sábado, 27 de julho de 2013

Elites Salazaristas Transmontanas no Estado Novo – o Caso de Artur Águedo de Oliveira,por MARIA ALCINA RIBEIRO CORREIA AFONSO DOS SANTOS


RESUMO
 O assunto deste estudo, Elites Salazaristas Transmontanas no Estado Novo – o Caso de
Artur Águedo de Oliveira (1894-1978), consiste na abordagem de uma interpretação possível das
bases ideológicas nas quais assentou a política estadonovista, com particular relevância reflexiva
sobre a biografia de um Homem que, além de ideólogo do regime, foi uma «mão» poderosa e
incansável que o cultivou e serviu durante décadas, marcando de alguma forma, a História das
Ideias e Mentalidades do Portugal Contemporâneo, com incidência na região de Trás-os-Montes.
 Para além do conhecimento da carreira de Águedo de Oliveira nos aparelhos político,
administrativo, económico e financeiro do Estado Novo, foi elaborado um estudo da sua
actividade nos aspectos ideológico, doutrinário e cultural.
 Com efeito, para uma compreensão e juizo crítico acerca deste Político do Estado Novo, na
globalidade e profundidade suficientes e justificativas da sua inserção na História do Portugal
Contemporâneo, afigura-se este tema como original, e de relevante interesse no alargamento das
perspectivas e vias de interpretação do referido período histórico, bem como para o conhecimento da influência da elite política salazarista de Trás-os-Montes. A metodologia utilizada não
foi, por conseguinte, cronológica, pese embora o acompanhamento do percurso político de
Águedo de Oliveira, mas, essencialmente, temática e evolutiva, na medida em que, nos vários
capítulos, se vai desenrolando o fio condutor da sua Ideologia e da sua Acção Política, não
descurando o seu relacionamento com o elenco governamental a que pertenceu, em analogia e
consonância com a «Identidade» do Regime.
 A demonstração que Águedo de Oliveira poderá, efectivamente, ser considerado um orador
político, difusor da Propaganda do Estado Novo na sua generalidade (veja-se o capítulo primeiro
«O modo transmontano de ser salazarista», o capítulo terceiro «O poder e as elites» e o capítulo
quinto «Águedo de Oliveira: um percurso político, de S. Bento ao Terreiro do Paço) e do Regime
Salazarista em particular, constitui também um objectivo deste estudo. A imitação do Mestre de
Coimbra (Salazar), sempre pretendida, mas nem sempre conseguida por Águedo de Oliveira,
auscultada no percurso da sua carreira política de ministro, deputado, «braço» activo de
estruturas como a Legião Portuguesa e a União Nacional foi tratada, respectivamente, no
capítulo quarto «Águedo de Oliveira, o pupilo de Salazar», e no capítulo sétimo «A Ideologia de
Águedo de Oliveira».
 Uma interpretação extensiva regionalista (Trás-os-Montes) da actividade política de
Águedo de Oliveira, onde o Regime se implantou com profundas raízes, de onde provieram,
juntamente com ele, outras «mãos direitas» (Ministros) que asseguraram e difundiram as linhas
mestras estadonovistas, fez parte, também, do conteúdo deste estudo.

Versão integral em PDF:
http://issuu.com/lelodemoncorvo/docs/o_caso_de___guedo_de_oliveira_prime
http://issuu.com/lelodemoncorvo/docs/o_caso_de___guedo_de_oliveira_segun

Nota do editor:PDFs enviados por Carlos Sambade

8 comentários:

  1. Doutor Artur Águedo de Oliveira (1894-1978).
    Filho de Dr. Abílio Elísio de Oliveira e de D. Júlia Amélia Águedo de Oliveira, naturais de Moncorvo.

    N.1894 / F.1978

    1911 – Terminou no Liceu Passos Manuel o Curso Complementar do Liceu.
    1912/13 – Matriculou-se em Direito na Universidade de Coimbra.
    1914 – Terminou o 1º Ano de Direito na Universidade de Coimbra.
    1917 – Terminou o Bacharelato em Direito na Universidade de Coimbra
    1923 – Tomou capelo em 1923 – Doutorou-se na mesma Faculdade de Direito, sendo a sua tese arguida pelo professor de Finanças António de Oliveira Salazar.
    Nota: em 1925 – Teve banca de Advogado em Lisboa, na Rua Nova do Almada, nº 36, 1º Esq.

    Águedo de Oliveira subiu as seguintes etapas da Política e do Poder:
    1930 – Vice Presidente do Tribunal de Contas (28 de Outubro de 1930).
    1931 – Subsecretário de Estado das Finanças (10 de Fevereiro de 1931 até 23 de Outubro de 1934).
    1935 – Deputado à Assembleia Nacional pelo Círculo de Bragança (da 1ª à IXª Legislatura, até 1969).
    1948 – Presidente do Tribunal de Contas (18 de Novembro de 1948).
    Terminou o cargo em 30 de Abril de 1964.
    1950 – Ministro das Finanças (8 de Agosto de 1950)
    Terminou o cargo em 7 de Junho de 1955.


    1957 – Deputado à Assembleia Nacional pelo Círculo de Angola.
    ARTUR ÁGUEDO DE OLIVEIRA REPRESENTOU PORTUGAL NAS CHEFIAS DE INSTITUIÇÕES DE FISCALIZAÇÃO FINANCEIRA NO INTOSAI (International Organisation of Supreme Audit Institutions).

    1956 – Bruxelas
    1959 – Rio de Janeiro
    1962 – Viena de Áustria
    http://fnl.org.pt/patrono.php

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  2. Antunes Laurinda escreveu:Estas pessoas eram inteligentes, porque la diz o velho ditado, se não podes vence-los............junta-te a eles.

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  3. Há coisas estranhas na minha terra: Aguedo de Oliveira tem uma rua em Macedo, um museu em Bragança e em Moncorvo o solar da família está na av.Duarte Pacheco,algarvio e também ministro do estado novo,como o nosso ilustre moncorvense.
    moncorvense preplexo.

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    1. Artur Águedo de Oliveira nasceu na Av. Duarte Pachedo, no quarto que dá para a Igreja Matriz. Morreu em Setúbal junto da família e jaz no cemitério de Torre de Moncorvo.

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  4. Ando a ler os PDF,muito obrigado.nada sabia deste grande senhor,um Ilustre moncorvense.

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  5. melhor ainda. Um ilustre fascista moncorvense

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  6. Já copiei.
    Vou ler, logo que apanhe uma abertinha nas minhas mais que muitas traduções.

    Obrigada ao Lelo
    Júlia

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  7. Albina Ribeiro Ribeiro escreveu: Humberto Delgado separou-se deles ,vejam o que Lhe aconteceu!....

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