História
A primeira Feira Medieval aconteceu em 2011 pela mão do
Agrupamento de
Escolas de Torre de Moncorvo com o apoio do Município de
Torre de
Moncorvo. Destinada apenas aos alunos do agrupamento
realizou-se no dia 8
de Abril. Contou com um cortejo real, representações
teatrais, danças e lutas,
promovidas pelo Agrupamento de Escolas, uma Ceia Medieval e
a venda de
produtos no Largo General Claudino.
Inicialmente pensada para se realizar de dois em dois anos,
a Feira Medieval
volta a acontecer a 15 de Março de 2013, já com o
envolvimento de outras
entidades e com novas atividades como o assalto ao castelo,
torneios a cavalo,
luta de guerreiros e falcoaria.
Em 2014, a Feira Medieval passa a ser da responsabilidade do
Município, que
considera que a sua realização deve ser anual e alargada
para três dias.
Muitas foram as novidades introduzidas, além da venda de
produtos da terra
junto à Igreja Matriz passa também a haver artesanato na
Praça Francisco
Meireles. Instalam-se as tabernas no Largo Balbino Rego e
aposta-se na
animação no decorrer da feira, destacando-se uma sessão de
vídeo mapping
na Igreja Matriz.
A inauguração contou com a presença do então Secretário de
Estado Adjunto e
dos Assuntos Parlamentares, Dr. Pedro Lomba.
Em 2015, a Feira Medieval veio afirmar-se no panorama das
feiras medievais
do País, profissionalizando-se. Com o tema “Visita Régia de
D. Dinis a Terras
Transmontanas” faz-se toda a recriação desta visita com
cortejos de chegada,
de despedida, casamento medieval, julgamentos, conceções
régias aos
moradores de Moncorvo, audiência geral dos povos e justas e
torneios.
Alargou-se a o espaço onde decorre a iniciativa, tendo sido
instaladas, no
Largo do Sagrado Coração de Jesus, as tabernas, no Largo do
Castelo um
acampamento de damas d’el rei e oficinas dos velhos ofícios,
no Largo General
Claudino o parque infantil e os estábulos e na Praça
Francisco Meireles e
Largo General Claudino os artesãos e os mercadores.
Esta tem vindo a afirmar-se progressivamente, contando na
edição de 2015
com cerca de mil figurantes trajados a rigor e cerca de 25
mil visitantes.
Feira Medieval de Torre de Moncorvo 2016
Em 2016, a Feira Medieval decorre dias 8, 9 e 10 de Abril
envolvendo todo o
centro Histórico da vila de Moncorvo.
A figura central é o Rei D. Dinis, sendo que toda feira se
desenvolverá à volta
do tema “D. Dinis, Poeta e Trovador”. As várias
teatralizações serão sobre as
cantigas de amigo, amor e escárnio e maldizer escritas pelo
monarca.
Nesta edição haverá nove espaços de animação entre eles o
Largo do Sagrado
Coração de Jesus, Largo do Castelo, Praça Francisco
Meireles, Porta da
Traição, Escadas do Baldoeiro, Largo General Claudino, Largo
Balbino Rego,
Jardim Dr. Horácio de Sousa e Largo da Feira. Aqui decorrem
as principais
atividades como o Mercado Medieval com artesãos, místicos,
artífices e
tabernas, leitura da carta de atribuição de foral a Torre de
Moncorvo, cortejo do
Rei e sua Corte, assalto ao castelo, pelourinho, cantigas e
trovas d’El Rei,
concessões régias aos moradores de Moncorvo, treino dos
cavaleiros,
audiência geral dos povos, celebração de esponsais de D.
Dinis com D. Isabel
de Aragão, pracear das aves, oficinas do velho ofício,
exposição de máquinas
de tortura medievais, passeios de cavalgaduras, parque
infantil medieval,
espetáculo equestre Cavaleiros d’El Rei, jogos medievais,
acampamento
mouro, acampamento de S. Jorge e cortejo de despedida de D.
Dinis.
Não faltará animação de rua com mendigos, ciganas, magos,
bobos da corte,
malabaristas e cuspidores de fogo e músicas e danças
Decorrerão também
rixas entre grupos rivais, haverá saltimbancos e menestréis,
trovas e folguedos
e demonstração de armas que certamente irão agradar à
população em geral e
a quem nos visita.
Distingue-se das demais existentes no país devido à grande
envolvência da
população local, quer seja de associações ou instituições,
sendo grande parte
dos figurantes pessoas do concelho.
D. Dinis
A figura central desta feira Medieval é D. Dinis, filho de
Afonso III e de D.
Beatriz de Castela aclamado rei, em Lisboa em 1279, para
iniciar um longo
reinado de 46 anos.
Com as fronteiras definidas, D. Dinis deu continuidade a
medidas importantes
para afirmação da autoridade do rei, com a construção de
castelos, o incentivo
ao povoamento e à exploração económica de algumas regiões,
tendo sempre
durante o seu reinado uma atenção especial para com o
concelho de Torre de
Moncorvo.
A cultura foi um dos seus interesses pessoais. D. Dinis não
só apreciava
literatura, como foi, ele próprio, um poeta notabilíssimo e
um dos maiores e
mais fecundos trovadores do seu tempo. Aos nossos dias
chegaram 137 textos
da sua autoria, distribuídas por todos os géneros (cantigas
de Amor, cantigas
de Amigo e cantigas de Escárnio e Maldizer).
Durante o seu reinado, Lisboa foi, pois, um dos centros
europeus de cultura. A
primeira Universidade em Portugal, então Estudo Geral, foi
fundada pelo seu
documento Scientiae thesaurus mirabilis, em 1290, em Lisboa.
Aí se ensinava
as Artes, o Direito Civil, o Direito Canónico e a Medicina.
Esta universidade foi
transferida entre Lisboa e Coimbra várias vezes, estando
instalada
definitivamente em Coimbra desde 1537. Mandou traduzir
importantes obras,
tendo sido a sua Corte um dos maiores centros literários da
Península Ibérica.
Desta forma o reino ganhou solidez e prestígio.
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