Amadeu Ferreira é vice-presidente da CMVM,
professor de direito e, como escritor, um dos maiores divulgadores da língua
mirandesa.
Até chegar a Lisboa para tirar o curso
superior de Direito, Amadeu Ferreira quase não se exprimia em português:
"Aprendi a falar corretamente já em adulto... Na escola primária era obrigatório
falar português, mas eu não dizia grande coisa. Já no seminário, em Bragança,
era muito troçado pelos outros miúdos, pela forma como trocava as vogais:
quando eram abertas eu dizia fechadas e quando eram fechadas eu dizia
abertas..." Em Sendim, vila de Miranda do Douro onde nasceu e passou a
infância, toda a gente falava em mirandês, língua em que começou a aventurar-se
na literatura.
Aos 64 anos, o jurista que é vice-presidente
da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) e professor na Faculdade
de Direito da Universidade Nova de Lisboa é hoje um dos principais promotores
da cultura mirandesa. Começou a escrever poemas, ditos populares e crónicas em
mirandês ainda na adolescência, na imprensa regional em Trás-os-Montes. Assumiu
pseudónimos como Francisco Niebro, com o qual escreveu Tempo de Fogo, em
mirandês La Bouba de La Tenerie (A Tonta da Teneria, que é um lugar em Sendim),
um romance sobre a temática histórica da Inquisição, que foi o primeiro a ser
editado nas duas línguas oficiais de Portugal.
Fonte: http://www.dn.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=4279254
Grande Homem,grande nome da cultura.
ResponderEliminarAbraço carinhoso de
Uma moncorvense