Isaura Vicente perdeu tudo |
“O
fogo levou-me duas mulas, 12 cabritos, cinco cães, o cereal e o olival, todas
as alfaias agrícolas e os anexos da casa”, descreve uma agricultora. Várias
populações do Nordeste Transmontano ficaram com quase nada após a passagem das
chamas. "Esta gente precisa de ser ajudada", apela autarca.
17-07-2013 10:41 por Olímpia Mairos
Uma semana depois do incêndio que atingiu
quatro concelhos de Trás-os-Montes e que já é considerado o maior deste Verão,
a Renascença foi ao terreno ver os prejuízos. A realidade
mostra-se numa enorme mancha negra, com hectares e hectares de terra queimada e
várias culturas destruídas.
No sector agrícola, nada escapou à fúria do fogo, que teve início em Alfândega da Fé e rapidamente se alastrou aos concelhos vizinhos de Mogadouro, Freixo de Espada à Cinta e Torre de Moncorvo.
À volta de Carviçais, freguesia de Torre de Moncorvo, está tudo queimado. “O azeite, este ano, pouco vai ser. Está tudo perdido”, afirma Manuel Dinis, que perdeu parte do seu sustento – o olival.
Outros perderam "amendoal, cereal e hortícolas”, salienta o presidente da junta de freguesia, José Teixeira, que reclama ajuda para quem foi atingido pelo incêndio e ficou sem as suas culturas. O autarca defende “ajudas concretas para a população de fracos recursos”.
Em Minas da Fonte Santa, concelho de Freixo de Espada à Cinta, Isaura Vicente perdeu quase tudo. “O fogo levou-me duas mulas, 12 cabritos, cinco cães, o cereal e o olival, todas as alfaias agrícolas e os anexos da casa”, relata à Renascença.
Em Estevais, no concelho de Mogadouro, os prejuízos também são incalculáveis. “Dá vontade de chorar”, diz Fernando Manuel, que perdeu olival, amendoal, sobreiros, um anexo e todas as colmeias.
“Ainda não tinha retirado o mel. Só em colmeias, o prejuízo ultrapassa os seis mil euros”, acrescenta, dando nota da destruição ambiental da aldeia onde antes existiam “várias espécies autóctones de arbustos e floresta”.
A Quinta das Quebradas foi das aldeias mais atingidas pelas chamas. Henrique Barroco ficou sem alimento para o gado. “Arderam-me dois estábulos, um atrelado carregado de feno e muitas oliveiras”, diz à Renascença. Os prejuízos foram relatados à equipa do Ministério da Agricultura, que visitou a aldeia na terça-feira e que, até ao final da semana, deve revelar os resultados da sua avaliação no terreno.
“Esta gente precisa de ser ajudada. Os prejuízos são enormes no sector agrícola e quem foi afectado é gente necessitada”, salienta o vice-presidente da autarquia de Mogadouro, João Henriques.
"Parece-nos que ardeu área demais para os meios que estiveram no terreno"
O incêndio transmontano terá atingido uma área de 14.500 hectares. Proporções “demasiado grandes”, que alguns atribuem à falta de coordenação no combate.
“Compete ao Ministério da Administração Interna avaliar. A nós, parece-nos que ardeu área demais para o número de operacionais e para os meios que estiveram no terreno”, refere João Henriques, que é também o responsável pela Protecção Civil no concelho de Mogadouro, um dos atingidos pelas chamas.
No sector agrícola, nada escapou à fúria do fogo, que teve início em Alfândega da Fé e rapidamente se alastrou aos concelhos vizinhos de Mogadouro, Freixo de Espada à Cinta e Torre de Moncorvo.
À volta de Carviçais, freguesia de Torre de Moncorvo, está tudo queimado. “O azeite, este ano, pouco vai ser. Está tudo perdido”, afirma Manuel Dinis, que perdeu parte do seu sustento – o olival.
Outros perderam "amendoal, cereal e hortícolas”, salienta o presidente da junta de freguesia, José Teixeira, que reclama ajuda para quem foi atingido pelo incêndio e ficou sem as suas culturas. O autarca defende “ajudas concretas para a população de fracos recursos”.
Em Minas da Fonte Santa, concelho de Freixo de Espada à Cinta, Isaura Vicente perdeu quase tudo. “O fogo levou-me duas mulas, 12 cabritos, cinco cães, o cereal e o olival, todas as alfaias agrícolas e os anexos da casa”, relata à Renascença.
Em Estevais, no concelho de Mogadouro, os prejuízos também são incalculáveis. “Dá vontade de chorar”, diz Fernando Manuel, que perdeu olival, amendoal, sobreiros, um anexo e todas as colmeias.
“Ainda não tinha retirado o mel. Só em colmeias, o prejuízo ultrapassa os seis mil euros”, acrescenta, dando nota da destruição ambiental da aldeia onde antes existiam “várias espécies autóctones de arbustos e floresta”.
A Quinta das Quebradas foi das aldeias mais atingidas pelas chamas. Henrique Barroco ficou sem alimento para o gado. “Arderam-me dois estábulos, um atrelado carregado de feno e muitas oliveiras”, diz à Renascença. Os prejuízos foram relatados à equipa do Ministério da Agricultura, que visitou a aldeia na terça-feira e que, até ao final da semana, deve revelar os resultados da sua avaliação no terreno.
“Esta gente precisa de ser ajudada. Os prejuízos são enormes no sector agrícola e quem foi afectado é gente necessitada”, salienta o vice-presidente da autarquia de Mogadouro, João Henriques.
"Parece-nos que ardeu área demais para os meios que estiveram no terreno"
O incêndio transmontano terá atingido uma área de 14.500 hectares. Proporções “demasiado grandes”, que alguns atribuem à falta de coordenação no combate.
“Compete ao Ministério da Administração Interna avaliar. A nós, parece-nos que ardeu área demais para o número de operacionais e para os meios que estiveram no terreno”, refere João Henriques, que é também o responsável pela Protecção Civil no concelho de Mogadouro, um dos atingidos pelas chamas.
Alfaias agrícolas consumidas pelas chamas |
Estábulos destruídos |
Fernanda Calçada escreveu:Meter gosto não quer dizer que se goste da tragédia, mas mesmo assim não meto "GOSTO", vi esta senhora numa das reportagens que passou num canal de TV, doeu muito ouvir e ver, até parecia que era tudo meu.... triste, muito triste!...
ResponderEliminarÉ realmente uma tristeza ver todo o resultado seu TRABALHO e seu sustento ser queimado assim e num instante e virar fumaça. É preciso que as autoridades sejam responsabilizadas pelas possíveis falhas e também é necessário que o povo se reúna e sejam generosos com as pessoas de menos posses. Espero que tudo recomece a florescer e a produzir, porque é assim que gostamos de ver a
ResponderEliminarTerra.Abraços!!!
Já comentei no facebook. É, de facto , uma profunda dor de alma !
ResponderEliminarJúlia Ribeiro
Jorge Monsanto escreveu:Sabe Deus, a aflição dessas pessoas que veem arder os seus animais e as suas propriedades e por vezes chegam a perder as suas próprias vidas a tentarem defender as suas coisas, é todos os anos esta pouca vergonha e os criminosos que cometem estes crimes, quando são descobertos e detidos, estão pouco tempo na cadeia, porque depois os senhores advogados vão defende-los, arranjam maneira de serem submetidos ás consultas de psiquiatria e a maior parte das vezes são dados como malucos e veem para a rua, enfim, expedientes que são permitidos na nossa Justiça. Coitadas das pessoas que ficam sem os seus bens.
ResponderEliminarJoao Manso escreveu: esta gente deve ser ajudada pelo governo e todos nos,e muinto triste
ResponderEliminarJosé Sobral escreveu: È a esta senhora que eu comprava queijos e azeite, pobre coitada.....
ResponderEliminarÉ agora que os senhores presidentes de junta e de câmara devem mostrar o seu trabalho e empenho pelos cidadãos que trabalham as suas terras..independentemente de terem ou nao posses, eles têm que ser ajudados nos seus prejuízos. Fazer um levantamento dos prejuízos de cada um e ir leva lo ao sr presidente da republica.., o que se gastou no aparato da dormida nas desertas de certeza que repunham tudo a esta pobre e nobre gente.
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