Episódios burlescos ocorridos em Maçores no terceiro quartel do século XX.
(In "Maçores Minha Terra Minha Gente" de Ilda Fernandes)
O Silvano de Felgueiras casou em Maçores e quando passados uns tempos levou à sua terra a filha que lhe nasceu, uma mulher ao vê-la, proferiu:
- Ai que grande e gorda está a menina! Chegas-lhe bem com o nitrate!
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Maçores |
O meu compadre Dr. Ramiro Guerra que sabe narrar eximiamente estes eventos foi quem me contou esta e outras:
Numa ocasião em ele passou na rua com o seu primeiro e robusto filho, uma mulher de Felgueiras com aquele sotaque que é peculiar à sua população, acercou-se dele e disse-lhe:
- Ó Sr. Doutor que lindo e gordo está o menino! Olhe que carouça, parece mesmo as nalgas de um macho!
Uma mulher de Felgueiras casou em Maçores e uma rapariga de Maçores baptizou-lhe o filho.
Na primeira metade da década de setenta do século XX perguntou a uma sua irmã:
- Então o filho da minha comadre está bom? e onde está agora?
- Está bem e encontra-se na Suécia que lhe deu asilo político - Respondeu-lhe:
- Bendito seja Deus, foi pr'a um asilo! Pr'a se santificar, foi?!
Uma outra vez, por motivo de concurso à futura carreira docente, um grupo de maçoranas foram telefonar a Felgueiras uma vez que em Maçores ainda não existia telefone público, nem privado. Situava-se no Largo da Barreira onde havia um magote de homens.
Ao verem o grupo, um questionou:
- Quem são as raparigas?
- Parece que são de Maçores - respondeu outro.
Resposta pronta do primeiro:
- Logo vi, que aqui não se criam destes animais
Publicado a 11/03/2011