Hospital do Espírito Santo |
28.07.1808 - Carta da Junta de Salvação Pública de Moncorvo para o Provedor da comarca:
- Constando agora nesta Junta que o rendimento da Barca desta vila pertencia a Joaquim Saldanha, como donatário da Coroa, cujo direito e mercê ficou vagando para a mesma Coroa, por ter entrado voluntariamente ao serviço aleivoso da França, Vª Mercê mandará fazer sequestro da mesma Barca, pondo o seu rendimento em depósito para entrar nos cofres reais e proceder à arrematação do mesmo rendimento até ao fim deste ano, tomando contas ao actual rendeiro, do que tem vencido desde o mês de Abril em que o mesmo donatário passou para a França.- Quanto à Comenda desta vila e às mais desta comarca que se acham vagas, como o Tribunal da mesa da Consciência e Ordens não pode exercer a sua jurisdição, por existir na Capital, tomada pelo Inimigo, convém que Vª Mercê, sem perda de tempo, as ponha em Administração, sem embargo das providências que aquele Tribunal tenha dado. Deus Guarde Vossa Mercê! Tomás Inácio de Morais Sarmento, Presidente.
28.07.1865 – Publicação do decreto aprovando a fusão do hospital do Espírito Santo e da Santa Casa da Misericórdia de Moncorvo.
António Júlio Andrade
Reedição de posts desde o início do blogue.
Há algum livro sobre a barca do douro?Tanto problema gerou e esteve na base de todos os conflitos com Foz-Côa.Nada encontro nos blogs do outro lado, nem deste. A barca de Silhades está bem documentada, devido ao exelente trabalho de investigação do doutor Carlos Seixas.
ResponderEliminarLeitor
As contendas de uma barca!
ResponderEliminarReferência à França, interessante!
Acho que conheço esta porta, esta arquitetura, bem bonita, por sinal; mas não estou a ver onde é.
Arinda Andrés
Realmente deveria fazer-se um trabalho profundo de investigação sobre a Barca do Pocinho. Para se fazer uma ideia da sua importância, bastará ler "alguns decretos" que nos informam sobre a estratégia político- militar dos nossos reis para Trás-os-Montes. Já o nosso rei D. Fernando, por exemplo, escrevia o seguinte: - É mais importante termos a posse da Barca do Pocinho do que todos os castelos de Trás-os-Montes, nomeadamente Chaves, Bragança, Miranda, Mogadouro e Freixo. É que se perdermos todas as praças militares de Trás-os-Montes sempre podemos passar na Barca do Pocinho a reconquistá-las; mas se perdermos a Barca e tivermos aquelas praças, mais cedo ou mais tarde perdê-las-emos.
ResponderEliminarE o nosso rei D. Dinis, por exemplo, escrevia, mais ou menos isto em um outro "decreto": - Em todo o curso do rio Douro, desde a cidade do Porto até Miranda do Douro, o porto e Barca do Pocinho é o mais importante porque é o que oferece melhores condições de navagabilidade entre as duas margens durante todas as épocas do ano...
Depois há um outro aspecto, o da rentabilidade da Barca para a câmara de Moncorvo. É que, durante muitos séculos a renda da Barca do Pocinho constituía a principal fonte de receita da câmara de Moncorvo, só equiparada à renda dos fornos de poia do concelho. Esta a razão porque os homens de Moncorvo sempre lutaram por ela.
Bom: isto são apenas uns apontamentos (e estou a citar um pouco de cor baseado no que fui lendo) que justificariam também que um dos nossos doutorandos decidisse fazer uma tese sobre o assunto. Documentação é o que não falta, nas chancelarias reais e no Arquivo Municipal de Moncorvo. J. Andrade
Para Santa casa da Misericórdia só podem ir os irmãos convidados. Não se admite que tantos anos depois do 25 de Abril ainda existam instituições em Portugal com este formato. Em Moncorvo só 6 familias têm 50 votos. Uma vergonha
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