terça-feira, 17 de março de 2015

Ver não custa - o que custa é saber ver


A crítica social e política na comunicação visual do Teatro de Revista à Portuguesa (1926-2011).
A apresentação da obra estará a cargo do cineasta Leonel de Brito. Será exibido um filme temático.
SEXTA-FEIRA, 20 DE MARÇO, CASA DO PROFESSOR DE MACEDO DE CAVALEIROS
Rua dos Bombeiros Voluntários, 5340-236 Macedo de Cavaleiros


A investigação desenvolvida no âmbito do mestrado em Publicidade e Relações Públicas teve como principal objetivo a análise de cartazes, panfletos e outros suportes visuais associados ao teatro de revista à portuguesa do Parque Mayer, em Lisboa, durante o período compreendido entre 1926 e 2011. “Se este género é essencialmente de crítica social e política, o que nos revela a sua comunicação visual? As conclusões mostram que esta funciona ela própria como critica político-social, surgindo como primeiro ‘cartão-de-visita’ junto da população, uma vez que apresenta as peças antes da estreia”, explica a autora da obra de 220 páginas editada pela Chiado Editora.

Das 71 imagens de publicidade analisadas, surgiram seis categorias: ‘Machismo: a mulher como objeto de prazer’, ‘Representação das províncias ultramarinas’, ‘Presença do Zé Povinho’, ‘Cultura popular’, ‘Cenas, locais e produtos do quotidiano’ e ‘O Parque Mayer, os seus teatros e o Teatro de Revista’. “A crítica social e, principalmente, política é muito mais evidente e visível a partir do 25 de Abril de 1974, como se pode verificar pela presença assídua do Zé Povinho. Nos materiais de divulgação, a crítica é visível, direta e sem subterfúgios”, acrescenta Helena Ferreira.
Para além de permitir um maior entendimento da comunicação visual do teatro de revista à portuguesa, este estudo pioneiro contribuiu para uma melhor compreensão da história e da sociedade portuguesa, já que as imagens reproduzem e comunicam o ambiente sociopolítico de cada época. Jorge Trigo, no prefácio, refere que "a análise sócio-semiótica que Helena Ferreira faz à comunicação visual da Revista à Portuguesa constitui uma autêntica novidade" e Hélder Freire Costa considera que esta obra é “um grande livro sobre o Teatro de Revista”.  


Helena Carla Gonçalo Ferreira,



 de 45 anos, é natural de Angola. Viveu durante grande parte da sua vida em Trás-os-Montes, tendo exercido funções de assistente técnica durante 16 anos num hospital público desta região. Atualmente reside em Valongo, no Porto. É licenciada em Psicologia Organizacional – Vertente Recursos Humanos pelo Instituto Superior de Línguas e Administração de Bragança, pós-graduada em Gestão das Organizações sem Fins Lucrativos pela Porto Business School e mestre em Ciências da Comunicação – Publicidade e Relações Públicas pela UMinho. Helena Ferreira é ainda autora de alguns trabalhos científicos na área da comunicação e do marketing público e não lucrativo.

Farrapos de Memória noticiou a publicação de outro livro do mesmo autor:
http://lelodemoncorvo.blogspot.pt/2011/04/macedo-de-cavaleiros-escaparate-xvi.html

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