REVISTA DO COLÉGIO CAMPOS MONTEIRO

                                       Nº Especial : “ EDUCAÇÂO E REPÚBLICA “

São palavras breves as que vou dizer-vos : primeiro , porque não ficaria bem repetir o que já escrevi a abrir a nossa revista e que todos vós tereis ocasião de ler; segundo, porque se me alongasse correria o risco de algum velho colega e amigo me interpelar com o já famoso “Porque no te callas ?”.

Assim, vou, pois, ser breve : é intenção - quiçá objectivo - da Direcção da nossa Associação - e não estarei muito errada se acrescentar que tal desiderato é também o de todos os Associados - que a Revista seja a face mais visível da Associação, que pretendemos se alargue e tenha um longo e risonho futuro.

Digo que pode vir a ser – e talvez seja já - a face mais visível, porque pode chegar a todos, porque a folheamos, porque a lemos e a guardamos.

É que a palavra escrita não é tão efémera como os encontros de um dia ou dois, como as conversas de umas horas, e os abraços de uns minutos. Obviamente, os encontros esbatem saudades, as conversas avivam memórias e os abraços aquecem as nossas almas.

Tudo isto nos conforta, nos anima e rejuvenesce e, sabe-se lá se não serve até para nos apaziguar com o passado.

Mas após o nosso encontro anual, findas as conversas, vêm os abraços de despedida e cada um de nós reentra na sua vida, alguns talvez mesmo na sua monótona rotina.

Mas há uma coisa concreta, palpável que levamos connosco : a nossa Revista, que podemos reler e, através dela, revisitar lugares, acontecimentos e amigos.

A 2ª coisa que gostaria ainda de referir é o Blog da Associação, como a sua 2ª face visível. Foi ressuscitado pelo Leonel Brito em princípios de Junho, mas a colaboração dos associados , colegas e amigos, foi muito fraca ou nula. Estou convencida que todos nós gostávamos de visitar o Blog, e até nos divertíamos . Mas enviar um simples texto, uma fotografia, uma histórieta, uns versinhos, um breve comentário, isso ningém ou quase ninguém se dispõe a fazê-lo. Porquê ? A escrita num Blog não é formal, não tem pretensões literárias, não exige aquela correcção que um artigo impôe, não exige pesquisa documental... Não exclui estes ítens, mas nenhum deles é condição “sine qua non”.

Ora, se ninguém colabora, acontece o óbvio: só uma ou duas pessoas não conseguem aguentar o Blog. Se forem lá, verão que está parado desde 9 de Outubro!! Resumindo : o Blog vai ficando esquecido. E tudo o que é esquecido, está irremediavelmente condenado à morte.

É preciso, é urgente sangue novo ( passe a conotação vampiresca) na nossa Associação. Está na hora de alargar o seu âmbito. Que hoje e aqui se inscrevam os ainda não associados. Mesmo que se trate de uma pré-inscrição. Em Junho tudo será formalizado durante o encontro em Moncorvo. É este o meu 1º apelo.

O 2º apelo vai no sentido de reunir hoje, aqui, pelo menos, uma dúzia de pessoas que congreguem esforços para dar vida ao próximo nº da Revista a sair em Junho. Será pedir muito , uma dúzia ou dúzia e meia de voluntários? A Direcção tem uma ideia ( já é alguma coisa) e ao fim desta sessão, poderíamos tirar meia hora para trocar duas ou três opiniões.

Desculpai, o sermão já vai longo . Mas não quero terminar sem uma breve referência ao conteúdo deste nº especial da Revista : “Educação e República” :

Todos os artigos se lêem com imenso agrado e muito proveito : uns, porque o leitor (como eu) poderá ficar a conhecer assuntos que desconhecia total ou parcialmente; outros, pelo estudo profundo e investigação exaustiva que neles se espelham; outros ainda, pela dedicação e apego à terra que nos viu nascer e onde passámos a nossa infância e a nossa juventude (ou parte dela), idades tão ávidas de tudo compreenderem e absorverem. Outros, finalmente, mas não menos importante, porque, embora não nascidos em Moncorvo, por lá passaram e não puderam esquecer; e em outros é bem visível que esse apego vem já de família.

Concluindo: deixem que vos diga que este nº especial é extremamente apelativo ! Obrigada, Rogério, por todo o esforço, trabalho e paciência. É um trabalho de grande rigor, de muito saber e imenso carinho. Muito obrigada.

Júlia Guarda Ribeiro

Texto lido pela autora na apresentação da Revista Colégio Campos Monteiro, na casa de Trás-os- Montes e Alto Douro, no passado dia 4.

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