Ara trabalhada nas quatro faces. Capitel composto por frontão sub-triangular e toros laterais; no topo apresenta um fóculo circular central escavado; moldura sob a cornija e na base. Face frontal profusamente decorada com motivos vegetalistas, quer a nível do capitel e da base, como na moldura do fuste que enquadra a inscrição. Campo epigráfico moldurado e com superfície rebaixada. A paginação do texto alinha-se sensivelmente segundo o eixo de simetria. A dedicatória, que envolve a oferta de uma ara de consideráveis dimensões e riqueza artística, é feita simultaneamente a IVPITER OPTIMVS MAXIMVS (essencialmente por extenso) e à CIVITAS BANIENSIVM, ou seja, à própria cidade dos Banienses.
Tradução: A Júpiter Óptimo (e) Máximo e à Cidade dos Banienses, Sulpicius Bassus como oferenda doou (ou dedicou). (Segundo ficha de Catálogo da Exposição "Religiões da Lusitânia" da autoria de José Cardim Ribeiro). IOVI / OPTIMO / MAX(imo) / CIVITATI / BANIENSV/S (sic) L(ucius) BASVS/ CVRAVIT//.
- Museu Nacional de Arqueologia
Historiadores e arqueólogos ainda não chegaram a uma conclusão quanto ao local exacto onde se situa a Civitas Baniensium. Várias são as teorias. De acordo com Jorge Alarcão em "Notas de Arqueologia", podemos considerar o seguinte: