A nova criação da Companhia Instável, desta feita por Tiago
Rodrigues, Assim, tipo… dança contemporânea, estreia no Teatro do Campo Alegre,
a 6 de Dezembro
Este espectáculo surge no âmbito da parceria estabelecida
entre a Câmara Municipal do Porto/Teatro do Campo Alegre e a Companhia Instável
e é considerado a apresentação anual da companhia.
Tiago Rodrigues é o mais recente criador convidado para
colaborar com a Companhia Instável. “Assim, tipo… dança contemporânea.” é um
espectáculo que inaugura uma nova prática: quer-se que a dança, a dança
contemporânea, se cruze com outras expressões artísticas e que os intérpretes –
centro da acção e propósito desta companhia que a cada momento se forma, vive e
depois se desfaz – experimentem outros processos, outras formas de fazer e de
criar. Este é um espectáculo com iguais doses de ironia e ingenuidade.
Tiago Rodrigues é actor, encenador e dramaturgo, autor de
textos representados em português, inglês e francês em cerca de 14 países da
Europa, Médio Oriente e América do Sul. Da sua obra mais recente, destacam-se
“Se uma janela se abrisse”, nomeado para o Prémio SPA de Melhor Espectáculo de
2010, a “Tristeza e Alegria na Vida das Girafas”, considerado pela Time Out um
dos melhores espectáculos de 2011, e “Três dedos abaixo do joelho”, um dos
trabalhos que representou a criação portuguesa em Junho de 2013, no programa
Chantiers d’Europe no Théâtre de la Ville em Paris.
Colaborou como coreógrafo Rui Horta, o encenador libanês
Rabih Mroué e com o realizador João Canijo, entre outros. Trabalha regularmente
com a companhia belga tg STAN e é professor de teatro convidado em várias
escolas de artes europeias, destacando-se a escola de dança contemporânea
PARTS, dirigida pela coreógrafa Anne Teresa De Keersmaeker.
Criada em 1998, a Companhia Instável trabalha no sentido de
criar oportunidades de desenvolvimento artístico e profissional aos intérpretes
na área da dança. Uma companhia que é, como o nome indica, instável. A cada ano
e com cada criador se constitui, através de audições, cria, faz circular o
trabalho desenvolvido e depois se dissolve dando lugar a outro criador e a
novos intérpretes. Trabalharam com a Companhia Instável, entre outros, Nigel
Charnock, Bruno Listopad, Ronit Ziv, Javier de Frutos, Wim Vandekeybus, Rui
Horta, Madalena Victorino e, mais recentemente, Hofesh Shechter.
No âmbito da parceria estabelecida entre a CMP e a Instável,
para além da apresentação anual, nos palcos do Teatro do Campo Alegre têm vindo
a ser apresentadas, desde março de 2012, à média de uma por mês, estreias de
dança contemporânea, enquadradas no ciclo “Palcos Instáveis”.
Sinopse:
Pedir a um artista de teatro para criar uma peça para
bailarinos é assim, tipo… dança contemporânea. Começar a criar uma peça pedindo
às pessoas mais diversas para descreverem, em tempo real, o que vêem quando um
bailarino dança é assim, tipo… dança contemporânea.Obedecer ao relato das
pessoas mais diversas para construir uma coreografia é assim, tipo… dança
contemporânea. Acreditar que qualquer pessoa pode ser um coreógrafo é,
extremamente, assim, tipo… dança contemporânea. Não saber completamente o que
vai acontecer em palco quando o espectáculo começa é assim, tipo… dança
contemporânea. Ter um título para a peça onde se encontram doses iguais de
ironia e ingenuidade é, sem sombra dúvida, assim, tipo… dança contemporânea.
Tiago Rodrigues