quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Multinacional irlandesa e Câmara de Moncorvo assinam contrato para parque eólico


O futuro parque eólico vai ficar instalado a 900 metros de altitude, num local situado entre as localidades de Lousa e Castedo.

A Câmara de Torre de Moncorvo e a multinacional irlandesa Island assinaram nesta quarta-feira um contrato de contrapartidas e parcerias regionais para a instalação de um parque eólico no concelho transmontano, com uma potência instalada de 50 megawatts.
"Para a Island este é um projecto importante já que se trata do primeiro investimento da empresa feito em Portugal, sendo o mesmo efetuado num clima de dificuldades económicas e sociais que o país atravessa", disse à Lusa o director executivo da Island, Paulo Amante.
O investimento da multinacional de capitais irlandeses ronda os 75 milhões de euros, o que vai permitir a instalação de 25 a 30 aerogeradores com uma potência que vai de 2 a 2,5 megawatts, tratando-se assim de um investimento "viável".O futuro parque eólico vai ficar instalado a 900 metros de altitude, num local situado entre as localidades de Lousa e Castedo.
A futura infra-estrutura eléctrica apanhará ainda parte do vizinho concelho de Carrazeda de Ansiães, onde ficarão instalados três a sete aerogeradores.
"A localização do futuro parque eólico é bastante atractiva já que há a possibilidade de ligação à rede eléctrica nacional e, em termos ambientais, trata-se de um local que não levanta problemas", referiu o empresário.


O começo da construção do parque eólico no concelho de Torre de Moncorvo está agendado para o Verão de 2014, prevendo-se a sua conclusão nos primeiros meses de 2015.
Para o presidente da Câmara de Torre de Moncorvo, este protocolo representa o início de um compromisso entre as partes envolvidas."Até ao final de 2014 o município vai receber cerca de três milhões e setecentos e cinquenta mil euros em contrapartidas regionais", avançou Aires Ferreira.

Assim, o autarca garante que este é o início de um compromisso com a multinacional irlandesa, já que, no passado, um outro investimento do género, previsto para a serra do Reboredo, também no concelho de Torre de Moncorvo, "nunca chegou a sair do papel"."Se o projecto anterior não tivesse sofrido algumas vicissitudes, o município de Torre de Moncorvo já teria arrecadado desde 2011, cerca de 4,5 milhões de euros em contrapartidas", concluiu Aires Ferreira.

2 comentários:

  1. Fernando Machado escreveu:Isto seria interessante se o dinheiro das contrapartidas fosse pago às juntas de freguesia (como é normal) onde irá ficar o parque eólico e não pagarem à camara municipal. O futuro presidente da freguesia da Lousa que se mexa a respeito disso.

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  2. Secção: Douro Superior

    Torre de Moncorvo
    foto
    75 milhões investidos em parque eólico

    » Projecto vai nascer na zona da Lousa e Castedo e vai abranger, ainda, o concelho de Carrazeda de Ansiães
    Vai ser construído mais um parque eólico no concelho de Torre de Moncorvo. O projecto está previsto para a zona de Lousa e Castedo e vai abranger também uma parte do concelho de Carrazeda de Ansiães.
    Na passada quarta-feira foi assinado o contrato entre a Câmara Municipal de Torre de Moncorvo e a empresa irlandesa Island, que vai concretizar o projecto.
    Está prevista a instalação de cerca de 30 aerogeradores, com uma potência global de 50 megawatts.
    O director executivo da empresa, Paulo Amante, diz que a escolha recaiu sobre este local, porque estão reunidas todas as condições para instalar o parque eólico e injectar a energia eléctrica na rede.
    “Primeiramente porque existe a rede eléctrica. A localização em termos de recurso eólico é bastante atractiva. E em termos ambientais é um local que não levanta problemas”, enumera o responsável.
    O investimento global ronda os 75 milhões de euros.
    Paulo Amante mostra-se satisfeito por conseguir realizar este projecto em Portugal em época de crise e diz que o facto de se tratar de um investimento de baixo risco facilita o acesso ao financiamento.
    “Os mercados financeiros ainda não estão a funcionar em pleno. No entanto, não é arriscado, porque é um projecto que se enquadra no plano de desenvolvimento da energia nacional, tem uma tarifa de mercado, o que permite aos investidores olharem para o projecto como um projecto de baixo risco”, realça Paulo Amante.

    Mais de 300 mil euros por ano

    O município de Torre de Moncorvo vai receber uma contrapartida superior a 3 milhões de euros e ainda vai encaixar anualmente uma verba que pode rondar os 300 mil euros.
    Para o autarca, Aires Ferreira, este projecto vai ter um impacto significativo na economia local.
    “Significa alguns milhões de euros nos próximos 20 anos, dos quais 3,75 milhões já no próximo ano. Além do mais, um empreendimento desta dimensão já tem postos de trabalho permanentes, além que na fase de construção vai movimentar bastante a indústria da construção local”, salienta o edil.
    Aires Ferreira acredita que é desta que o concelho vai ter o maior parque eólico transmontano, depois de a empresa que tinha ganho o concurso para instalar um parque na serra do Reboredo ter desistido do projecto. “É para nós uma quase garantia que o projecto irá para a frente, uma vez que a firma está interessada neste contrato, que com a empresa anterior nunca chegou a ser concretizado”, frisa o autarca.
    A construção deste parque eólico vai arrancar no final do Verão do próximo ano e deverá começar a produzir energia no início de 2015.
    Recorde-se que o concelho de Torre de Moncorvo já tem um mini-parque eólico na serra do Reboredo, com capacidade para produzir 8 megawatts.

    Destaque
    Município de Torre de Moncorvo vai arrecadar milhares de euros com instalação de parque eólico

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