Uma representação do Governo vai reunir-se esta semana com
os presidentes de câmara dos quatro concelhos do sul do distrito de Bragança
afetados pelo incêndio do início de julho, disse hoje à Lusa fonte oficial.
A reunião de trabalho – com os presidentes das câmaras de
Alfândega da Fé, Mogadouro, Torre de Moncorvo e Freixo de Espada à Cinta - tem
por objetivo "assegurar a plena articulação com os autarcas, a quem cumpre
no local liderar estas operações".
"O Governo tem acompanhado muito de perto também a fase
dos pós-incêndios. No caso do incêndio de Picões (Alfândega da Fé), houve uma
intervenção imediata da Segurança Social no apoio a 11 famílias que foram
afetadas", afirmou hoje à Lusa o secretário de Estado da Administração
Local, António Leitão Amaro.
O governante acrescentou que o Instituto da Conservação da
Natureza e das Florestas (ICNF) já elaborou um relatório da área ardida,
comprovando-se que se trata de um incêndio de enorme dimensão.
"Nesta fase, para além de se realizar de imediato um
levantamento aprofundado dos impactos pelo Instituto Nacional de Estatística e
pelas autarquias, é possível já desencadear os procedimentos para os apoios à
reparação dos prejuízos aos equipamentos e infraestruturas municipais”,
afirmou.
O Conselho de Ministros resolveu reconhecer, após declaração
do incêndio de Picões de grande dimensão e gravidade com elevado impacte na
vida social e económica nas populações das regiões afetadas, a verificação de
condições excecionais previstas na lei as quais permitem os municípios
abrangidos recorrer ao Fundo de Emergência Municipal (FEM).
"O FEM é um instrumento de exceção e de natureza
subsidiária que permite a concessão de auxílios financeiros às autarquias
locais por parte do Estado, para recuperação dos equipamentos ou bens públicos
municipais face a ocorrência de acidente grave ou situações extremas como
sismos, inundações, fogos ou pandemias", explicou o Gabinete do secretário
de Estado da Administração Local, em nota enviada à Lusa.
"Trata-se de um subsídio que o Estado concede aos
municípios para reembolsar despesas que estes realizem em consequência direta
dos incêndios. Este apoio é formalizado através contratualização com os
municípios afetados pelo incêndio, com gestão financeira da Direção-Geral das
Autarquias Locais e avaliação e acompanhamento pelas Comissões de Coordenação e
Desenvolvimento Regional", acrescentou.
Criado em 2007 através da Lei das Finanças Locais, o FEM
abrange os municípios do continente e tem uma dotação anual no Orçamento do
Estado.
A sua concessão depende de o Conselho de Ministros declarar
ou a calamidade pública ou declarar a ocorrência de impactos e "condições
excecionais".
Os grandes incêndios são acompanhados por uma comissão
interministerial, coordenada pelo secretário de Estado da Administração Local,
a qual aplica os procedimentos e medidas destinados a minimizar as
consequências dos incêndios.
Dados oficiais indicam que as chamas consumiram uma área de
14.912 hectares, tendo ameaçado várias populações dos concelhos de Alfândega da
Fé, Mogadouro, Freixo de Espada à Cinta e Torre de Moncorvo.Segundo um
relatório preliminar, só na área agrícola os prejuízos rondam os três a quatro
milhões de euros nos quatro concelhos afetados pelo fogo.
14:50 - 10 de Setembro de 2013 | Por Lusa
Antes de se preocuparem com remediar, penso que é melhor preocuparem-se com prevenir : vigilância das florestas, muita vigilância, limpeza das mesmas, comunicação ao minuto, expurgar árvores não autóctones, como o eucalipto , e tudo o que preciso for para a prevenção dos fogos, porque combatê-los é sempre tarde demais.
ResponderEliminarJúlia Ribeiro