
RESUMO
O assunto deste estudo, Elites Salazaristas Transmontanas no Estado Novo – o Caso de
Artur Águedo de Oliveira (1894-1978), consiste na abordagem de uma interpretação possível das
bases ideológicas nas quais assentou a política estadonovista, com particular relevância reflexiva
sobre a biografia de um Homem que, além de ideólogo do regime, foi uma «mão» poderosa e
incansável que o cultivou e serviu durante décadas, marcando de alguma forma, a História das
Ideias e Mentalidades do Portugal Contemporâneo, com incidência na região de Trás-os-Montes.
Para além do conhecimento da carreira de Águedo de Oliveira nos aparelhos político,
administrativo, económico e financeiro do Estado Novo, foi elaborado um estudo da sua
actividade nos aspectos ideológico, doutrinário e cultural.
Com efeito, para uma compreensão e juizo crítico acerca deste Político do Estado Novo, na
globalidade e profundidade suficientes e justificativas da sua inserção na História do Portugal
Contemporâneo, afigura-se este tema como original, e de relevante interesse no alargamento das
perspectivas e vias de interpretação do referido período histórico, bem como para o conhecimento da influência da elite política salazarista de Trás-os-Montes. A metodologia utilizada não
foi, por conseguinte, cronológica, pese embora o acompanhamento do percurso político de
Águedo de Oliveira, mas, essencialmente, temática e evolutiva, na medida em que, nos vários
capítulos, se vai desenrolando o fio condutor da sua Ideologia e da sua Acção Política, não
descurando o seu relacionamento com o elenco governamental a que pertenceu, em analogia e
consonância com a «Identidade» do Regime.
A demonstração que Águedo de Oliveira poderá, efectivamente, ser considerado um orador
político, difusor da Propaganda do Estado Novo na sua generalidade (veja-se o capítulo primeiro
«O modo transmontano de ser salazarista», o capítulo terceiro «O poder e as elites» e o capítulo
quinto «Águedo de Oliveira: um percurso político, de S. Bento ao Terreiro do Paço) e do Regime
Salazarista em particular, constitui também um objectivo deste estudo. A imitação do Mestre de
Coimbra (Salazar), sempre pretendida, mas nem sempre conseguida por Águedo de Oliveira,
auscultada no percurso da sua carreira política de ministro, deputado, «braço» activo de
estruturas como a Legião Portuguesa e a União Nacional foi tratada, respectivamente, no
capítulo quarto «Águedo de Oliveira, o pupilo de Salazar», e no capítulo sétimo «A Ideologia de
Águedo de Oliveira».
Uma interpretação extensiva regionalista (Trás-os-Montes) da actividade política de
Águedo de Oliveira, onde o Regime se implantou com profundas raízes, de onde provieram,
juntamente com ele, outras «mãos direitas» (Ministros) que asseguraram e difundiram as linhas
mestras estadonovistas, fez parte, também, do conteúdo deste estudo.
Versão integral em PDF:
http://issuu.com/lelodemoncorvo/docs/o_caso_de___guedo_de_oliveira_prime
http://issuu.com/lelodemoncorvo/docs/o_caso_de___guedo_de_oliveira_segun
Nota do editor:PDFs enviados por Carlos Sambade