Há nove anos que praxe é sinónimo de solidariedade para os estudantes de Bragança que saem em grupos pelas ruas da cidade e porta a porta pedem para as instituições poderem ajudar quem mais precisa.
Há nove anos que praxe é sinónimo de solidariedade para os estudantes de Bragança que, como aconteceu segunda-feira, saem em grupos pelas ruas da cidade e porta a porta pedem para as instituições poderem ajudar quem mais precisa.
A Associação de Estudantes da Escola Superior Agrária é a mais pequena do Instituto Politécnico de Bragança (IPB), mas foi a pioneira a acrescentar à boémia associada aos estudantes um gesto a favor da comunidade local que todos os anos reúne cerca de uma tonelada de alimentos para os mais carenciados.
Ver “os novos da escola a mendigar” é ainda motivo de interrogação para alguns habitantes da cidade, como José Luís, visitado hoje por um dos grupos de caloiros agraciados pela esposa Maria da Graça com um contributo em mercearia para a coleta que o presidente da associação espera ultrapasse este ano 1,5 toneladas.
“É uma causa nobre”, considerou Maria da Graça abordada, pela primeira vez, pelos estudantes, ao contrário de Hermínia Sousa, para quem dar para esta iniciativa “já é um uso”.
Hermínia “acha muito bem” o peditório, pois entende que “sempre é melhor isto do que andarem a fazer asneiras”.
“Ao menos fazem alguma coisa de útil, porque eles são terríveis”, brincou com o grupo que a Lusa acompanhou hoje, num bairro junto ao campus académico.
Esta Praxe Solidária é voluntária e não faltaram aderentes como Gustavo Vaz, que entrou no curso de Engenharia Zootécnica e achou “uma boa ideia” quando lhe fala
ram na iniciativa.
Confessa que lhe “mete um pouco e confusão andar de porta a porta”, mas como “o país está a atravessar uma crise, é bom ajudar as pessoas que precisam”.
Nem sempre lhe abrem a porta e nem sempre dão porque, como constatou outra caloira, Maria Ribeiro “há sempre pessoas que dizem que também passam mal”.
Ainda assim, o presidente da Associação de Estudante, Ricardo Cordeiro, garantiu que “a recetividade é fantástica e, sempre que podem, as pessoas contribuem”.
A praxe solidária decorreu durante o dia de hoje, no porta a porta e também em superfícies comerciais de Bragança.
Segue-se a contagem, peso, a divisão para as instituições e finalmente a entrega, que deverá acontecer dentro de duas semanas.
Em cada ano, são contempladas instituições sociais diferentes e selecionadas com a ajuda do capelão do IPB, como explicou o dirigente académico.
A praxe desta escola superior de Bragança assenta em três pilares: união respeito e solidariedade, sendo que a solidariedade é entre estudantes e, no início do ano letivo, para com quem mais necessita.
Fonte: http://observador.pt/2015/10/19/estudantes-de-braganca-fazem-da-praxe-solidariedade-porta-a-porta/
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