua. Também não sabes porque estou aqui. Mas é simples: estou aqui porque o ódio que se foi acumulando em mim durante tanto tempo, o ódio que herdei de ti, ainda o tenho. Mas agora é um ódio maior, mais forte, é diferente, tem outra qualidade. É uma força que me faz lutar e esta luta é a principal razão da minha vida. O estar aqui também o devo a ti, mãe. Essa força já a bebi com o teu leite e agora circula no meu sangue. É por ti que estou aqui, por ti, minha mãe, camponesa de mãos duras, olhos lindos e rosto emoldurado em rugas. Eu vejo-te em muitas destas mulheres que saem com os seus sacos do mercado. Na tua vida leio a vida delas – tão dura, tão negra. Antes, quando ia contigo à barragem de Bemposta não sabia porque tudo isto era assim. Agora sei. É por isso que estou aqui, mãe!»
Amadeu Ferreira
Nota do editor: O texto é dos inícios dos anos 80 do séc.passado.A fotografia é dos Arquivos do blog.
quarta-feira, 30 de julho de 2014
Festival Intercéltico de Sendim (FIS)
![]() |
Banda de Gaites El Trasno" |
Quinze anos passados sobre a primeira edição, o Festival
Intercéltico de Sendim (FIS) assume-se como uma "referência da música folk
no país" e como uma iniciativa cultural que saiu de uma "ousadia um
pouco louca".
"Há 15 anos, aquilo que parecia ser uma ousadia um
pouco louca, dado que se tratava de realizar um festival de música fora dos
grandes centros, numa zona que à data estava condicionada pelos acessos, quando
demos por ela, o FIS era já uma referência na zona transfronteiriça do Norte de
Portugal e Castela no que respeita à música folk", disse hoje à agência
Lusa o diretor do festival, Mário Carreia.
O FIS começa na sexta-feira em Miranda do Douro e termina no
domingo em Sendim, uma vila do mesmo concelho.
Na opinião dos mentores da iniciativa, apesar de alguns
condicionalismos geográficos e de infraestruturas e outros equipamentos, o FIS
é o exemplo de uma loucura muito saudável por terras transmontanas.
"As pessoas vieram, as pessoas acreditaram e
fidelizaram-se ao festival, e vêm desfrutar da terra, da paisagem, da cultura,
da gastronomia ou do espirito de aventura", acrescentou.
Quando se estava no ano de 2000, altura em que se arrancou
com o festival, a organização do FIS reconhece, que este tipo de iniciativa não
era "muito comum" por estes territórios, " agora há vários tipos
de iniciativas viradas para música folk e tradicional que acontecem um pouco
por toda a região.
"O que é certo, é que Sendim surge à cabeça dessa
tendência e as pessoas fidelizaram-se ao festival", remata Mário Correia.
Pelo FIS já passaram nomes sonantes da folk como os Altan,
Kepa Junkera, Hevia, Oysterband, Milhadoiro, Né Ladeiras, Brigada Vitor Jara,
Galandum Galundaina, entre outros.
O Largo D. João III, em Miranda do Douro, acolhe pela
primeira vez a abertura do festival (sexta-feira) com as atuações dos escoceses
Calum Stewart & Heikki Bourgault e dos portugueses Ginga.
Já no segundo dia, e de regresso a Sendim, os castelhanos
Celtas Cortos marcarão presença no festival, sendo que a formação era aguardada
há alguns anos na festa da folk ibérica.
Passarão ainda pelo Palco das Eiras (Sendim) - nos únicos
concertos com entradas pagas - os escoceses Calum Stewart & Heikki
Bourgault, bem como os cantábricos Cahórnega e a tão "surpreendente como
inovadora
Banda de Gaites El Trasno", proveniente das Astúrias.
Para além da música haverá uma série de atividades paralelas
que preencherão os " tempos mais mortos do festival e que vão desde a
apresentação de livros até à evocação de antigos gaiteiros.
Dada a sua "vitalidade " o FIS vai integrar uma
rede europeia de festivais dedicados à música de raiz folk e tradicional que
engloba seis países composta por festivais que acontecem em Portugal, Espanha,
França, Itália, Irlanda e Inglaterra que vai integrar de forma experimental
este novo conceito.
A 15ª edição do FIS, organizada pela Sons da Terra e com
apoios institucionais da Câmara de Miranda do Douro, Junta de Freguesia de
Sendim e Governo do Principado das Astúrias.
Lusa
segunda-feira, 28 de julho de 2014
A MULHER QUE VENCEU DON JUAN - em Moncorvo
![]() |
Padre Victor na Igreja Matriz de Torre de Moncorvo. Fotografia de Filipe Calado |
A senhora Adelina teve o gosto de assistir ao casamento do seu filho no
registo civil, em Lisboa, e até mudou de opinião sobre o valor indiscutível do
casamento religioso que não tinha garantido nenhuma bênção de felicidade à nora.
Mas, lá bem no fundo do seu coração de
mãe, tinha desejado outra coisa e não podia compreender por que motivo as pessoas só podiam casar-se uma
única vez pela Igreja. Logo agora que tinham lá aquele padre Victor, um rapaz novinho, que
entusiasmava novos e velhos, a Igreja sempre cheia. Aquela gente
ia à missa como quem vai para uma festa.O padre era músico, tinha gravado um
CD, que foi aproveitado para banda sonora de uma telenovela. Nunca se vira uma
coisa assim por aqueles lados. Ai, graças a Deus!
Fonte: A MULHER QUE VENCEU DON JUAN de Teresa Martins Marques,Editora Âncora.
Nota do editor: O livro será apresentado por José Mário Leite ,sexta,1 de Agosto,pelas 21 horas,na Biblioteca Municipal de Torre de Moncorvo.
domingo, 27 de julho de 2014
ALFÂNDEGA DA FÉ - "Corpo sem Chão"
VER: http://lelodemoncorvo.blogspot.pt/2013/10/amelinha-foi-ao-felgar.html
http://lelodemoncorvo.blogspot.pt/2010/08/amelinha-de-vilar-chao-anos-40.html
Entrevista com Alfredo Peixe em:http://www.youtube.com/watch?v=1vKa2976KWU
As voltas que o Face dá, por Nuno Barraco
As voltas que o Face dá
Estando eu por Torre de Moncorvo na passada semana, eis que
decidi postar no Facebook uma foto tirada nos Sabores da Vilariça, onde
mostrava algumas abóboras decorativas.
Entre vários “gostos” e comentários, houve um que suscitou um
episódio curioso. Então não é que um “amigo” da Terrugem, no concelho de Elvas,
foi peremptório a aconselhar-me: “Nuno, vai a Carviçais comer a posta no Artur,
que é a melhor posta do mundo!”.
Pois bem, momentos antes de ter sido publicado este
comentário tinha mesmo estado a almoçar no restaurante “O Artur” e confirmo: a
posta no Artur é mesmo a melhor do mundo!
As voltas que o Face dá…
Nuno Barraco
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=758831034180012&set=a.301098646619922.74750.100001593661298&type=1&theater
![]() |
A mão do mestre Artur. Fotografia de Filipe Calado |
sábado, 26 de julho de 2014
Carrazeda de Ansiães - Coleja (1939)
TORRE DE MONCORVO - ARQUIVO MUNICIPAL
O Arquivo Municipal, situa-se num edifício contíguo à Biblioteca Municipal. Entrou em funcionamento em 2002, tendo as obras de construção sido financiadas pelo PARAM (Programa de Apoio à Rede de Arquivos Municipais).
É constituído por dois espaços, sendo um para tratamento documental, e outro para depósito da documentação.
A gestão documental encontrava-se dificultada pela dispersão dos documentos em vários edifícios, razão pela qual o Município decidiu a agregação destes documentos num só espaço, sob a gestão de pessoal qualificado.
Texto de divulgação do Arquivo Municipal
A OBRA DO RESGATE DOS MARRANOS EM LAGOAÇA,por António Pimenta de Castro
Como é sabido de
todos, Lagoaça foi sempre terra com muitos judeus e, após o decreto de
expulsão, publicado em 1496, em que deixaram de existir oficialmente, judeus em
Portugal, o culto manteve-se, sobretudo nas zonas mais afastadas do nosso país,
como é o caso de Lagoaça, Freixo de Espada à Cinta, Vilarinho dos Galegos,
Carção, Argozelo, entre muitas outras, só para falar de povoações transmontanas.
Começa assim, a época dos criptojudaísmo, ou seja, praticavam o culto judaico
às ocultas. Quem não se convertesse “oficialmente” ao cristianismo teria de
sair do país, indo assim criar riqueza por esse mundo além. Quem ficou,
oficialmente eram os chamados cristãos-novos, praticando, no recato seu lar, ou
no de correligionários, o culto hebraico, em muito segredo. Depreciativamente,
começaram a chamar-lhes marranos. Como escreveu o meu amigo João Guerra: “A degradação das comunidades judaicas
portuguesas acontece progressivamente, sobretudo a partir de 1536, quando é
estabelecida a Inquisição.
Agora, a sobrevivência das comunidades judaicas, enquanto tal, impunha
a preservação da sua religião e identidade, enfrentando e adaptando-se às novas
circunstâncias de perseguição e terror. Assim, os judeus (marranos)
portugueses, vivem o judaísmo possível, observado religiosamente na medida que
lhes é possível, com um inequívoco sentido de identidade. Este processo passou
por uma atitude de comunidade. Foram inventadas formas subtis e engenhosas de preservar
e praticar a religião e tradições judaicas, ocultando essas práticas ao mundo
alheio, transmitindo-se entre famílias de geração em geração até aos nossos
dias”[1].
Após séculos de
discriminação, perseguição e tortura, em 1821, a Inquisição foi extinta, não
querendo isso significar que o preconceito anti-judaico, deixasse de existir,
mesmo em Trás-os-Montes, onde eram numerosas os criptojudeus. A mentalidade
muda muito lentamente…O liberalismo e, mais tarde, a República, aliviaram algum
sufoco quer físico, quer sobretudo psicológico em que viveram as nossas
comunidades judaicas (marranas), procurando estas afirmarem-se como tal,
continuando, no entanto a manter um rigoroso secretismo, marca que ficou gravada
na sua memória colectiva, pela Inquisição, até aí sempre omnipresente e
omnipresente. Esse medo fez-se sentir muito para lá da sua extinção, e, em
certa medida, ainda hoje está presente no subconsciente de muitos descendentes
de judeus.
No
século XX, deu-se ao crescimento da população judaica em Portugal, não só pela
vinda de estrangeiro, à medida que o nazismo e o fascismo se iam instalando,
mas, sobretudo, e é isso que mais nos interessa, pela OBRA DO RESGATE, fundada
por um judeu português, o capitão Barros Basto (Ben-Rosh). Esta obra, destinava-se
a restituir ao judaísmo português a grandeza de outros tempos, ajudando a: “resgatar as suas comunidades do cativeiro
físico de dispersão e isolamento do mundo judaico e sobretudo do cativeiro
espiritual para onde séculos de perseguições e clandestinidade os haviam
atirado (…) A comunidade israelita do Porto foi fundada em 1923 pelo capitão
Barros Basto. Também fruto do movimento judaico da “Obra do Resgate” foram
constituídas formalmente nos anos 20 e 30 as comunidades judaicas de Bragança,
Covilhã e Pinhel, as mais importantes, Macedo de Cavaleiros, Castelo Branco e
outras, e ainda numerosas juntas judaicas (como a de Lagoaça, que falarei
mais adiante), em aldeias e vilas do
Nordeste, Douro e Beiras. (…) O infame processo contra o capitão Barros Basto e
a perseguição do “Estado Novo” ao movimento da “Obra do Resgate”, levou a que
nos anos 40 as sinagogas de judeu marranos fechassem as suas portas uma a uma,
e as comunidades se desagregassem como instituições organizadas[2]”.
Antes
de falarmos especificamente de Lagoaça, não quero esquecer o grande estudioso
do judaísmo, nomeadamente nordestino, chamado Amílcar Paulo, com profundas
raízes na vizinha freguesia de Fornos. Também o Abade de Baçal, no V volume,
fala nos judeus de Lagoaça.
Para
não vos enfadar mais, vamos a Lagoaça.
Na sinagoga do Porto, situada na rua Guerra
Junqueiro, o capitão Barros Basto, criou uma “escola” yechiva, onde vários
alunos aprendiam o judaísmo correcto e, após a sua formação, eram distribuídos
pelas várias comunidades, sobretudo do interior do pais, para aí ensinarem os
judeu marranos o autêntico judaísmo. Para esta zona de Trás-os-Montes veio o
Reverendo Moisés Abrantes, natural da Beira (do Fundão ou da Covilhã). Eu tive
o privilégio de conhecer pessoalmente o Moreh Rev. Moisés Brito Abrantes. Foi
num encontro histórico, realizado em Trancoso, nos finais dos anos 80, sobre os
judeus nas Beiras. Nas apresentações, eu referi que vivia em Mogadouro. Foi
então que vi um ancião de cabelo completamente branco que, ao ouvir a minha
residência, arregalou os olhos, num misto de espanto e de saudades. Então, num
intervalo, ele disse-me “-Sabe? Eu já ensinei em Lagoaça e Vilarinho dos
Galegos…”. Fiquei espantado…e, logo trocamos endereços e telefones. Soube, mais
tarde que tinha uma livraria no Fundão (onde então residia) e que tinha vários
livros publicados. Mandei vir os seus livros, pois pensava que falariam da sua
experiência nas nossas terras mas, para desgosto meu eram de poesia…Penso que Deus
já o levou para junto de si…
Quero partilhar
convosco a noticia do jornal da comunidade judaica do Porto (Ha-Lapid),
integrado no movimento da “Obra do Resgate”, publicado em 1934 ”- OBRA DO RESGATE EM TRÁS-OS-MONTES” – No
dia 18 de Outubro passado partiu para Trás-os-Montes, como missionário da “Obra
do Resgate” o Moreh Rev. Moisés Brito Abrantes.
Em Lagoaça aguardavam a sua chegada muitos
marranos (cristãos-novos), apesar de ser dia de trabalho, e entre eles a
família dos Talmidim, por estes avisados.
Fez em várias casas de marranos orações e
homilias, esforçando-se e conseguindo reavivar a fé dos nossos antepassados já
um tanto amortecida. Ali formou uma junta judaica e seguiu para Vilarinho dos
Galegos onde criou duas escolas: uma para meninas, frequentadas por cerca de 20
alunas e outra para rapazes, frequentada também pelo mesmo número de alunos.
Às suas orações, parte em português, parte
em hebraico, assistiam normalmente cerca de 80 pessoas, em média. As orações
eram finalizadas por homilias nas quais fornecia o conforto espiritual.
Fadou em acto solene as seguintes meninas:
Lucinda D’Almeida, Raquel Davim, Cândida D’Almeida, Raquel Guilhermina Lopes,
Ester Branca Rodrigues e Ernestina Branca.
Na sua qualidade de preceptor israelita
visitou as povoações de Vilar do Rei, Vila D’Ala, Mogadouro e Fornos, nas quais
falou com vários marranos.
A 23 de Janeiro regressou ao Porto, tendo
sido saudosamente sentida a sua partida sobretudo em Vilarinho dos Galegos,
lugar em que mais se demorou.
As juntas ficaram assim constituídas:
LAGOAÇA
Presidente – Acácio D’Oliveira
Secretário- Manoel Augusto Carpinteiro
Tesoureiro- Acúrcio Moreira
VILARINHO DOS GALEGOS
Presidente- Manoel Lopes Rodrigues
Secretário – Francisco José Rodrigues
Tesoureiro- Artur Augusto Rodrigues”
A parte mais
importante das habitações da gente judaica (sendo, possivelmente as mais ricas)
eram no Bairro de Cima (na zona da Rebola), a da gente mais modesta (mas muitos
também eram descendentes de judeus) no Bairro de Baixo, também conhecidos,
creio, que por “penicheiros”. Conheço um amigo meu que ia, quando estava em
Trás-os-Montes, celebrar o Shabbat a Lagoaça com um seu amigo, que praticava o
judaísmo, mas que, infelizmente já faleceu. Espero ter contribuído, com este
meu modesto trabalho, para se fazer alguma LUZ sobre a história dos judeu
marranos de Lagoaça. SHALOM
Por: António Pimenta de Castro
sexta-feira, 25 de julho de 2014
Torre de Moncorvo - Mudam os tempos...
Fotografia a preto e branco -Felgar,Fevereiro de 1974.Leonel Brito
Fotografia a cores - Foz do Sabor ,Julho de 2014.Leonel Brito
Amadeu Ferreira e Luís Borges homenageiam o Norte em textos e imagens deslumbrantes
Amadeu Ferreira, um dos principais responsáveis pelo reconhecimento e divulgação da língua mirandesa, junta o talento para a escrita às magníficas fotografias de Luís Borges na obra Norteando, que é lançada na próxima terça-feira, 29 de Julho, pelas 18:30 horas, no El Corte Inglés de Lisboa.

Em Norteando, Amadeu Ferreira e Luís Borges juntam os seus talentos e a paixão de ambos por Trás-os-Montes, o que resulta numa obra “de cortar a respiração”. Luís Borges captou fotografias únicas, que dão a conhecer a beleza da fauna e da flora nortenhas, o gado e seus pastores, paisagens deslumbrantes, a geometria das refrescantes gotas de água do Verão e dos cristais que se formam no Inverno, homens e mulheres em trabalhos do campo e da casa já quase esquecidos, as tradições do Entrudo, monumentos perdidos no tempo, o sorriso de rostos enrugados. Amadeu Ferreira deu voz a essas imagens, escrevendo textos, ora em prosa, ora em verso, a maioria em português, alguns em mirandês, que são um verdadeiro deleite e um importante registo de memórias.Norteando é também, assim, um apelo à preservação da natureza e das tradições.
Amadeu Ferreira (1950, Sendim, Miranda do Douro) é vice-presidente da CMVM – Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, presidente da ALM – Associaçon de Lhéngua i Cultura Mirandesa e professor convidado na Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa.
Autor e tradutor de uma vasta obra em português e em mirandês (sob diferentes pseudónimos), segunda língua oficial de Portugal, reconhecida há 15 anos pela lei 7/99 de 29 de Janeiro.
Entre as traduções para a língua mirandesa, destacam-se Os Lusíadas, de Luís Vaz de Camões, e uma edição comemorativa dos 25 anos de Os Lusíadas em banda desenhada, de José Ruy, o autor português de BD com o maior número de álbuns publicados, com quem também colaborou nos álbuns Mirandês – História de uma Língua e de um Povo e a correspondente versão em mirandês. Traduziu também Mensagem, de Fernando Pessoa, obras de escritores latinos (Horácio, Virgílio e Catulo), Os Quatro Evangelhos e duas aventuras de Astérix.
É autor do romance Tempo de Fogo, primeira obra publicada simultaneamente em português e mirandês (La Bouba de la Tenerie, com o pseudónimo de Fracisco Niebro). Ars Vivendi Ars Vivendi é uma das suas obras em poesia, publicada pela Âncora Editora.
Tem em curso de publicação, com José Pedro Ferreira, o Dicionário Mirandês-Português e O Essencial sobre a Língua Mirandesa.
Luís Borges nasceu em Angola a 19 de Junho de 1971. Três anos depois, foi com a família para Macedo de Cavaleiros, Trás-os-Montes, onde viveu até 1998.
É bacharel em Engenharia Agrícola e licenciado em Educação, na área da Educação Visual e Tecnológica.
Exerce a profissão de docente desde 1998, pertencendo actualmente ao quadro do Agrupamento de Escolas de Terras de Bouro, em pleno coração do Parque Nacional da Peneda-Gerês.
É fotógrafo freelancer. O seu currículo inclui várias participações em exposições nacionais e internacionais, trabalhos para centros interpretativos do Parque Nacional da Peneda-Gerês e monografias de alguns concelhos nortenhos.
Amante confesso da natureza, da montanha e das tradições e costumes do mundo rural, essencialmente do norte do país, tem registado, nos últimos tempos, através do seu olhar fotográfico, rostos característicos, rituais e tradições que teimam em resistir à globalização, nalguns locais recônditos do interior norte de Portugal.
VER: https://www.facebook.com/events/358006404349525/
Câmara desconhece o impasse na subida do Moncorvo
O presidente da Câmara de Torre de Moncorvo disse desconhecer se o Grupo Desportivo local vai abdicadar da subida de divisão, na sequência da alegada falta de condições para disputar o Campeonato Nacional Séniores.
Nuno Gonçalves, refere que nesta matéria os associados do Grupo Desportivo de Moncorvo têm sempre uma palavra a dizer. “Quanto ao futuro do clube, só os seus sócios poderão responder. Não sei se vai aparecer uma ou mais lista para a direção do clube, o que cabe aos associados é traçar o futuro do clube”, frisou.
Fonte: http://www.mdb.pt/noticia/camara-desconhece-o-impasse-na-subida-do-moncorvo-2879
Nuno Gonçalves, refere que nesta matéria os associados do Grupo Desportivo de Moncorvo têm sempre uma palavra a dizer. “Quanto ao futuro do clube, só os seus sócios poderão responder. Não sei se vai aparecer uma ou mais lista para a direção do clube, o que cabe aos associados é traçar o futuro do clube”, frisou.
Fonte: http://www.mdb.pt/noticia/camara-desconhece-o-impasse-na-subida-do-moncorvo-2879
quinta-feira, 24 de julho de 2014
Caminhos de Santiago incluídos na Vila de Torre de Moncorvo
![]() |
Foto de Leonel Brito |

Município Tradicional,de Ilda Fernandes
Editora: Lema d'Origem
Foto do arquivo do blogue.
Pocinho - Centro de Alto Rendimento
O secretário de Estado do Desporto e Juventude, Emídio Guerreiro, alertou esta terça-feira, em Anadia, para a dificuldade de rentabilizar os vários Centros de Alto Rendimento (CAR) espalhados pelo País, classificando estes equipamentos como "um legado pesado" para as próximas gerações. "Temos CAR onde vai ser muito difícil atingirmos, alguma vez, níveis de sustentabilidade, devido à sua localização e ao facto de terem uma utilização muito específica, muito reduzida", disse à agência Lusa Emídio Guerreiro.
Como exemplo, o governante apontou o caso do CAR do Pocinho, um equipamento dedicado em exclusivo ao remo, com 85 quartos, que vai custar cerca de 15 milhões de euros quando estiver terminado. "Não é fácil dinamizar esta estrutura, mas haverá que criar as sinergias para que esse CAR consiga, pelo menos, gerir o seu dia a dia, porque o investimento vai ser impossível de amortizar", referiu. Para Emídio Guerreiro, a única maneira de rentabilizar estes equipamentos será conseguindo uma "agenda internacional forte" em cada um deles. Nesse sentido, o secretário de Estado revelou que a Fundação do Desporto irá, a partir do próximo ano, arrancar com uma grande campanha para promover os CAR no estrangeiro. O Governante aproveitou ainda a oportunidade para apelar às empresas para contribuírem para ajudar a cimentar os projetos desportivos ao mais alto nível, porque "é uma forma de ajudar a economia do pais e de se ajudarem a si próprias".
Bragança e León avançam com agrupamento para obter fundos da Europa
Os presidentes da Câmara de Bragança, em Portugal, e da
deputación de León, em Espanha, anunciaram nesta quarta-feira que pretendem criar
um novo Agrupamento Europeu de Cooperação Territorial (AECT) para em conjunto
conseguirem fundos da Europa.
O acordo para a constituição do novo AECT León-Bragança foi
assinado na cidade portuguesa pelo autarca local, Hernâni Dias, e pelo
presidente da deputación de Léon, Marcos Martinez, e necessita ainda da
aprovação dos órgãos autárquicos locais e dos governos de ambos os países.
A principal vantagem apontada por Marcos Martinez para este
acordo de cooperação é, num momento em que em ambos os países é complicado
obter verbas nacionais para projectos locais, poderem recorrer à Europa para
conseguir fundos aos quais não seria possível aceder individualmente.
Só depois de concluído o processo de constituição do
agrupamento, o que levará alguns meses, é que serão pensados projectos
concretos, mas ambas as partes avançam desde que já que a aposta passará pelos
sectores do turismo, agro-alimentar e social.
Subscrever:
Mensagens (Atom)