Antigo bairro da Ferrominas.Foto: Leonel Brito |
28 Março 2014, 15:24 por Alexandra Noronha | anoronha@negocios.pt
A MTI, futura concessionária do projecto, pretende
antecipar o início da exploração.
As futuras minas de ferro de Torre de Moncorvo precisam de
400 trabalhadores numa fase inicial, sendo que, posteriormente, a empresa MTI
poderá contratar até 700 trabalhadores, segundo revelou ao Negócios Tiago
Souza d’Alte, director executivo da futura concessionária do projecto.
"O nosso contrato inicial é para quatro anos de
preparação, mas queremos tentar antecipar a entrada em funcionamento das
minas", explicou o responsável e porta voz da MTI. A empresa gastou em
2013 mais de um milhão de euros em estudos e pretende, em Abril, iniciar o
processo para obter a Declaração de Impacto Ambiental favorável ao projecto e,
assim, antecipar o início da exploração, que está provisoriamente previsto para
2016.
A MTI, que apresenta publicamente esta tarde o resultado
dos estudos de ordem de magnitude, terá depois que passar por duas fases para
aferir a viabilidade do projecto e conta depois assinar um contrato de
concessão com o Estado, que pode durar entre 50 e 60 anos, segundo Tiago Souza
d’Alte. O investimento previsto ronda os 600 milhões de euros, sobretudo em
equipamento de extracção.
A MTI foi criada em 2008 por investidores
nacionais para o sector. "Estamos confiantes que não haverá obstáculos ao
financiamento", explicou o director executivo da MTI.
O principal mercado para as minas será o europeu que
"importa 80% do ferro" que consome, explica Tiago Souza d’Alte. Mas a
facturação irá depender do preço do ferro nos mercados internacionais.
Este depósito de ferro foi explorado desde tempos
históricos, mas a sua exploração moderna decorreu entre 1957 e 1986. Tiago
Souza d’Alte diz que ainda há muito minério por explorar, sobretudo recorrendo
às técnicas que existem actualmente.
Marie Fleur:
ResponderEliminarera bem para essas pessoas que estao sem emprego !
Misé Fernandes:
ResponderEliminarMuito bom, vamos aguardar que os postos de trabalho sejam da região.
Num tempo de angústias, de incertezas e de forte crise por que passa o país e , no caso particular do nosso Concelho, com os trabalhos da EDP quase a terminarem- cujas expetativas não foram as que se previam -, oxalá que esta Primavera seja sinónimo de renovação e que a exploração dos recursos naturais da Jazida do Reboredo venham a ter concretização. Vamos acreditar que sim mas torcemos ao nariz da alegada proposta avançada pelo nóvel autarca Gonçalves com o intuito de remendar arribas do Litoral, vizinhas das praias do Castelo do Queijo da Invicta ,com a utilização dos inertes retirados da superfície e entranhas do nosso " monte ás curvas" e da altaneira Mua. Que S.Tomé não precise de ser convocado.... A. Salgado
ResponderEliminarCandida Raposo :
ResponderEliminare bom para os transmontanos são mais postos de trabalho
Antonio Martins:
ResponderEliminarNo meio de isto tudo e se parece tão bom, porque razão a Rio Tinto desistiu... não computa, estou desconfiado, mas, se for verdade ótimo. Serve para criar emprego a sério, mas aquele emprego temporário que era uma das desculpas de fazer a barragem, que no final destrui terrenos agricolas e acabou com um bocado do potencial económico da região.
É bom para aqueles que ali vão ter um posto de trabalho. Mas alguém vai enriquecer com o negócio e o Estado que é o proprietário é o que menos vai lucrar.
ResponderEliminarAinda agora o processo está no inicio e já está viciado. Além do alto teor de ferro, existe ainda outros componente valiosos que vão ser explorados, mas não consta do processo. Segundo informação de técnicos que estão a trabalhar no processo, esses minerais só por si quase cobrem o valor da exploração.
As expectativas criadas pela EDP / CMTM (à época) só não se cumpriram para aqueles que nelas acreditaram.
ResponderEliminarPrometeram mundos e fundos. Tal como fizeram com a não construção em Foz Côa (recordam-se?).
Eu, desconfiado dos que dizem uma coisa e fazem outra, nunca acreditei nas maravilhas anunciadas. Infelizmente tive razão.
Assim escaldado, fico de pé atrás quando me falam em minas de Moncorvo. Ainda não ouvi falar em extrair o minério e produzir aço de alta qualidade para vender como um produto de valor acrescido. Só se fala em vender o minério em bruto para que outros lucrem com a sua transformação.
Mas isso não é o que fazem os países do 3º mundo? Vender os seus recursos sem cuidar de os valorizar.
Já sei o que me vão responder: em que mundo está Portugal?
Venham as minas, mas venha também a audácia e a capacidade de verdadeiramente as explorar de forma inteligente.