“A fiam-se facas e tesouras!”. Esta é a frase que anunciou a chegada do amolador juntamente com o característico som de uma gaita, há muito caídos no esquecimento popular.
Encontrei o Zé “O AMOLADOR” com a sua máquina adaptada para múltiplas funções, à porta da Camara Municipal de Freixo de Espada a Cinta, aprendeu a profissão com o pai, que já era amolador, aos treze anos já trabalhava nesta profissão, percorreu o País de Lés a Lés a amolar e a arranjar guarda-chuvas, começou a trabalhar na cidade do PORTO. Naquela altura havia muito serviço e eram às dezenas os guarda-chuvas que levava diariamente para casa para consertar”, confidenciou-me, que o dia era passado entre as facas e tesouras e a noite dedicada aos guarda-chuvas. Assim, havia pouco tempo para descansar.
Apesar de gostar do que fazia, não lhe agradava o facto de estar sempre no mesmo local. Por isso, o Zé “O Amolador” resolveu levar o seu ofício a outros locais e tornou-se itinerante. Pegou na sua bicicleta e foi “amolar” para outros sítios. Percorreu toda a zona norte e chegou a ir a Aveiro e Coimbra, onde ainda hoje é conhecido. Nessa altura anunciava a sua chegada com um som saído de uma gaita e o seu “pregão”. “As pessoas, quando ouviam aquele som, diziam: olha o amolador, chegou o Inverno”, recorda.
Sente saudades daqueles tempos em que viajava pelo país, de gente solidária. “Eu ia amolar facas aos talhos e supermercados e ficava lá à porta. Juntava-se sempre muita gente que acabava por trazer objectos para afiar”, conta. “Nessas alturas alguns até me davam o almoço. Então, quando ia afiar a restaurantes, era certinho”,
O Zé “O Amolador” é uma «raridade» e, por isso, tem sempre imensa gente a fotografar, hoje vi-o em Freixo de Espada a Cinta, estava a falar com o meu amigo Artur Parra (nené) quando o Zé “O AMOLADOR” anunciou a sua chegada com um som saído de uma gaita e o seu “pregão” tão característico, fui ter com ele para tirar uma fotografia, uma selfie foi o que fiz, logo hoje que não levava a máquina fotográfica, fomos beber um copo no café Guerra onde me contou a sua vida, a vida do “AMOLADOR”, dava uma estorinha bastante interessante, depois foi para a rua com o som saído de uma gaita e o seu “pregão” “A fiam-se facas e tesouras!”
No dia seguinte o Zé “O AMOLADOR” estava em Moncorvo em frente ao restaurante o Lagar, pedi para tirar uma foto juntamente com o sr padre que ia a passar nesse momento camané
“A fiam-se facas e tesouras!”. Esta é a frase que anunciou a chegada do amolador juntamente com o característico som de uma gaita, há muito caídos no esquecimento popular.
ResponderEliminarEncontrei o Zé “O AMOLADOR” com a sua máquina adaptada para múltiplas funções, à porta da Camara Municipal de Freixo de Espada a Cinta, aprendeu a profissão com o pai, que já era amolador, aos treze anos já trabalhava nesta profissão, percorreu o País de Lés a Lés a amolar e a arranjar guarda-chuvas, começou a trabalhar na cidade do PORTO. Naquela altura havia muito serviço e eram às dezenas os guarda-chuvas que levava diariamente para casa para consertar”, confidenciou-me, que o dia era passado entre as facas e tesouras e a noite dedicada aos guarda-chuvas. Assim, havia pouco tempo para descansar.
Apesar de gostar do que fazia, não lhe agradava o facto de estar sempre no mesmo local. Por isso, o Zé “O Amolador” resolveu levar o seu ofício a outros locais e tornou-se itinerante. Pegou na sua bicicleta e foi “amolar” para outros sítios. Percorreu toda a zona norte e chegou a ir a Aveiro e Coimbra, onde ainda hoje é conhecido. Nessa altura anunciava a sua chegada com um som saído de uma gaita e o seu “pregão”. “As pessoas, quando ouviam aquele som, diziam: olha o amolador, chegou o Inverno”, recorda.
Sente saudades daqueles tempos em que viajava pelo país, de gente solidária. “Eu ia amolar facas aos talhos e supermercados e ficava lá à porta. Juntava-se sempre muita gente que acabava por trazer objectos para afiar”, conta. “Nessas alturas alguns até me davam o almoço. Então, quando ia afiar a restaurantes, era certinho”,
O Zé “O Amolador” é uma «raridade» e, por isso, tem sempre imensa gente a fotografar, hoje vi-o em Freixo de Espada a Cinta, estava a falar com o meu amigo Artur Parra (nené) quando o Zé “O AMOLADOR” anunciou a sua chegada com um som saído de uma gaita e o seu “pregão” tão característico, fui ter com ele para tirar uma fotografia, uma selfie foi o que fiz, logo hoje que não levava a máquina fotográfica, fomos beber um copo no café Guerra onde me contou a sua vida, a vida do “AMOLADOR”, dava uma estorinha bastante interessante, depois foi para a rua com o som saído de uma gaita e o seu “pregão” “A fiam-se facas e tesouras!”
No dia seguinte o Zé “O AMOLADOR” estava em Moncorvo em frente ao restaurante o Lagar, pedi para tirar uma foto juntamente com o sr padre que ia a passar nesse momento
camané