I
As doceiras de Moncorvo
Tinham fama em todo o lado
Nas festas de povo em povo
Moncorvo estava representado
II
Eram as doceiras nas festas
Uma forte tradição
Vendendo amêndoas cobertas
Que compravam como recordação
III
Lá lá
estavam as doceiras
Com as suas doçarias
Para servir as romeiras
IV
Bom era o licor de canela
Bebido pela garrafinha
Acompanhando com ela
Uma súplica docinha
V
Económicos e rebuçados
As amêndoas e o licor
Pelos romeiros eram comprados
Por ser bom o seu sabor
VI
A toalha que cobria a mesa
Branquinha e bem passada
Sujava-se na certeza
Quando a festa estava animada
VII
Também tinham o seu pregão
Que tinha a sua piada
A tia Antónia Biló então
De todas era a mais engraçada
VIII
Toda a gente se ria com ela
Como ela também se ria
Vendendo o seu licor de canela
E os bons doces que fazia
IX
Moncorvo tinha doceiras
Alegres e divertidas
Honradas e trabalhadeiras
Que não podem ser esquecidas
X
As doceiras vão acabando
Nas festas não se vêem mais
Mas é bom ir recordando
Coisas que eram boas demais
Remontes
Reedição de posts desde o início do blogue
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Olá, Amigo Remondes, grande poeta popular moncorvense, que tão bem sabe honrar a sua terra. È preciso que a terra o saiba honrar também e lhe preste a devida homenagem.
ResponderEliminarObrigada pela preciosíssima referência à minha mãe.
Um abraço
Júlia Ribeiro Biló