quinta-feira, 21 de junho de 2012

A Fárria” de Bento da Cruz

«Bento da Cruz, o grande e justamente consagrado escritor barrosão, sinalizou os 50 anos de vida literária com a publicação do romance A Fárria, publicado pela Âncora Editora. Na linha dos seus romances anteriores, o cenário desta obra é o Barroso, mais propriamente as Minas da Borralha, onde, durante a II Guerra Mundial e também alguns anos depois, teve lugar uma intensa actividade ligada à exploração, mineração, comercialização e contrabando de volfrâmio. A esta actividade fervilhante e também ao ambiente de traficância, euforia e novo-riquismo proporcionado pelo lucro fácil, deu-se o nome de fárria.
O romance desenvolve-se segundo duas linhas que amiúde convergem: a história pessoal de Silvério Silvestre e a história das Minas da Borralha.
É mais um grande romance que Bento da Cruz nos oferece, ao mesmo tempo que avisa que será o fecho da sua obra literária. Oxalá o Escritor não cumpra esse voto.» [Grémio Literário Vila-Realense]

«Quanto à obra, em declarações à Rádio Montalegre, Bento da Cruz disse que o livro “A Fárria” é “uma história romanesca à volta de amores e, ao mesmo tempo, dá uma ideia do que eram as Minas da Borralha, a única indústria do Barroso, que trabalhou quase cem anos”. “Mostrar como se vivia, se trabalhava e se morria na Borralha. É isso que eu pretendo. Não procuro fazer história”, precisou o autor. Questionado sobre o facto de o Barroso continuar a ser sua fonte de inspiração, Bento da Cruz lembrou que este foi sempre o seu “tema” e a sua “matéria-prima”. “Cada um fala do que sabe. Eu só conheço uma coisa neste mundo, que é o Barroso. Não sou viajado. Nunca vivi noutro lado, a não ser no Porto, mas nunca me desliguei do Barroso”, explicou o escritor.
«O Barroso não me deve nada. Eu a que devo tudo ao Barroso», acrescentou Bento da Cruz.
[Margarida Luzio, Semanário Transmontano]
Disponível na Traga-Mundos – livros e vinhos, coisas e loisas do Douro em Vila Real...
[também os títulos “Contos de Gostofrio”, “Histórias da Vermelhinha”, “O Retábulo das Virgens Loucas”, “Histórias de Lana-Caprina”, “A Lenda de Hiran e Belkiss”, “Guerrilheiros Antifranquistas em Trás-os-Montes”, “Prolegómenos I” e “Prolegómenos II”]

Ver:
http://www.tribunadouro.com/opiniao/artigo/id/70
http://www.youtube.com/watch?v=VWzFgW9VbeI

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