O Piconés .Foto de C.Sambade |
E se lhe sai ao caminho um ladrão, o que faz, senhor
bancário? Nunca na vida. Atiro-lhe. Chegava sempre de noite, pronto para levar
as economias do emigrante para a terra natal. Todos os meses.
O trabalho era o trabalho. Chegou a juntar três fardas
completas. Enquanto houvesse franceses para os lugares de chefia não entravam
portugueses. Alguns bem queriam e chegavam a fazer manigâncias para o
conseguirem.
Mudou de patrão por que quis. Sempre a subir até que a
mulher deu guerra por causa da filha que tinha ficado em Portugal e ao cabo de
cinco anos vieram embora. Com pena dele. A França naquela altura estava bem
orientada, no seu entender. Ali havia a lei. No tempo do gelo tinham seis horas
por dia garantidas pela “segurança”.
Carlos Sambade
São estas histórias de gente simples do antes quebrar que torcer que sedimentam ao nosso orgulho.Espero pela próxima.
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