quarta-feira, 4 de março de 2015

O Fio das Lembranças – Biografia de Amadeu Ferreira, de Teresa Martins Marques (CONVITE)

O lançamento das obras O Fio das Lembranças – Biografia de Amadeu Ferreira, de Teresa Martins Marques, e Belheç / Velhice, último livro de Amadeu Ferreira, decorre amanhã, 5 de Março, pelas 18:00 horas, na Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa.
 A biografia de Amadeu Ferreira, escritor e vice-presidente da CMVM falecido no passado dia 1 de Março, será apresentada por Luís Vaz das Neves, presidente do Tribunal da Relação de Lisboa, enquanto Teresa Martins Marques, investigadora do CLEPUL (Centro de Literaturas e Culturas Lusófonas e Europeias) da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, fará a apresentação da obra bilingue Belheç / Velhice, em mirandês e português, publicada sob o pseudónimo Fracisco Niebro.

Em baixo seguem as sinopses dos livros e, em anexo, o convite para a sessão.

O Fio das Lembranças – Biografia de Amadeu Ferreira, de Teresa Martins Marques
Esta é a biografia de Amadeu Ferreira (Sendim, 29 de Julho de 1950 – Lisboa, 1 de Março de 2015), professor universitário, jurista, vice-presidente da CMVM, mas também escritor – poeta, romancista, contista, dramaturgo, ficcionista, ensaísta – e tradutor, assumindo o seu nome civil ou vários pseudónimos: Fracisco Niebro, Marcus Miranda, Fonso Roixo. Grande divulgador da língua e cultura mirandesas, para além da própria obra literária, fez traduções para mirandês de Luís de Camões e Fernando Pessoa, da maior parte dos poetas portugueses do século XX, mas também dos latinos Horácio, Catulo e Virgílio, e de Os Quatro Evangelhos.
O livro assume ainda uma vertente de sociografia, ao focar: a infância na Terra de Miranda, mostrando a vida real em Trás-os-Montes, no Portugal profundo dos anos 50 e 60, que via na emigração a alternativa à miséria; a adolescência e juventude nos espaços opressivos dos seminários de Vinhais e Bragança, única saída para o prosseguimento dos estudos dos filhos dos pobres; a expulsão do seminário, por adesão empenhada às doutrinas renovadoras do concílio Vaticano II, em oposição às da hierarquia enfeudada ao concílio de Trento; alguns aspectos da sua intervenção no 25 de Abril e no 25 de Novembro; a militância partidária na extrema-esquerda, a passagem pelo Parlamento e a dissidência ideológica; o vazio, o recomeçar do zero, o curso brilhante de Direito, a carreira fulgurante na CMVM, o professor universitário, impulsionador da criação dos estudos dos Valores Mobiliários na Universidade e co-redactor do respectivo Código, com Carlos Ferreira de Almeida.
A recolha de materiais para esta biografia assenta, em grande parte, numa entrevista de 31 horas feita ao autor e a seus pais, filmada pelo cineasta Leonel Brito, bem como em mais de uma centena de depoimentos de personalidades que conviveram com o biografado e diversos estudos críticos incidindo sobre as obras de Amadeu Ferreira.

Belheç / Velhice, de Fracisco Niebro
Nos anos cinquenta do século XX, um velho de oitenta anos, numa aldeia transmontana, senta-se todos os dias no poial da sua porta de casa e vê passar o mundo nas pessoas da sua aldeia. Este livro pretende ficcionar o que esse velho teria escrito.
O original mirandês é acompanhado de um apoio para leitura em português. A obra, de Fracisco Niebro (pseudónimo de Amadeu Ferreira), é acompanhada de ilustrações de Manuol Bandarra.

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4 comentários:

  1. Leonardo Antão :
    Amadeu Ferreira entregou a sua vida à escrita e ao ensino da Língua mirandesa! Que ninguém deixe de ler e estudar esta apaixonante e magnífica vida! (Em Mirandês) Amadeu Ferreira antregou la sue bida a la scrita i al ansino de la Lhéngua mirandesa! Que naide deixe de lher i studar esta apaixonante i magnífica bida!

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  2. Manuel Bento Fernandes :
    Lá estarei para mais uma homenagem ao Amadeu Ferreira

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  3. Amadeu Ferreira: CMVM e Banco de Portugal expressam «pesar» pela perda
    Publicado a 01 MAR 15 às 22:10
    O presidente da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), Carlos Tavares, e o governador do Banco de Portugal, Carlos Costa, expressaram à família de Amadeu Ferreira, que faleceu hoje, o seu "profundo pesar" pela perda.
    «Faleceu hoje, após doença prolongada, o dr. Amadeu Ferreira, vice-presidente desta Comissão [CMVM]. Pelo empenho, competência, companheirismo e dedicação à CMVM, o seu desaparecimento representa uma grande perda pessoal e institucional», lê-se numa nota disponibilizada pelo supervisor do mercado.
    «Nesta hora tão difícil também para mim e para a CMVM, quero expressar todo o meu respeito e a minha admiração pela pessoa e pela obra do dr. Amadeu Ferreira», escreveu Carlos Tavares.
    A CMVM apresentou ainda «à família enlutada os sentimentos de profundo pesar e de sinceras condolências».
    Já o Banco de Portugal destacou numa nota que Amadeu Ferreira foi um «escritor e o grande divulgador da língua mirandesa em Portugal. Foi jurista, professor universitário e figura de destaque da cultura nacional com uma vasta obra».
    E acrescentou: «Neste momento de perda e de consternação, o governador e os membros do Conselho de Administração do Banco de Portugal expressam à família do dr. Amadeu Ferreira o seu mais profundo pesar».

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  4. O desaparecimento do nosso poeta amarfanhou-nos em tristeza !

    Até sempre, Amigo.
    Júlia Ribeiro

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