- (…) Todos os nossos amigos serão contemplados com empregos rendosos nas repartições do Estado.
Os de agronomia e suas múltiplas dependências irão para a Torre do Tombo.
O “Topa-a-tudo” e seu filho loiro ficarão colocados perpetuamente na Caixa Geral de Depósitos.
Mazombo, Mazombinho e Mazombez, na Academia real das sciencias.
Os habilidosos financeiros, mestre Cepeda e Manquitó, no Tribunal de Contas ou na direcção do Banco de Portugal.
O tonsurado de Lamas fica onde está.
Mestre de vallas será nomeado inspector das obras do porto de Lisboa.
O Papinhas de Besuntão, notável escriptor público, irá para o logar de redactor chefe duma das casas do Parlamento, e nos intervalos das sessões desempenhará o cargo de irmão procurador no recolhimento das Trinas.
O doutor Lambôdres, de Vinhais, preceptor no dito recolhimento.
Moncorvo - 1894 |
O Rato-mor da câmara municipal de Macedo irá para o Terreiro do Trigo, como thesoureiro dos fundos da bolsa dos cereaes.
Todos terão colocação, e em outra carta direi qual. Como te considero como meu filho, deputado és já: assim te podes considerar. – O Grande Dynamite. Adeus querido sobrinho.
- No mesmo jornal se noticia a morte de Francisco António Cardoso, em Torre de Moncorvo, o qual contava 79 anos, bem como da mãe da Dr. Galas. E se escrevia que as dívidas da câmara de Moncorvo ascendiam a 6 ou 7 contos de réis e que o dinheiro estava nas mãos dos grandes contribuintes que não pagavam o que deviam.António Júlio Andrade
Reedição de posts desde o início do blogue.
Bem, nessa altura o dinheiro estava na mão dos contribuintes...
ResponderEliminarE todos tinham cargos, tachos, ou pelourinhos!
O Gande Dinamite!
As dívidas da câmara, então!
Era assim!
Obrigada por esta preciosa informaão
A.A.
António Espírito Santo ......texto delicioso....desse jornal
ResponderEliminarIsto é que era pancadaria (verbal, mas não só) no adversário!
ResponderEliminarJúlia
Interessante seria pegar em cada um destes personagens, ver seus registos biográficos, casamentos, empregos, propriedades adquiridas e vendidas... Digo isto porque nas minhas investigações, que têm de ser generalistas, ao levantar a ponta do véu, fico triste por não ter meios nem tempo de estudar este mundo... Era um trabalho fantástico para uma boa equipa que se dispusesse...poderia sair a verdadeira história da região... J. Andrade
ResponderEliminarE não há ninguém que "pegue" nesta sugestão do Senhor A.Júlio?
ResponderEliminarUma moncorvense