Os autarcas do Baixo Sabor e Douro Superior reclamaram na última sexta-feira
"uma maior atenção do Governo" para os territórios de baixa
densidade, como forma de potenciar a economia nacional e a coesão territorial.
"O Governo tem de perceber, de uma vez por todas, a necessidade de tomar medidas concretas para as regiões de baixa densidade, nomeadamente ao nível dos benefícios fiscais ou da manutenção de serviços públicos, para ajudar a fixar população e evitar o despovoamento", explicou o presidente das Associações de Municípios do Baixo Sabor e do Douro Superior, Nuno Gonçalves.
"O Governo tem de perceber, de uma vez por todas, a necessidade de tomar medidas concretas para as regiões de baixa densidade, nomeadamente ao nível dos benefícios fiscais ou da manutenção de serviços públicos, para ajudar a fixar população e evitar o despovoamento", explicou o presidente das Associações de Municípios do Baixo Sabor e do Douro Superior, Nuno Gonçalves.
As pretensões foram dadas a conhecer ao secretário de Estado Adjunto do ministro-adjunto e do Desenvolvimento Regional, Pedro Lomba, no decurso de uma reunião com autarcas daqueles territórios do Douro e Sabor que decorreu na última sexta-feira, em Torre de Moncorvo.
Para os autarcas nordestinos, seria igualmente importante que o Governo, ao abrigo de um programa de bolsas de estudo, permitisse que os alunos pudessem frequentar cursos de mestrado ou doutoramento nestes territórios "usufruindo dos serviços locais e perceber que Portugal não é só o litoral".
O também autarca de Torre de Moncorvo (PSD) pede ao Governo um plano de "medidas concretas" para ajudar o interior "a combater o desemprego", como é caso da implantação nestes territórios de empresas de interesse público".
"Coesão territorial vê-se pela região e pela forma como a mesma é tratada", frisou o autarca social-democrata.
Por seu lado, Pedro Lomba disse que a fixação de população no interior "é uma questão particularmente sensível".
"É preciso levar a cabo um grande plano nacional para a ajudar a enraizar as pessoas nestas zonas mais isoladas, que têm óbvias dificuldades em termos de competitividade e afirmação, tendo o país de compensar estas assimetrias", acrescentou o governante.
Em cima da mesa estiveram temas "pertinentes" como os incentivos aos estudantes que se queiram fixar nestas regiões, o micro financiamento, ou uma maior ajuda na divulgação da oferta de especificidades de cada concelho do interior, como é caso do setor do turismo, cultura ou agricultura.
"O Governo, no âmbito do quadro de financiamento 2020, está a orientar recursos financeiros para a valorização do interior e para a aproximação da economia ao território", enfatizou o secretário de Estado.
Em jeito de conclusão, Pedro Lomba disse que a questão demográfica é "uma grande emergência nacional", sendo necessário "criar um conjunto de estratégias para o interior".
Das associações presentes, fazem parte os concelhos de Alfândega da Fé, Torre de Moncorvo, Mogadouro, Freixo de Espada à Cinta, Macedo de Cavaleiros e Vila Nova de Foz Côa.
Fonte:http://www.mdb.pt/noticia/autarcas-transmontanos-querem-maior-atencao-para-territorios-de-baixa-densidade-2412
Julio Remondes:
ResponderEliminarEssa política já tem barbas em vários pontos do globo, nomeadamente em alguns estados dos USA, Alasca incluído. No que concerne a algumas zonas de Portugal, não seria um favor mas sim uma mera questão de equidade e justiça.